sábado, 31 de dezembro de 2016

2017


Que todos os habitantes desta Terra tenham um 2017 muito melhor que os anos anteriores.

Para tanto é interessante adotar algumas regras novas para uma boa convivência com o nosso planeta. E com certeza ele irá agradecer, assim como todos nós, uma vez que, somos todos membros de uma mesma família chamada Terra.

Todos nós adoramos estabelecer novas metas para cada ano que se inicia não é verdade?

Algumas atitudes poderiam ser tomadas para que esta nossa convivência fosse mais harmônica e feliz e com um final realmente mais feliz.

Poderíamos por exemplo deixar de trocar de celular todos os anos, apesar de termos os recursos necessários para tanto. Poderíamos deixar de comprar um carro novo e adquirir uma bicicleta.

Poderíamos deixar de ser consumidores vorazes para sermos consumidores complacentes!

Outras coisinhas que poderíamos fazer para tornar nossa convivência muito melhor é atentar para o que fazemos no dia a dia e que não percebemos o quanto estamos interferindo na vida das outras pessoas, apesar de nem notarmos que o fazemos.

Por exemplo, você que gosta de fumar, veja onde deposita os restos de seu cigarro para que outro não tenha que recolhê-lo e depositá-lo no lugar adequado.  Está certo, você já está condenado pelos venenos do fumo industrializado, mas não é necessário contaminar a natureza. Você que vai ao banheiro do Shopping e me parece até por vingança, usa três metros do papel higiênico numa espécie de rancor contra as árvores. Pelo amor de Deus! Não faça isso, tenha consciência da vida.

Outra coisa que poderíamos fazer e que não custa absolutamente nada. Você acendeu as luzes, apaga. Você abriu uma porta, feche. Você utilizou alguma ferramenta, limpe-a e guarde-a no local de onde tirou. Você pediu alguma coisa emprestada do vizinho, devolva-a com sobras. Recolha seus pratos onde for almoçar, até por educação.

Não fale impropérios em ambientes sagrados. Lembre-se que a casa dos outros é o santuário dos moradores do local. Não ofendê-los deve ser uma regra. Uma necessidade de bom relacionamento. Não seremos acusados pelo que entra pela nossa boca e sim pelo que sai.

Saber comportar-se em qualquer ambiente sabemos ser difícil e para alguns até uma utopia, um sonho distante não sonhado, uma quimera. Mas é extremamente necessário e de bom gosto se alinhar com os costumes do lugar.

Você que vai a igreja, qualquer que seja, tenha respeito. Vista uma roupa adequada. Não vá de shorts ou decote, nem de chinelo de dedos. Tenha compaixão por si mesmo e pelos demais frequentadores.

Tenha dó dos Santos!

Devolva o troco que recebeu a mais. Ajude aos necessitados de toda ordem. Não espere que outros iniciem um comportamento mais disciplinado. Tome jeito na vida!

O mundo está necessitando de mais ordem, de mais disciplina ecológica, de mais amor. A Terra não é infinita de recursos e de possibilidades de vida. Quando agredida, o retorno é imediato, mesmo que não se note os efeitos da agressão ela está lá fomentando desordem nas entranhas fisiológicas e psíquicas do planeta. Não se engane, reaja! Fuja daqueles que pregam o "quanto mais melhor".

Pare um pouco e pense no que anda fazendo e consumindo. Será necessário tudo isso? Ou podemos passar sem muita dessas parafernálias escravizantes dos tempos modernos? É preciso realmente esse consumo desenfreado de tudo e inclusive de alimentos? Ou é possível sermos mais comedidos e conscientes?

A Terra aí está e foi deixada para nós por aqueles que nos antecederam. O que estamos deixando para nossos filhos e netos? Já analisamos profundamente esta questão?

2017 está chegando e é tempo de novas considerações sobre nossa vida e sua relação com a Terra e com todos os demais participantes desta grande viagem Cósmica. Nossas atitudes do momento dirão no futuro o que éramos e como tratávamos nosso querido planeta!

Desperte enquanto ainda é tempo!


Ah! Quase esqueço... Se você rezou em 2016, reze também em 2017 e bastante! Desinteressadamente. Reze por entendimento, por harmonia e principalmente por uma PAZ duradoura!



Escolhas...






sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Propósitos espirituais.


A realização dos propósitos do espírito não se confunde em nenhum momento com a manutenção tão necessária do corpo físico, apesar de interdependentes.

É possível desistir espontaneamente do passado atávico e assumir posturas  mais adequadas ao despertar dos pensamentos modernos. Não dos pensamentos difundidos pela mídia que paga pesados tributos ao passado sombrio.

É importante prestar atenção especial às peculiaridades espirituais quando imerso no corpo somático. Não devemos nos entregar a uma necessidade imediata e sim a uma necessidade perene que é o de armazenar atributos não transitórios.

Uma visão mais abrangente, mais empolgante, é mais uma questão de esclarecimento e amadurecimento da alma e não uma simples revolução dos imaturos.

Novas ideias a respeito da vida surgem em todas as regiões do planeta como que uma difusão mental de elevada estatura, chamando o homem a refletir com maior profundidade as razões de sua existência e sua perpetuação. Esses movimentos, vale lembrar, são cíclicos e invariavelmente trazem propostas que de alguma forma estremecem as velhas bases, entretanto, são minuciosamente colocadas à disposição daquelas mentes preparadas para auferir novos conceitos.

Difícil acreditar que, mesmo imerso o homem em pesado fardo, tenha a necessidade de perpetuar uma forma viciante e degradante de si próprio caminhando em círculos e não em espirais ascendentes.

Felizmente, podemos apreciar inequívoca inovação nas relações interpessoais em alguns núcleos bem expressivos, que buscam uma convivência embasada em premissas mais amistosas e parelhas onde se enfatiza a necessidade do todo em detrimento do particular.

O tempo, felizmente, traz novidades e objetivos diferentes, atitudes diferentes.

Os pensamentos fluem de forma mais distributiva e imparcial.

É necessário ser competitivo? Ser o melhor? Ser dominante?

Ou é muito mais agradável ser o companheiro, o amigo, ser aquele que auxilia, que ajuda, que acompanha, que levanta e que anima.

Por que das informações sigilosas dos conglomerados corporativos que de corporativo só no nome e para alguns?

As comunidades modernas exigem que as informações sejam claras e objetivas. Não há mais espaço para segredinhos e patentes!

Nós somos parte de uma humanidade, interdependente.

Ou caminhamos solidários ou não subsistiremos aos descalabros perpetrados por mentes antiquadas gananciosas de poder, de dinheiro, de tudo, como se "Deuses" fossem e passam destruindo a natureza e tudo mais que nela existe, incluindo primordialmente o homem comum.

Pobreza não é sentir falta de bens materiais e sim de bens espirituais!

O desapego começa dentro de nós mesmos. Menos cobrança, menos necessidades, menos horário! Mais participação, mais honestidade, mais alegria, mais felicidade!

O que gera o sofrimento senão o querer mais?

Onde está o problema de ganhar menos e sobreviver mais? Ser mais feliz com aquilo que temos? Ser mais fraterno e menos consumidor?

Esquecemos que estamos somente de passagem e nada levamos desse mundo a não ser nossos valores internos e a eterna satisfação de haver progredido espiritualmente.


Pensemos nisso...



Oportunidade...






segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O homem novo.


O mundo necessita de silêncio. O homem necessita de silêncio. Nestes anos passados nos acostumamos a conviver com uma enormidade de sons estridentes e sem nexo, e que sem nos apercebemos, criamos uma civilização barulhenta e sem rumo. Os corações gritam, as mães gritam, os refugiados gritam, a população grita, os filhos gritam, a ecologia grita, a falta de humanidade grita!

Muitos falam e poucos ouvem quando deveria ser exatamente o inverso já que possuímos dois ouvidos e somente uma boca.

A natureza grita sufocada pelos detritos industrias. Os homens gritam imersos num turbilhão de pensamentos nefastos e destrutivos. A Terra grita pela intemperança e ganância de seus habitantes. Os anjos gritam e os homens não escutam!

Aquele ditado que diz: Pelo amor ou pela dor, abre uma escolha e faz um convite ao livre-arbítrio, entretanto, verificamos que a escolha determinante se faz pela dor. É a dor da incompreensão, é a dor da solidão, é a dor da insatisfação, é a dor do desamor!

Há de ter uma escolha mais amigável para a humanidade!

Vemos com satisfação que uma nova geração de pessoas preocupadas mais com a convivência do que com a indiferença está tomando grande espaço nos confins desse nosso planeta. É uma mentalidade nova que surge das cinzas dos pensamentos antiquados e deletérios produzidos por uma sociedade estruturada em parâmetros de produtividade e paranoia.

Uma doença chamada "sucesso a qualquer custo desde que atenda aos desígnios dos detentores do poder e dinheiro" é questionada e exige-se uma mudança de rumos onde a participação e distribuição da produção material, intelectual e espiritual atenda aos princípios da obtenção da felicidade desde que embasadas na ética, na moral, no entendimento coletivo, na distribuição igualitária do conhecimento e principalmente na harmonia, capacidade e prioridades de todos.

Utopia? Não, não é utopia. Quem desejar imergir nesse novo mundo que esteja preparado para ouvir mais seu coração que seu bolso, mais seus pensamentos que o ruído dos motores, mais seus sonhos do que os anúncios da mídia, mais sua substância do que a ilusão do mundo!

Será no interior de você mesmo que descobrirá uma nova sensação de alegria e conforto. Será dentro de você mesmo que descobrirá o quanto andamos em círculos a procura do nada. Será dentro de você mesmo que surgirá um novo ideal, mais perfeito, mais humano, mais alentador. Será dentro de você mesmo que uma luz totalmente diferente daquela que está acostumado, uma luz interna, irá iluminar sua estrada e uma nova fase de crescimento e, trará uma esperança verdadeira e concreta de desígnios mais amenos e temperados.

Nosso planeta está, assim como todos os que o habitam, no rumo da colisão dos novos com os velhos conceitos de existência e, para nosso alento, dirigidos por inteligências superiores, novas perspectivas existenciais nos esperam, mais elevadas, mais felizes e mais harmonizadas com o plano divino, que tudo cria, que tudo vê e que tudo determina!

Pensemos nisso.



Silêncio...






quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Allan Kardec e os Druidas - Parte 2 - Visão Celta do Mundo


Relembrando... Os celtas dominavam diversas áreas do conhecimento humano, como a fitoterapia, a agricultura, a tecelagem, a mineração, a cerâmica, a pecuária, a metalurgia e a astronomia. No campo artístico, cultivavam a música, a poesia, a escultura, a ourivesaria e a joalheria e a filosofia religiosa dos celtas era muito avançada. Acreditavam numa Divindade única e seus cerimoniais eram realizados ao ar livre, nos campos e florestas, debaixo de grandes carvalhos.

Costumeiramente analisamos o mundo, que apesar de ser esférico, de forma quadrada, retangular, triangular e através de inúmeras formas, fórmulas, conceitos, premissas e outras tantas quantidades de indicações assertivas que necessitam de comprovação científica, caso contrário, não cabe na civilização moderna.

Esqueçamos por alguns instantes nosso século XXI e voltemos a um passado recente onde não havia absolutamente nada em termos do conhecimento científico cartesiano e muito menos dos postulados mecânicos do arranjo universal.

A suprema tarefa não era, para eles, domar as forças naturais da Criação, botar um cabresto na Terra; era penetrar plenamente o mistério do destino humano e deixar-se embriagar por ele.¹

A noção de conhecimento dos celtas era desprovida de análises objetivas do nosso tempo quando perguntamos "como?" "por que?" "de que forma?" e sim buscar respostas em outra dimensão que escapa ao classicismo em três dimensões, ao tempo e ao espaço. Buscava a beleza pura sem questionamentos, procurava o âmago da existência, os sentimentos interiores e suas conseqüências, a vida simples dentro de uma realidade natural.

Seguindo o raciocínio, convido vocês neste momento a navegar sem preconceitos, na beleza, na suavidade e na desenvoltura do sentimento Celta e suas relações com a natureza e com Deus, sorvendo as letras divinamente dedilhadas nesta Benção Celta:

"Que a estrada se abra à sua frente,
Que o vento sopre levemente às suas costas,

Que o sol brilhe morno e suave em sua face,

Que a chuva caia de mansinho em seus campos.
E , até que nos encontremos novamente,
Que DEUS lhe guarde na palma de suas mãos."  


Percebam que não há tempo nem espaço. Há sentimentos, eventos naturais e Deus!

O povo Celta era essencialmente livre. Os habitantes das florestas célticas viviam a vida, sentiam a natureza, agradeciam a Deus, amanheciam com o sol e adormeciam com a lua. Corriam com o vento e fluíam com a água. Sentiam prazer na vida, não temiam a morte, seguiam em frente...

1 A Civilização dos Celtas - Olivier Launay - Editions Ferni - 1978