sexta-feira, 6 de agosto de 2021

O homem e suas dúvidas.


É preciso reconhecer que somos falíveis e inconstantes, principalmente quanto aos nossos pensamentos. Quando Jesus pedia aos seus ouvintes para não julgar, sabia ele das dificuldades pelas quais lutava o homem para permanecer e se ajustar aos preceitos da ética nos limites do pensamento. Muito fácil rápido julgar. As aparências enganam... Já dizia um velho ditado popular. E enganam mesmo. Somos graduados em externar opiniões sem reflexão alguma. Nem sempre o que parece, é... Diz outro ditado popular. Muitos apreciam e exaltam a capacidade do Camaleão em transformar sua aparência exterior adequando-a ao meio em que vive. O ser humano não é diferente. Aliás, ganha de longe. Como acreditar no que veem os olhos? Como acreditar na falsa possibilidade que temos de julgar convenientemente o que vemos? Mas esse Deus que nos criou tão perfeitos, como pôde cometer esses erros tão grosseiros? Há razões e espaço para uma profunda reflexão. Observamos o mundo do jeito que somos. Portanto se há enganos no modo de apreciar o mundo, o erro não está em Deus e sim nos homens. Acredite quem quiser. Tanto é verdade que pessoas de diferentes tendências emitem opiniões diversas e distintas a respeito do mesmo fato ou evento. A vida é assim, construída sobre a diversidade. O conceito do correto perde a validade diante da intemperança humana! Somos uma construção sustentada por areia movediça! "Tenho certeza" - dizem uns! "Só sei que nada sei" - diz o Sábio! Verdadeira confissão da fabilidade humana! “Tolerância é a consequência necessária da percepção de que somos pessoas falíveis: errar é humano, e estamos o tempo todo cometendo erros.” (Voltaire) - Cometemos erros porque não somos perfeitos e não detemos a capacidade de discernir perfeitamente a natureza das coisas e isso gera nossas dúvidas. O dia que não houver mais dúvidas, Babau! Estaremos Anjos! Angelitude não é tudo que deseja a humanidade? Por enquanto é bom nos contentar com as nossas falhas, com as nossas dúvidas, com os nossos tropeços, porque um mundo sem erros e dúvidas deve ser muito chato!



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