Lançamos nossas âncoras¹ nas
águas dos mares da vida quando nos apegamos ao remorso, aos sentimentos de
perda, aos problemas emocionais não solucionados, às feridas não cicatrizadas,
às mentalizações de culpa e outras amarras fortemente ligadas às ressonâncias
do passado.
Lançamos âncora quando não
perdoamos o amigo que em hora amarga nos ofendeu gratuitamente, trazendo sérios
prejuízos para nosso fígado.
Lançamos âncora quando deixamos
que a semente da discórdia envenene nosso coração fazendo-o palpitar
descompassadamente sem que possamos recorrer à razão.
Lançamos âncora quando de posse da
razão arrastamos à humilhação o nosso irmão menor sem a instrução e o
discernimento de defesa.
Todas as nossas ações são
idealizadas na mente.
Se estiver de posse de elevados
anseios, produz a alegria de viver, a serenidade e o trabalho frutífero.
O pensamento ordenado e saudável,
dirigido exclusivamente para o bem, trás ao indivíduo indutor, a satisfação e o
regozijo do dever cumprido, elevando as vibrações do ambiente e envolvendo a
todos que o rodeiam, trazendo sentimentos de paz e harmonia.
Se estiver de posse de pensamentos
doentios, produz a escuridão, a podridão e obras nefastas.
Este emaranhado de ocorrências sombrias,
essencialmente produzidos na mente desajustada, trás consequências ao corpo
físico e aos demais corpos sutis do indivíduo, levando às vezes dezenas ou centenas
de anos terrestres para entrar em processo de amadurecimento e dissolução da
egrégora assim cristalizada.
Âncoras servem sim para apoio
seguro, para arrimo e para estabilidade quando manipuladas por mãos confiáveis que
dominam o ofício e as utilizam com a finalidade de levantar os espíritos caídos
e desvalidos.
O ferro e o aço com que construíres
a tua âncora conterão os agregados e os elementos que te dispuseres a associar
e, serão forjados na individualização dos teus pensamentos. Cuide para que
alcancem a melhor combinação dos elementos mais puros da tua consciência.
A escolha é livre, porém a
colheita é compulsória!
- Âncora: Dispositivo de ferro ou aço preso a uma embarcação por um cabo ou corrente e lançado nas águas para manter o barco parado em determinado lugar, por meio de unhas que se cravam no fundo.
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