terça-feira, 28 de outubro de 2014

Finalidade do existir...

Já nos perguntamos em algum momento de nossas vidas qual o significado de tudo o que gira em torno de nós? A vida que vivemos? Os acontecimentos que se desenrolam à nossa frente? Os obstáculos que aparecem um após outro? Não?

Já nos questionando a respeito do porquê de toda correria, dos desafios, das dificuldades e compromissos que a vida moderna nos impõe? Parece que estamos imantados a um modo de vida que nos escraviza. Que faz com que nos sintamos sempre vazios e ansiosos por coisas novas.

Muitos estabelecem metas e objetivos a serem alcançados nesta existência, às vezes sem ao menos ter a noção porque o fazem.

Para alguns, é o diploma universitário. Após significativo esforço, vem essa conquista. Então, sucedem-se novos desafios, cursos, pós-graduação, mestrado, doutorado, diversos aprendizados e perdidos no círculo vicioso da vaidade, perdem outras oportunidades importantes.

Para outros, a meta é angariar bens terrenos: o carro do ano, último modelo, um terreno, a moradia, casa para veraneio, apartamento à beira-mar. Frequentar sempre bons restaurantes, elegantes desfiles de moda, vibrantes galerias de obras de arte com seus exuberantes leilões, e tudo mais.

Das conquistas de pequena monta, natural que se sucedam outras de valores mais significativos e desafiadores.

Para pais e mães, a criação e educação dos filhos é meta permanente, que se sucede nos anos, até que eles ganhem autonomia e estabeleçam seus próprios objetivos e ganham a liberdade e caminham por si sós.

Essas metas e conquistas para a vida são importantes, significativas e mesmo imprescindíveis.

Porém, será esse, efetivamente, o verdadeiro significado da vida? Da vida de cada um de nós?

Alcançadas as metas intelectuais, obtidos os bens materiais, cumpridas as obrigações com a criação dos filhos, qual o objetivo da existência?

Refletindo mais profundamente vamos perceber que todas essas metas que nos propomos, ou que nos sejam impostas pelas circunstâncias, não constituem o grande objetivo da vida.

São apenas os meios de que ela se utiliza para seu grande intento.

Porém, se não nos damos conta disso, teremos a falsa impressão de que a vida perde seu sentido e sua lógica dentro dessa visão estreita e simplista.

Sem análises mais atentas a respeito do sentido da existência, somos envolvidos pelas obrigações, pelos compromissos, sem percebermos que são apenas instrumentos de crescimento.

O objetivo maior da vida não é conquistar diploma, adquirir bens, criar filhos, pagar impostos, cumprir as obrigações sociais. Não é correr e correr numa roda sem fim.

“Viver” é muito mais do que os fenômenos fisiológicos que percebemos. Viver é o grande laboratório para nossa alma. É a grande experiência do espírito.

Restringir a vida a um punhado de anos entre o berço e o túmulo, é limitar a grandiosidade de almas imortais que somos a uma mortalidade que não nos pertence.

Assim, é necessário que reflitamos sobre a grandeza de nossa essência espiritual, com a convicção de que somos Espíritos Imortais. Uma vez conscientes, conscientes para sempre.

Ao compreendermos a essência espiritual que somos, saberemos adotar as medidas adequadas para resolver nossas dificuldades diante da vida. As pendências, os obstáculos, as diferenças, as disputas, perdem o peso e liberta nossas almas.

O que era fim por si só passa a ser o meio para alcançar o verdadeiro fim.

E passamos a compreender que a grande finalidade da vida é a construção da felicidade, através de nosso progresso e da melhora íntima.

Jesus, Mestre Incomparável nos propõe e mesmo nos indica: “Buscai primeiro o reino dos céus e sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado”.


E narra a parábola do homem rico que se dispõe ao gozo pleno, chamando-o “louco”, pois naquela mesma noite a morte lhe viria arrebatar a alma.

Que seria, pois de suas riquezas?

A indagação nos cabe e nos serve. Pensemos nisso.


Texto Básico da Redação do Momento Espírita.
Em 23.10.2014.



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