quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Allan Kardec e os Druidas - Parte 2 - Visão Celta do Mundo


Relembrando... Os celtas dominavam diversas áreas do conhecimento humano, como a fitoterapia, a agricultura, a tecelagem, a mineração, a cerâmica, a pecuária, a metalurgia e a astronomia. No campo artístico, cultivavam a música, a poesia, a escultura, a ourivesaria e a joalheria e a filosofia religiosa dos celtas era muito avançada. Acreditavam numa Divindade única e seus cerimoniais eram realizados ao ar livre, nos campos e florestas, debaixo de grandes carvalhos.

Costumeiramente analisamos o mundo, que apesar de ser esférico, de forma quadrada, retangular, triangular e através de inúmeras formas, fórmulas, conceitos, premissas e outras tantas quantidades de indicações assertivas que necessitam de comprovação científica, caso contrário, não cabe na civilização moderna.

Esqueçamos por alguns instantes nosso século XXI e voltemos a um passado recente onde não havia absolutamente nada em termos do conhecimento científico cartesiano e muito menos dos postulados mecânicos do arranjo universal.

A suprema tarefa não era, para eles, domar as forças naturais da Criação, botar um cabresto na Terra; era penetrar plenamente o mistério do destino humano e deixar-se embriagar por ele.¹

A noção de conhecimento dos celtas era desprovida de análises objetivas do nosso tempo quando perguntamos "como?" "por que?" "de que forma?" e sim buscar respostas em outra dimensão que escapa ao classicismo em três dimensões, ao tempo e ao espaço. Buscava a beleza pura sem questionamentos, procurava o âmago da existência, os sentimentos interiores e suas conseqüências, a vida simples dentro de uma realidade natural.

Seguindo o raciocínio, convido vocês neste momento a navegar sem preconceitos, na beleza, na suavidade e na desenvoltura do sentimento Celta e suas relações com a natureza e com Deus, sorvendo as letras divinamente dedilhadas nesta Benção Celta:

"Que a estrada se abra à sua frente,
Que o vento sopre levemente às suas costas,

Que o sol brilhe morno e suave em sua face,

Que a chuva caia de mansinho em seus campos.
E , até que nos encontremos novamente,
Que DEUS lhe guarde na palma de suas mãos."  


Percebam que não há tempo nem espaço. Há sentimentos, eventos naturais e Deus!

O povo Celta era essencialmente livre. Os habitantes das florestas célticas viviam a vida, sentiam a natureza, agradeciam a Deus, amanheciam com o sol e adormeciam com a lua. Corriam com o vento e fluíam com a água. Sentiam prazer na vida, não temiam a morte, seguiam em frente...

1 A Civilização dos Celtas - Olivier Launay - Editions Ferni - 1978







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