sábado, 23 de setembro de 2017

A natureza não é para nós, é uma parte de nós. Ela é parte de sua família terrena. Princípio Ancestral dos Nativos.



Quando o homem transformou o mundo em que vive em casulos de concreto, perdeu a noção do que seja a natureza terrestre e a utiliza de forma a causar exaustão no seu princípio original de subsistência. Esqueceu por completo que a Terra é sua morada e que todas as atividades de todos os seres que sobre ela vivem influem na sua capacidade de regeneração e manutenção da vida. Via de regra, demonstrando falta de tato, interfere no poder de reestruturação da natureza, que luta desesperadamente contra as agressões nada inteligentes de prósperos humanos anencéfalos ou no mínimo irresponsáveis. Por que deve ser assim? Nunca presenciei uma folha de alguma árvore cair propositadamente a fim de agredir um homem ou mesmo um tubérculo se autoenvenenar para prejudicar a saúde de algum animal.

Diria sim que nós somos parte desta natureza e aí percebemos uma enorme diferença de comportamento quando a consciência e a compreensão se expande e verificamos que não sou só "eu" e nem "ele" e sim "nós", isto é, um conjunto de seres de todos os reinos caminhando lado a lado. Nos movimentamos neste ambiente, que primeiramente se admitia fechado, e que é totalmente dependente de todos seus atores, e merece que seja compreendido de maneira integral e não segregada.

A participação de cada uma de suas parcelas deve ser vigilante e responsável e não por acaso já contamos com um meio de sobrevivência de 4,5 bilhões de idade e ele continuará e todos nós passaremos.

Expandindo o conceito de vida após a decrepitude do veículo físico encontraremos nossa responsabilidade multiplicada em razão da Ética Cósmica onde se aplica o conceito de que Deus a tudo vê e nada ocorre fora de sua atenção. Costuma o homem como ser inteligente menosprezar a presença divina na manutenção da vida, puro engano - Deus "É" sem o homem, entretanto, o homem "Não É" sem Deus!

Cada ação é acompanhada de uma reação de igual significado e teor, portanto, se benéfica o bem trará, se destrutiva o mal será disseminado.

Nos acostumamos desde cedo a nos apropriar dos bens à nossa disposição, inclusive do ar que respiramos, sem a devida retribuição e agradecimento. Certo estavam nossos ancestrais que Divinizavam a Natureza como foco mantenedor da vida. No sentido mais profundo e representativo é em si um tributo a sapiência Divina.

Quando tomamos emprestado alguma coisa de alguém, o mínimo que se espera é que devolvamos o tal objeto a seu dono exatamente do modo que nos foi entregue. Assim também devemos fazer com a natureza e devolvê-la quando de nossa partida exatamente como a encontramos, seja porque tem dono, seja porque é nossa obrigação moral e ética preservar o que não é nosso, e sim de todos. O conceito de que se é de todos também é meu, não se aplica neste caso. Devemos entender que se é de todos, de todos é e, portanto, não devemos nos apropriar de absolutamente nada, e sim somente utilizá-lo enquanto for necessário e dispensá-lo ao final como encontramos para que os outros do todo possam usufruir das mesmas oportunidades de uso, de forma consciente e parcimoniosa.

Há um mundo invisível que também merece nossa atenção e faz parte inalienável do Universo. Se pudermos extravasar nossa consciência veremos que a "Natureza" é muito maior e mais extravagante de que possamos imaginar. É desconhecida e intrigante, com princípios próprios inerentes aos diferentes estados de existência.

Os Seres Conceituais - seres que "exprimem" a Vontade Divina - que não podemos ainda vislumbrar devido à nossa falta de parâmetros para caracterizá-los, ditam as normas de comportamento dos mundos de todos os espaços conhecidos ou não, coordenando os movimentos de todas as espécies e em todas as dimensões num intrincado desenrolar dos eventos para propiciar o desenvolvimento contínuo e perene da Criação Divina. É impossível, ainda, para nós habitantes do 3º planeta do Sistema Solar conviver serenamente com essas impressões sem perder a lógica e a harmonia mental que nos é intrínseca e adaptada a este mundo onde convivemos com atrocidades e deslealdades de todo matiz. Não possuímos a limpidez de raciocínio para compreender tais entidades mentais. É mais um mistério que aguça nossa procura incessante pelo conhecimento e pela compreensão da vida.

Nossos melhores momentos são exatamente aqueles em que prestamos atenção às menores coisas. É a percepção do florescer de uma flor ou  do cintilar de uma estrela. Do aroma doce e perfumado de uma orquídea ou da gotícula do orvalho ao amanhecer. Das cores que podemos observar aos sentimentos de paz e alegria que sentimos quando abraçamos alguém por quem temos afeto.


Meus amigos... Vamos serenar nossas mentes, aquietar nossas pensamentos e permitir que possamos explorar toda nossa capacidade de envolvimento vivo na natureza das coisas que nos cerca, pois todas elas são de concepção Divina e merecem nossa eterna gratidão.


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Desperta!


Hoje, vamos tratar de um assunto bastante interessante, sobretudo no que diz respeito ao auxílio que prestamos a nós mesmos e ao todo, a fim de que, não nos tornemos uma carga desnecessária para a sociedade encarnada e desencarnada. 
Desencarnada no sentido de que devemos, antes de qualquer solicitação ao Alto, nos esmerar em proceder de forma proativa no processo de elevação espiritual próprio e da humanidade. Ser passivo em relação à vida e esperar recompensas e méritos pelo esforço de outros, é sobrecarregar de maneira indevida aqueles que compartilham conosco deste grande processo de descobrimento e redescobrimento das nossas habilidades espirituais. Não sejamos também reativos, isto é, agir somente quando nos sentirmos em desvantagem em relação à vida.
Jesus, certa vez enunciou: "Aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus." (João 3:3.)
Se referia Jesus ao despertar do homem para a vida real, a vida quanto espíritos. Como despertar a semente da elevação e renascer? Previa o Mestre que haveria oportunidades para aqueles que desejassem a transformação.
As possibilidades de conversão ao bem total e atendimento ao projeto divino nos é ofertado dia a dia e por anos a fio sem que muitos não chegam a despertar para esta realidade magnífica que é poder mirar-se no espelho e reconhecer-se como um ser inteligente e produtivo.
É obrigação nossa de cada dia utilizar a inteligência para o bem. Para realizar o bem. Para tornar a vida mais fácil para si mesmo e para aqueles que nos acompanham nessa jornada que em algum dia teve início e jamais terá fim. Por que estamos perdendo tanto tempo em realizar nossos sonhos mais profundos e singelos, mais úteis e prazerosos e demorando tanto para despertar?
Muitos dirão: Meu passado me condena - Esqueçamos o passado. Utilizemos nossas experiências danosas para traçar novos rumos. Aproveitemos o que fizemos de bom e tomemos como ponto de partida para experiências mais gratificantes e bem-sucedidas já que temos elementos de discernimento estabelecidos. Não vamos nos colocar na defensiva. Sejamos proativos, isto é, caminhemos serenos e desassombrados em direção ao progresso das coisas do espírito e do que de melhor existe dentro de nós, que é a fraternidade, a irmandade, a alegria de viver envolvidos em pensamentos de preservar nossa natural tendência em praticar o bem a qualquer hora e lugar.
Superar obstáculos é da vida. Lá estão eles para nos tornar mais fortes e vigilantes. Não podemos nos esquecer que formamos uma grande família chamada de Família Cósmica e que a base de tudo é Deus. Somos parte desse todo e cada um de nós sustenta o próximo, assim como somos sustentados por eles.
Procuremos auxiliar hoje para que não necessitemos ser auxiliados amanhã.
A solidariedade é a mãe de todas as vitórias alcançadas por um conjunto. Não pensem que somos mais fortes agindo de maneira solitária e prepotente. Devemos agir coletivamente, inclusive em se tratando de pensamentos, convicções e objetivos.
Nosso objetivo hoje é o progresso de nossas habilidades, ampliação de nossas capacidades, descobrimentos de novas aptidões, aplicação de nossos talentos originários, e cerceamento de nossas tendências ao egocentrismo, ao orgulho e ao julgamento sem análise e reflexão.
Quedas tivemos e teremos, entretanto, contamos com a escada do Evangelho de Jesus e tantos outros ensinamentos de Grandes Mestres da Humanidade para que possamos nos retirar das profundezas de nossa ignorância e de nossa inércia.
É tempo de despertar e assumir os encargos inerentes ao nosso crescimento individual, único e intransferível. Somos herdeiros de nós mesmos, portanto, o que plantamos no passado hoje colhemos, e o que hoje semearmos será nossa colheita futura.
Vamos nos energizar diariamente através dos bons pensamentos e da disposição de progresso, independentemente das sugestões do astral inferior que nos convida ao descaso e revolta. Somos muito maior que tudo isso e Jesus sempre estará à nossa frente, às nossas costas e ao nosso lado.
Boa reflexão e boa semana a todos.


terça-feira, 5 de setembro de 2017

O Homem & Deus.


Sinceramente, gostaria de entender, dentro das possibilidades de que sou portador, o porquê de Deus ter criado o homem e tudo mais. Não sendo o próprio Deus, não visualizo conscientemente uma brecha que me proporcione responder a esta questão cáustica sem que fosse necessário responder a tantas outras que consequentemente surgiriam no decorrer do "brainstorm" a que estaria submetido. Diz-se que para que participasse de sua criação, entretanto, quem afirma tal intenção senão o próprio homem cercado pela idolatria que lhe é pertinente? Victor Hugo escreve que "Cada homem é um livro que o próprio Deus escreve". Se Deus escreve, porque somos tão falíveis e incoerentes? Onde a caneta de Deus deixou de sulcar as linhas do papel e o homem demandou? Percorremos séculos e séculos de pensamentos, invenções e criações, uma após outra, e ainda teimamos em afirmar que há um objetivo primordial para a criação dos seres em geral e principalmente aquele que é portador de uma inteligência superior que lhe confere a capacidade de reconhecer a si mesmo. Mero acaso ou um determinismo asseverado pelos dogmas e afirmações religiosas que por si só não confere credibilidade às suas próprias afirmações? Há muito tempo reconhecemos que não somos de modo algum algo fora do comum e tempestivo. Somos o geral, estamos inseridos num todo muito maior e abrangente, onde nossa consciência ainda não alcança. Carregamos conosco um temor quase doentio de que um dia tudo acabe e nada mais reste para expressar a odisseia dos humanos nos planetas fartamente habitados e distribuídos por todo o Universo observável. A questão fundamental é aquela que expressa a existência eterna do Criador que sobrevive a tudo e a todos, sem distinção. O homem, este ser dotado de capacidade cognitiva, que em outros mundos necessariamente terá outra denominação, não sobrevive sem Deus, já o inverso, é uma verdade incontestável. Quantas descobertas e modos de observar a esta criação ainda serão apresentados? Quantas formas e estruturas ainda serão descortinadas e trarão certamente surpresas e suspiros? Um dia ainda perguntaremos como pudemos sobreviver aos nossos pensamentos tão destrutivos e corrosivos em relação ao convívio harmonioso de que poderíamos desfrutar? Quanto tempo perdemos com mesquinharias baratas e intrigas bisonhas? Com certeza ainda permanecemos estacionados no degrau inferior da Consciência e da Ética Cósmica. Como o homem se vê? Em que contexto se insere neste universo estranho e confuso? Por enquanto somos unidades de carbono intencionando descartar as imperfeições e assumir uma outra estrutura inteiramente nova e desconhecida em seus princípios criativos, dotadas de capacidades totalmente inimagináveis, podendo, talvez, viajar nos próprios pensamentos e aspirações. Um mundo totalmente novo onde os princípios físicos, químicos, matemáticos, e todo o conhecimento adquirido nesta dimensão seja descartado ou mesmo elementar e insipiente. Neste vai-e-vem de dúvidas e questionamentos, por enquanto fiquemos com Leon Tolstoi: "Aquilo que foi e que será, e até mesmo aquilo que é, não somos capazes de saber, mas quanto àquilo que devemos fazer, não apenas somos capazes de saber, como também o sabemos sempre, e somente isso nos é necessário."


Pensemos nisso...