segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Uma pessoa melhor

Aquele espírito sofria muito e há muito tempo. Na ignorância de si mesmo e de sua situação, descrevia o ambiente em que se achava, passando a enumerar os sofrimentos, memoriando as tormentas daquela escravidão dolorosa.

A descrição chocava. Pessoas definhando, apresentavam feridas de tamanhos e tipos diversos trazidas do ambiente físico recém-abortados.

Seres humanos desfigurados, entregues outrora aos mais variados comportamentos delituosos, ardiam em pensamentos desconexos e doentios, clamando por socorro.

A atmosfera psíquica do meio demonstrava o quanto se podem escravizar nossas mentes focadas somente e tão somente em perniciosas fantasias onde bailam a cupidez, a ganância, a ambição e a falta de amor próprio.

Resgatado, aos poucos se acostumava com o novo ambiente onde o som harmonioso e as luzes energizantes tocavam aquela alma perdida nos escombros de sua iniquidade e despertavam, neste momento, um sentimento de gratidão àquela que lhe ofertara suas mãos e o retirara das sombras abrasadoras e tenebrosas.

Novo mundo lhe descortinava e ao abrir os olhos verificou e experimentou o fluxo vibratório carregado de amor e fraternidade que lhe abraçava e o continha em concha fluídica protetora.

Jesus, o Mestre dos Mestres, mais uma vez, oportunizou a prática da caridade e nos sentimos felizes em compartilhar com aqueles que ainda distantes da Luz, padecem da falta de fé e esperança, da admirável possibilidade de vencermos a inércia e o comodismo do nosso espírito fortalecendo os laços que nos ligam ao Criador.

Na oportunidade, intuitivamente, ofereci ao consulente desencarnado uma rosa branca fluídica, idealizada por força do pensamento, a qual indiquei que abrigasse em seu coração. “Vou carregar para sempre em meu coração até o final de minha existência”, respondeu o recém-restabelecido entre lágrimas e agradecimentos.

Estabelecido foi, um novo recomeço.

Podemos nos tornar pessoas muito melhores oferecendo com simplicidade o que de mais precioso detemos em nossos corações: a possibilidade de elevar os caídos e infelizes utilizando com autodeterminação e sem recompensas o poder da sugestão do amor e da compreensão.





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