Fantasias

Quando crianças, fantasiamos a vida e nossos sonhos percorrem o vazio construindo imagens ingênuas e puras somente possíveis a espíritos infantis ainda não contaminados pela aspereza e toscacidade da vida real.

A mente ainda enevoada, imprecisa e simples, altera a paisagem humana e abstrai os sentimentos densos e os pensamentos conspurcados, expondo a face sensível onde povoam idéias castiças sem interferências de conceitos e crenças desse mundo.

Pudera pudéssemos distinguir mais uma vez as cores da infância e relembrar as fantasias dos pequeninos. Adultos tonalizam suas vidas de vermelho, cinza e preto. Esquecem de si próprios e passam a ser dentes de uma engrenagem viciada, gasta e tendenciosa.

De fantasias de bonecas e carrinhos de madeira passaram à realidade de espíritos entregues à maledicência e julgamentos.

Não deveria ser assim. Não é preciso que seja assim. O homem se rende às fantasias do instinto com muita facilidade e não oferece resistência.

Nesse mundo não há vencedores, nem vencidos. Os sonhos deveriam ser complementares e ajustarem-se uns aos outros.

As fantasias do espírito são aquelas que nos dão sustentação e alegria a todo o momento, eleva nossas vibrações e harmoniza nossos sentimentos.

Fantasiem no ano de 2013, mas fantasiem o bem e a vida em milhões de cores!