Aquele espírito sofria muito e há muito
tempo. Na ignorância de si mesmo e de sua situação, descrevia o ambiente em que
se achava, passando a enumerar os sofrimentos, memoriando as tormentas daquela
escravidão dolorosa.
A descrição chocava. Pessoas definhando,
apresentavam feridas de tamanhos e tipos diversos trazidas do ambiente físico recém-abortados.
Seres humanos desfigurados, entregues outrora
aos mais variados comportamentos delituosos, ardiam em pensamentos desconexos e
doentios, clamando por socorro.
A atmosfera psíquica do meio demonstrava
o quanto se podem escravizar nossas mentes focadas somente e tão somente em
perniciosas fantasias onde bailam a cupidez, a ganância, a ambição e a falta de
amor próprio.
Resgatado, aos poucos se acostumava com
o novo ambiente onde o som harmonioso e as luzes energizantes tocavam aquela
alma perdida nos escombros de sua iniquidade e despertavam, neste momento, um
sentimento de gratidão àquela que lhe ofertara suas mãos e o retirara das
sombras abrasadoras e tenebrosas.
Novo mundo lhe descortinava e ao abrir
os olhos verificou e experimentou o fluxo vibratório carregado de amor e
fraternidade que lhe abraçava e o continha em concha fluídica protetora.
Jesus, o Mestre dos Mestres, mais uma
vez, oportunizou a prática da caridade e nos sentimos felizes em compartilhar
com aqueles que ainda distantes da Luz, padecem da falta de fé e esperança, da admirável
possibilidade de vencermos a inércia e o comodismo do nosso espírito
fortalecendo os laços que nos ligam ao Criador.
Na oportunidade, intuitivamente, ofereci
ao consulente desencarnado uma rosa branca fluídica, idealizada por força do
pensamento, a qual indiquei que abrigasse em seu coração. “Vou carregar para sempre em meu coração até o final de minha
existência”, respondeu o recém-restabelecido entre lágrimas e
agradecimentos.
Estabelecido foi, um novo recomeço.
Podemos nos tornar pessoas muito
melhores oferecendo com simplicidade o que de mais precioso detemos em nossos
corações: a possibilidade de elevar os caídos e infelizes utilizando com
autodeterminação e sem recompensas o poder da sugestão do amor e da
compreensão.
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