segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Esperança

Dia há que observando o céu, bate uma saudade inexplicável e profunda.

A alma alça voo e paira junto às nuvens abraçando lembranças que fluem do coração e se precipitam na mente.

Misterioso sentimento, qual corredeiras em desfiladeiros infindáveis, desliza sorrateiro através dos desvios e atalhos das recordações do passado e vislumbres do futuro.

Lentamente, como que névoa se dissipando, aparecem silhuetas indefiníveis carregadas de luzes e sombras.

Serão meras especulações do coração, ou há algo de matéria densa agitando-se à frente de nossa visão?
As verdades somente serão verdades se compartilhadas pela razão, entretanto, mesmo a razão é controversa diante da presente evolução do ser.

Indo até onde nossa imaginação possui o discernimento de ir, a profundidade é rasa e as especulações são fartas. Nada parece ser o que é e o que é não parece ser.

Alinhavando os contornos do fenômeno atmosférico, acompanhando curvas côncavas e convexas, além de picos e vales, crenças e mitos ganham formas e volume, alertando nosso espírito para as coisas mais sutis e leves.

Ainda assim, teimamos em tentar descrever os sentimentos e emoções através de pequenos textos, ou ainda nas corredeiras dos poemas. Palavras faladas em nada se comparam com as palavras sentidas.

Esperança, o mais elevado sentimento do homem, surge nos momentos de extrema fragilidade como último recurso de socorro às almas imantadas aos processos de negação de nossa origem Divina e eterna.

Necessário é renascer das reminiscências do passado para caminhar rumo ao desconhecido e misterioso processo da vida.

O homem, indivíduo singular, com identidade própria, roça de leve as verdades reais e significativas, conquistando no evo dos tempos a propriedade definitiva de Filho de Deus.






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