sábado, 29 de dezembro de 2012

Aparências


“Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiura  a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente”. (Dalai Lama)

Crianças se transformam em homens, crisálidas em borboletas, ódio em amor. Toda criação divina é uma eterna transformação e nada é o que parece e tudo é o que parece. A ambiguidade e a dualidade estão presentes em todo o Universo.

A aparência é temporal e a essência eterna. Temporalidade e matéria, eternidade e espírito.

Nós, os humanos, travestidos temporariamente de carne, mestres no disfarce de toda ordem, deveríamos em nome da ética, aparentar a realidade do espírito, o que, infelizmente ou, felizmente sob o domínio da bondade de Deus, já nascidos compilados nas influências da genética da matéria, nos acostumamos em fantasias forasteiras e aparentemente reais e dificilmente concluiremos pela verdade pura e absoluta.

O propósito, talvez, seja aparentar aparentemente a aparência mutável, enquanto a consciência busca dentre as escolhas racionais ou não, o concebível real.

O que é a aparência senão a forma aparente do ser?

Aparência, rainha entre os encarnados e andrajo pestaloso nos domínios dos desencarnados.

Essência e aparência, duas pontas da mesma corda, ligadas permanentemente pelo pensamento.

O espírito, princípio inteligente, em permanente construção e consolidação, é a totalidade das experiências, vivências, pensamentos, atos, obras e ainda assim, na erraticidade, através da força mental, pode apresentar-se por corpos de ilusão, aparentemente.

O que está em cima está embaixo e o que está dentro, fora. A proposição Divina faz que sejamos parte do todo e o todo, contido em nós! 



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