Quando o homem transformou o mundo em que vive em casulos de concreto,
perdeu a noção do que seja a natureza terrestre e a utiliza de forma a causar
exaustão no seu princípio original de subsistência. Esqueceu
por completo que a Terra é sua morada e que todas as atividades de todos os seres
que sobre ela vivem influem na sua capacidade de regeneração e manutenção da
vida. Via de regra, demonstrando falta de tato, interfere no poder de
reestruturação da natureza, que luta desesperadamente contra as agressões nada
inteligentes de prósperos humanos anencéfalos ou no mínimo irresponsáveis. Por
que deve ser assim? Nunca presenciei uma folha de alguma árvore cair
propositadamente a fim de agredir um homem ou mesmo um tubérculo se autoenvenenar
para prejudicar a saúde de algum animal.
Diria
sim que nós somos parte desta natureza e aí percebemos uma enorme diferença de
comportamento quando a consciência e a compreensão se expande e verificamos que
não sou só "eu" e nem "ele" e sim "nós", isto é,
um conjunto de seres de todos os reinos caminhando lado a lado. Nos
movimentamos neste ambiente, que primeiramente se admitia fechado, e que é
totalmente dependente de todos seus atores, e merece que seja compreendido de
maneira integral e não segregada.
A
participação de cada uma de suas parcelas deve ser vigilante e responsável e
não por acaso já contamos com um meio de sobrevivência de 4,5 bilhões de idade
e ele continuará e todos nós passaremos.
Expandindo
o conceito de vida após a decrepitude do veículo físico encontraremos nossa
responsabilidade multiplicada em razão da Ética Cósmica onde se aplica o
conceito de que Deus a tudo vê e nada ocorre fora de sua atenção. Costuma o
homem como ser inteligente menosprezar a presença divina na manutenção da vida,
puro engano - Deus "É" sem o homem, entretanto, o homem "Não
É" sem Deus!
Cada
ação é acompanhada de uma reação de igual significado e teor, portanto, se
benéfica o bem trará, se destrutiva o mal será disseminado.
Nos
acostumamos desde cedo a nos apropriar dos bens à nossa disposição, inclusive
do ar que respiramos, sem a devida retribuição e agradecimento. Certo estavam
nossos ancestrais que Divinizavam a Natureza como foco mantenedor da vida. No
sentido mais profundo e representativo é em si um tributo a sapiência Divina.
Quando
tomamos emprestado alguma coisa de alguém, o mínimo que se espera é que
devolvamos o tal objeto a seu dono exatamente do modo que nos foi entregue.
Assim também devemos fazer com a natureza e devolvê-la quando de nossa partida
exatamente como a encontramos, seja porque tem dono, seja porque é nossa
obrigação moral e ética preservar o que não é nosso, e sim de todos. O conceito
de que se é de todos também é meu, não se aplica neste caso. Devemos entender
que se é de todos, de todos é e, portanto, não devemos nos apropriar de
absolutamente nada, e sim somente utilizá-lo enquanto for necessário e
dispensá-lo ao final como encontramos para que os outros do todo possam
usufruir das mesmas oportunidades de uso, de forma consciente e parcimoniosa.
Há
um mundo invisível que também merece nossa atenção e faz parte inalienável do Universo.
Se pudermos extravasar nossa consciência veremos que a "Natureza" é
muito maior e mais extravagante de que possamos imaginar. É desconhecida e
intrigante, com princípios próprios inerentes aos diferentes estados de
existência.
Os
Seres Conceituais - seres que "exprimem" a Vontade Divina - que não
podemos ainda vislumbrar devido à nossa falta de parâmetros para
caracterizá-los, ditam as normas de comportamento dos mundos de todos os
espaços conhecidos ou não, coordenando os movimentos de todas as espécies e em
todas as dimensões num intrincado desenrolar dos eventos para propiciar o desenvolvimento
contínuo e perene da Criação Divina. É impossível, ainda, para nós habitantes
do 3º planeta do Sistema Solar conviver serenamente com essas impressões sem
perder a lógica e a harmonia mental que nos é intrínseca e adaptada a este
mundo onde convivemos com atrocidades e deslealdades de todo matiz. Não
possuímos a limpidez de raciocínio para compreender tais entidades mentais. É
mais um mistério que aguça nossa procura incessante pelo conhecimento e pela
compreensão da vida.
Nossos
melhores momentos são exatamente aqueles em que prestamos atenção às menores
coisas. É a percepção do florescer de uma flor ou do cintilar de uma estrela. Do aroma doce e
perfumado de uma orquídea ou da gotícula do orvalho ao amanhecer. Das cores que
podemos observar aos sentimentos de paz e alegria que sentimos quando abraçamos
alguém por quem temos afeto.
Meus
amigos... Vamos serenar nossas mentes, aquietar nossas pensamentos e permitir
que possamos explorar toda nossa capacidade de envolvimento vivo na natureza
das coisas que nos cerca, pois todas elas são de concepção Divina e merecem
nossa eterna gratidão.
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