sexta-feira, 13 de abril de 2018

Crônica - Sentimentos.



Ultimamente me encontro muito sozinho. Procuro os olhares que eram tão fartos e hoje já se tornaram escassos. Não há retorno. As palavras estão difíceis. Pela janela continuo a observar meu Pinheiro Araucária e tantas aves que lá procriam seus filhotes. Muito rápido crescem e se vão. Mais um e mais outro. As folhas características procurando o Sol. O mundo sempre foi uma incerteza. O acaso não existe. De qualquer maneira é preciso seguir em frente. Ver no que dá. Observo atentamente o comportamento das pessoas. A cada dia que passa a alienação cresce e os interesses se tornam mais voláteis. As pessoas são. E somente isso. A cada um a sua desgraça. Sem graça. Me perdoem a insistência. Vou para Júpiter. Já dizia Gerson: "O importante é levar vantagem em tudo, certo?". Errado. O importante é ser feliz! Felicidade não se compra. Felicidade é um predicado espiritual. Cada um na sua. E o mundo gira e ninguém se dá conta. Coragem para enfrentar o desconhecido. Mas quem quer saber a verdade? Corre-se contra o tempo. O tempo não é inimigo de ninguém! É aliado dos ardilosos. Atolados na lama. Aturdidos pelos cataclismos. Sofrem. Sofrem cada um a sua dor. Cada dor de uma cor. Cada cor de uma dor. Continuam caminhando. É da Lei! A Lei da vida e da morte. Fim e começo. Tudo no mesmo ponto. Desencontro. Igualdade. Nada escapa da igualdade. Esperança. Um dia. Uma noite. Para quem? Dois polos. Opostos. Maquiagem. O som do trovão. Iansã no pedaço! O cachorro latindo. A humanidade traindo. Aceitando. No mesmo galope. De salto em salto. A muralha caindo. O peixe subindo. Se exibindo. Todos assim. No embalo da vida. Sobrevivendo. Cantando. Sonhando e rindo. Rindo à toa. Rindo da alegria e da desgraça. Do amor e da cachaça! Viva a vida! Vamos em frente que atrás vem gente!