sábado, 28 de agosto de 2021

A vida em vitrais.

 



Quando observamos um vitral notamos que é constituído de muitos pedacinhos de diversos materiais, uns mais opacos, outros mais translúcidos. Assim é também a vida onde passamos por momentos mais obscuros e outros mais iluminados. Cada uma de nossas experiências pode ser representada por uma peça colada no vidro de base e a cola por sua vez representa nossa esperança e nossa fé na vida e resistirá de acordo com a força e a energia que utilizamos e que somos portadores para segurá-las no lugar.

Há vitrais curvos, planos, de diversas formas geométricas, de cores monocromáticas, de policromáticas, entretanto, cada uma delas têm vida própria e representa o momento exato de exteriorização das emoções e sentimentos do artista. Assim também podemos dizer que nossa alma é produto de nossas mãos e somos responsáveis pela apresentação final da obra, e não há possibilidade alguma de transferir a autoria da peça.

Quantas e quantas pessoas, umas de talento e outras nem tanto, demonstram avidez para manusear esse vitral propondo alterações e mesmo reformas, interferindo no andamento normal dos acontecimentos preciosos que moldam e dão a forma natural de cada individualidade. Não devemos deixar tocarem em nossa construção interior e nem mesmo na pavimentação de nossa estrada. Podemos sim, ouvir, ver, analisar, refletir e utilizar somente o que for de proveito para a modelagem de nosso vitral. Assim se tornam únicos e insubstituíveis, reproduzindo naturalmente nossa imagem original e pura.

Delegar a busca de materiais a outros é subverter o ordenamento Divino quanto à necessidade do crescimento baseado na vivência e experiência de cada indivíduo. Se utilizarmos insumos que nos são estranhos, nossa obra não representará exatamente o momento que vivemos e o vitral que estamos construindo.

Uns dirão - que material grosseiro! Outros - que maravilha! Estas opiniões são de pessoas que não participaram de nossos encontros e desencontros da vida e, portanto, apesar de podermos classificá-las como úteis, devemos ser parcimoniosos quanto a estas críticas e considerá-las, talvez, munidos de conhecimento e sabedoria, acrescentar algo de bom à nossa obra. O que não nos servir, melhor descartar e rápido.

Interessante é que quando acendermos nossa luz interior, tudo fique iluminado e assim possamos mostrar a verdadeira face de nossa essência.



sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Dignifique sua palavra – Livro Vibrações de Paz em Família – Estudo 06 – Wanderley Oliveira / Espírito Ermance Dufaux.

 

[...] porque da abundância do seu coração fala a boca. Lucas, 6:45

 

Caso não consiga uma palavra dignificante ante as falas levianas (imprudentes, inconscientes, irresponsáveis), evite, pelo menos, engrossar a fileira dos que caíram na ação do maldizer. (mentir, depreciar, reprovar, amaldiçoar).

Suas palavras são o retrato de suas qualidades ou imperfeições, por elas você é conhecido onde estiver.

Melhore a disciplina de seu mundo íntimo para que em todos os lugares sua boca fale daquilo que o coração enriquecido no amor nutre pelo bem.

Examine os sentimentos que orientam sua fala e conhecerá as raízes dos deslizes verbais que, quase sempre, são expressões enfermiças de inveja, da ambição, da irritação e do personalismo.

Quem derrapa na palavra aciona um sombrio mecanismo íntimo contra si mesmo. (Formas Pensamentos).

Enalteça a vida e o próximo e perceberá em si mesmo os reflexos saudáveis da alegria e da energia refazedora.

Quando o coração se educa nos roteiros do bem e da virtude, a boca se transforma em um sublime canal de maravilhas e criações, elevando o padrão energético e protegendo a criatura na luz restauradora do descanso e da saúde, da força e da serenidade.

Evidente é que a palavra sempre tem como companheiros a atitude, o gesto, o comportamento, a fineza, os limites, enfim, tudo que traduz a forma como se apresenta determinada pessoa.


Observações do autor do estudo em segoe print



sexta-feira, 6 de agosto de 2021

O homem e suas dúvidas.


É preciso reconhecer que somos falíveis e inconstantes, principalmente quanto aos nossos pensamentos. Quando Jesus pedia aos seus ouvintes para não julgar, sabia ele das dificuldades pelas quais lutava o homem para permanecer e se ajustar aos preceitos da ética nos limites do pensamento. Muito fácil rápido julgar. As aparências enganam... Já dizia um velho ditado popular. E enganam mesmo. Somos graduados em externar opiniões sem reflexão alguma. Nem sempre o que parece, é... Diz outro ditado popular. Muitos apreciam e exaltam a capacidade do Camaleão em transformar sua aparência exterior adequando-a ao meio em que vive. O ser humano não é diferente. Aliás, ganha de longe. Como acreditar no que veem os olhos? Como acreditar na falsa possibilidade que temos de julgar convenientemente o que vemos? Mas esse Deus que nos criou tão perfeitos, como pôde cometer esses erros tão grosseiros? Há razões e espaço para uma profunda reflexão. Observamos o mundo do jeito que somos. Portanto se há enganos no modo de apreciar o mundo, o erro não está em Deus e sim nos homens. Acredite quem quiser. Tanto é verdade que pessoas de diferentes tendências emitem opiniões diversas e distintas a respeito do mesmo fato ou evento. A vida é assim, construída sobre a diversidade. O conceito do correto perde a validade diante da intemperança humana! Somos uma construção sustentada por areia movediça! "Tenho certeza" - dizem uns! "Só sei que nada sei" - diz o Sábio! Verdadeira confissão da fabilidade humana! “Tolerância é a consequência necessária da percepção de que somos pessoas falíveis: errar é humano, e estamos o tempo todo cometendo erros.” (Voltaire) - Cometemos erros porque não somos perfeitos e não detemos a capacidade de discernir perfeitamente a natureza das coisas e isso gera nossas dúvidas. O dia que não houver mais dúvidas, Babau! Estaremos Anjos! Angelitude não é tudo que deseja a humanidade? Por enquanto é bom nos contentar com as nossas falhas, com as nossas dúvidas, com os nossos tropeços, porque um mundo sem erros e dúvidas deve ser muito chato!