“Uma
árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiura a
juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe
realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente”. (Dalai
Lama)
Crianças se transformam em homens,
crisálidas em borboletas, ódio em amor. Toda criação divina é uma eterna
transformação e nada é o que parece e tudo é o que parece. A ambiguidade e a dualidade
estão presentes em todo o Universo.
A aparência é temporal e a essência eterna.
Temporalidade e matéria, eternidade e espírito.
Nós, os humanos, travestidos temporariamente
de carne, mestres no disfarce de toda ordem, deveríamos em nome da ética,
aparentar a realidade do espírito, o que, infelizmente ou, felizmente sob o
domínio da bondade de Deus, já nascidos compilados nas influências da genética
da matéria, nos acostumamos em fantasias forasteiras e aparentemente reais e
dificilmente concluiremos pela verdade pura e absoluta.
O propósito, talvez, seja aparentar
aparentemente a aparência mutável, enquanto a consciência busca dentre as escolhas
racionais ou não, o concebível real.
O que é a aparência senão a forma aparente
do ser?
Aparência, rainha entre os encarnados e
andrajo pestaloso nos domínios dos desencarnados.
Essência e aparência, duas pontas da mesma
corda, ligadas permanentemente pelo pensamento.
O espírito, princípio inteligente, em permanente
construção e consolidação, é a totalidade das experiências, vivências,
pensamentos, atos, obras e ainda assim, na erraticidade, através da força
mental, pode apresentar-se por corpos de ilusão, aparentemente.
O que está em cima está embaixo e o que
está dentro, fora. A proposição Divina faz que sejamos parte do todo e o todo, contido em nós!
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