Já nos perguntamos em algum momento de
nossas vidas qual o significado de tudo o que gira em torno de nós? A vida que
vivemos? Os acontecimentos que se desenrolam à nossa frente? Os obstáculos que
aparecem um após outro? Não?
Já nos questionando a respeito do
porquê de toda correria, dos desafios, das dificuldades e compromissos que a
vida moderna nos impõe? Parece que estamos imantados a um modo de vida que nos
escraviza. Que faz com que nos sintamos sempre vazios e ansiosos por coisas
novas.
Muitos estabelecem metas e objetivos a
serem alcançados nesta existência, às vezes sem ao menos ter a noção porque o
fazem.
Para alguns, é o diploma universitário.
Após significativo esforço, vem essa conquista. Então, sucedem-se novos
desafios, cursos, pós-graduação, mestrado, doutorado, diversos aprendizados e
perdidos no círculo vicioso da vaidade, perdem outras oportunidades
importantes.
Para outros, a meta é angariar bens
terrenos: o carro do ano, último modelo, um terreno, a moradia, casa para
veraneio, apartamento à beira-mar. Frequentar sempre bons restaurantes,
elegantes desfiles de moda, vibrantes galerias de obras de arte com seus
exuberantes leilões, e tudo mais.
Das conquistas de pequena monta,
natural que se sucedam outras de valores mais significativos e desafiadores.
Para pais e mães, a criação e educação
dos filhos é meta permanente, que se sucede nos anos, até que eles ganhem
autonomia e estabeleçam seus próprios objetivos e ganham a liberdade e caminham
por si sós.
Essas metas e conquistas para a vida
são importantes, significativas e mesmo imprescindíveis.
Porém, será esse, efetivamente, o
verdadeiro significado da vida? Da vida de cada um de nós?
Alcançadas as metas intelectuais,
obtidos os bens materiais, cumpridas as obrigações com a criação dos filhos,
qual o objetivo da existência?
Refletindo mais profundamente vamos
perceber que todas essas metas que nos propomos, ou que nos sejam impostas
pelas circunstâncias, não constituem o grande objetivo da vida.
São apenas os meios de que ela se
utiliza para seu grande intento.
Porém, se não nos damos conta disso,
teremos a falsa impressão de que a vida perde seu sentido e sua lógica dentro dessa
visão estreita e simplista.
Sem análises mais atentas a respeito do
sentido da existência, somos envolvidos pelas obrigações, pelos compromissos,
sem percebermos que são apenas instrumentos de crescimento.
O objetivo maior da vida não é
conquistar diploma, adquirir bens, criar filhos, pagar impostos, cumprir as
obrigações sociais. Não é correr e correr numa roda sem fim.
“Viver” é muito mais do que os
fenômenos fisiológicos que percebemos. Viver é o grande laboratório para nossa
alma. É a grande experiência do espírito.
Restringir a vida a um punhado de anos
entre o berço e o túmulo, é limitar a grandiosidade de almas imortais que somos
a uma mortalidade que não nos pertence.
Assim, é necessário que reflitamos
sobre a grandeza de nossa essência espiritual, com a convicção de que somos
Espíritos Imortais. Uma vez conscientes, conscientes para sempre.
Ao compreendermos a essência espiritual
que somos, saberemos adotar as medidas adequadas para resolver nossas
dificuldades diante da vida. As pendências, os obstáculos, as diferenças, as
disputas, perdem o peso e liberta nossas almas.
O que era fim por si só passa a ser o
meio para alcançar o verdadeiro fim.
E passamos a compreender que a grande
finalidade da vida é a construção da felicidade, através de nosso progresso e
da melhora íntima.
Jesus,
Mestre Incomparável nos propõe e mesmo nos indica: “Buscai primeiro o reino dos céus e sua justiça, e tudo mais vos será
acrescentado”.
E
narra a parábola do homem rico que se dispõe ao gozo pleno, chamando-o “louco”, pois
naquela mesma noite a morte lhe viria arrebatar a alma.
Que seria, pois de suas riquezas?
A indagação nos cabe e nos serve.
Pensemos nisso.
Texto Básico da Redação do Momento
Espírita.
Em 23.10.2014.
Em 23.10.2014.
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