sábado, 30 de agosto de 2014

Inteligência Espiritual

Muitos são os discursos em torno da Inteligência Espiritual. Alguns pensadores colocam-na no terceiro plano dentre as inteligências de que dispõe o homem para situar-se no universo.

Opino e até reforço que a Inteligência Espiritual é a única inteligência que possuímos, sendo inerente ao próprio espírito, princípio de tudo na existência do homem.

O Princípio Inteligente é o próprio espírito criado por Deus e não há por que dissociar as ideias no campo das suposições e mesmo no campo da realidade.

Por conseguinte todas as outras inteligências descritas de maneira pedagógica para explicar a capacidade do ser humano de estruturar suas ideias e colocá-las em prática utilizando dos mais variados meios e ferramentas são derivadas da inteligência espiritual.

A capacidade de avaliar seu interior em contraponto com o exterior, alargando horizontes, tornando-se mais criativos e adentrando diretamente no significado de nossa existência é resultado da circulação singular da inteligência espiritual.

Os valores da inteligência espiritual, aqueles que não podem ser medidos fisicamente, devem ser avaliados sem preconceitos e longe das crenças, mitos, alegorias, fantasias, fábulas, lendas e mesmo da religião.

O propósito da vida, filosofias à parte, é desconhecido para grande parte da humanidade que, independente de quaisquer vinculações vivenciais, pouco tem procurado no sentido de estabelecer uma nova forma e um novo conteúdo em suas relações com o desconhecido Deus.

Inteligência Espiritual demanda autoconhecimento, independência irrestrita, amor incondicional, compaixão, observação crítica e ampla, espontaneidade, diversidade e principalmente respeito, responsabilidade e ética para com toda a criação.

Inteligência Espiritual é, nunca será.

Imaginemos um nevoeiro muito forte se dissipando com o raiar do Sol e poderemos ter uma breve noção de como a Inteligência Espiritual interage e direciona sua própria existência.


Inteligência Espiritual é o próprio mistério da vida!



sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Apometria e Umbanda


O termo apometria é composto de duas palavras gregas: “apo”, que significa além de, e “metro”, medida“Medida do além”.

Designa o desdobramento espiritual, ou ainda, a bilocação. É um processo de desdobramento do corpo astral ou do mental a fim de que os médiuns possam ter contato, quando desdobrados, com os planos espirituais, especificamente com os mundos astral e mental.

Na técnica apométrica, colocamos médiuns e consulentes desdobrados em contato com médicos e hospitais do mundo astral para serem melhor atendidos pelos médicos do além. A utilização de médiuns videntes é de grande importância, pois podem relatar nos mínimos detalhes todas as ocorrências observadas durante a intervenção.

A apometria não é só um método de tratamento espiritual como também de efetiva atuação na magia, desmanchando “trabalhos”, combatendo os magos negros e suas hordas de espíritos obsessores.

Com a apometria, o processo terapêutico se diversifica, oferecendo uma medicina mais ampla, com resultados surpreendentes, ainda possibilitando a regressão de encarnados e desencarnados a vidas anteriores, mostrando as ligações cármicas do pretérito, ensejando, dessa maneira, tratamentos com efeitos duradouros.

O paciente nada percebe do que ocorre durante o tratamento e, concluído este, é conduzido de volta ao seu corpo físico.

A técnica apométrica associada à Umbanda tem a vantagem de contar com a cobertura completa do plano espiritual, contando com as entidades que são especialistas na magia e que voluntariamente escolheram o trabalho pioneiro de enfrentamento direto dos entrechoques cármicos.

Segundo o Espírito Ramatis, no livro “Samadhi” (médium Norberto Peixoto), “nos grupos apométricos, os pretos velhos, os índios e os caboclos são aceitos e bem-vindos para exercitarem o trabalho de caridade, propiciando a cura e o soerguimento das criaturas pela manipulação etérea dos elementais da natureza e das energias nas sete faixas vibratórias do Cosmo. Essas técnicas magnetizadas separatórias dos corpos mediadores sempre foram utilizadas pela Espiritualidade em toda a história da humanidade terrena”.

O nosso Amigo Espiritual finaliza ainda afirmando que “a todo atendido em grupo apométrico deve ser recomendado que continue a sua evangelização cristã e se integre aos demais trabalhos de palestras e passes”.


Fonte: Umbanda, Essa Desconhecida – Roger Feraudy.




terça-feira, 26 de agosto de 2014

Tempo...

Perde-se tempo quando se tem certeza do que deve ser feito e não o fazemos.

Ganha-se tempo quando nos deparamos com a incerteza e tomamos a decisão de prosseguir.

Perde-se tempo quando enxergamos o caminho e nos desviamos por atalhos planos e fáceis de percorrer.

Ganha-se tempo quando nos esforçamos em pular os obstáculos e ir muito mais longe, apesar do desconhecido.

Perde-se tempo quando a mente idealiza e o corpo perde o foco.

Ganha-se tempo quando desprezamos pequenas falhas e miramos o conjunto da obra.

Perde-se tempo quando o desejo sobrepuja o bom senso.

Ganha-se tempo quando a realidade domina nossos instintos e vaidades.

Perde-se tempo quando caminhamos entre a dualidade do bem e do mal.

Ganha-se tempo quando o coração, mesmo com cicatrizes, angaria faíscas do Amor Divino.

Perde-se tempo quando a caridade é nossa segunda opção.

Ganha-se tempo quando não idealizamos o próximo como uma miragem.

Perde-se tempo quando as escolhas passam pelo peso do ouro.

Ganha-se muito tempo quando a consciência espiritual opera sobre o corpo físico.

Perde-se tempo quando nos colocamos em primeiro plano.

Ganha-se tempo quando o merecimento nos traz a satisfação e a tarefa de elevar as almas.

Perde-se tempo quando nos perdemos no tempo.


Ganha-se tempo quando o tempo nos perde.



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Esperança

Dia há que observando o céu, bate uma saudade inexplicável e profunda.

A alma alça voo e paira junto às nuvens abraçando lembranças que fluem do coração e se precipitam na mente.

Misterioso sentimento, qual corredeiras em desfiladeiros infindáveis, desliza sorrateiro através dos desvios e atalhos das recordações do passado e vislumbres do futuro.

Lentamente, como que névoa se dissipando, aparecem silhuetas indefiníveis carregadas de luzes e sombras.

Serão meras especulações do coração, ou há algo de matéria densa agitando-se à frente de nossa visão?
As verdades somente serão verdades se compartilhadas pela razão, entretanto, mesmo a razão é controversa diante da presente evolução do ser.

Indo até onde nossa imaginação possui o discernimento de ir, a profundidade é rasa e as especulações são fartas. Nada parece ser o que é e o que é não parece ser.

Alinhavando os contornos do fenômeno atmosférico, acompanhando curvas côncavas e convexas, além de picos e vales, crenças e mitos ganham formas e volume, alertando nosso espírito para as coisas mais sutis e leves.

Ainda assim, teimamos em tentar descrever os sentimentos e emoções através de pequenos textos, ou ainda nas corredeiras dos poemas. Palavras faladas em nada se comparam com as palavras sentidas.

Esperança, o mais elevado sentimento do homem, surge nos momentos de extrema fragilidade como último recurso de socorro às almas imantadas aos processos de negação de nossa origem Divina e eterna.

Necessário é renascer das reminiscências do passado para caminhar rumo ao desconhecido e misterioso processo da vida.

O homem, indivíduo singular, com identidade própria, roça de leve as verdades reais e significativas, conquistando no evo dos tempos a propriedade definitiva de Filho de Deus.






Refugia-te em paz...

“Havia muitos que iam e vinham e não tinham tempo para comer.” (Marcos, 6:31.)

O convite do Mestre, para que os discípulos procurem um lugar à parte, a fim de repousarem a mente e o coração na prece, é cada vez mais oportuno.

Todas as estradas terrestres estão cheias dos que vão e vêm, atormentados pelos interesses imediatistas, sem encontrarem tempo para a recepção de alimento espiritual.

Inúmeras pessoas atravessam a senda, famintas de ouro, e voltam carregadas de desilusões.

Outras muitas correm às aventuras, sedentas de novidade emocional, e regressam com o tédio destruidor.

Nunca houve no mundo tantos templos de pedra, como agora, para as manifestações de religiosidade, e jamais apareceu tamanho volume de desencanto nas almas.

A legislação trabalhista vem reduzindo a atividade das mãos, como nunca; no entanto, em tempo algum surgiram preocupações tão angustiosas como na atualidade.

As máquinas da civilização moderna limitaram espantosamente o esforço humano, todavia, as aflições culminam, presentemente, em guerras de arrasamento científico.

Avançou a técnica da produção econômica em todos os setores, selecionando o algodão e o trigo por intensificar-lhes as colheitas, mas, para os olhos que contemplam a paisagem mundial, jamais se verificou entre os encarnados tamanha escassez de pão e vestuário.

Aprimoram-se as teorias sociais de solidariedade e nunca houve tanta discórdia.

Como acontecia nos tempos da permanência de Jesus no apostolado, a maioria dos homens permanece no vaivém dos caminhos, entre a procura desorientada e o achado falso, entre a mocidade leviana e a velhice desiludida, entre a saúde menosprezada e a moléstia sem proveito, entre a encarnação perdida e a desencarnação em desespero.

Ó meu amigo, se adotaste efetivamente o aprendizado com o Divino Mestre, retira-te a um lugar à parte, e cultiva os interesses de tua alma.

É possível que não encontres o jardim exterior que facilite a meditação, nem algum pedaço de natureza física onde repouses do cansaço material, todavia, penetra no santuário, dentro de ti mesmo.

Há muitos sentimentos que te animam há séculos, imitando, em teu íntimo, o fluxo e refluxo da multidão.

Passam apressados de teu coração ao cérebro e voltam de cérebro ao coração, sempre os mesmos, incapacitados de acesso à luz espiritual.

São os princípios fantasistas de paz e justiça, de amor e felicidade que o plano da carne te impôs.

Em certas circunstâncias da experiência transitória, podem ser úteis, entretanto, não vivas exclusivamente ao lado deles. Exerceriam sobre ti o cativeiro infernal.

Refugia-te no templo à parte, dentro de tua alma, porque somente aí encontrarás as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade reais, a que o Senhor te destinou.


Fonte: Livro Fonte Viva – Chico Xavier / Emmanuel




segunda-feira, 18 de agosto de 2014

O endereço certo

O jovem rapaz fazia os últimos preparativos para a viagem que se avizinhava.
Ficaria distante da família, do país, na busca de novos desafios profissionais.
Estava às portas de iniciar uma nova fase da vida, na qual precisaria se afastar do lar e consequentemente dos pais, dos irmãos e dos amigos.
Pela primeira vez, pensava ele, estaria sozinho, dono de si e de seu destino.
Os vinte e poucos anos davam-lhe o combustível para correr em busca dos sonhos e das aventuras, no desejo natural de se descobrir e descobrir a vida.
Certo dia, o avô o chamou, pois queria ter com ele uma conversa antes de partir.
Recebido entre abraços e brincadeiras carinhosas, o velho senhor o convidou a ouvi-lo, pois tinha um último conselho a lhe dar antes da viagem.
O jovem, afeito aos cuidados naturais do avô, imaginou que seriam as falas de sempre, aqueles conselhos para se cuidar, mandar notícias, e outras coisas do gênero.
Sentou-se e esperou. Contudo, com o peso da sabedoria que os anos lhe possibilitavam, o avô o olhou, profundamente, nos olhos e lhe disse:
Meu filho, por onde quer que você vá, não importam os caminhos e possibilidades que a vida lhe oferte, lembre-se de nunca perder o endereço de sua casa.
O rapaz achou, a princípio, que se tratava de alguma brincadeira, ou mesmo que o juízo do avô falhara por alguns instantes. Afinal, como ele iria esquecer o nome da rua, o número da casa que lhe fora lar por toda a vida?
Como assim, vovô, perder o endereço de casa? O senhor acha que eu não vou me lembrar de onde moro?
Depois de uma pausa natural, o ancião explicou:
Meu filho, muitos serão os convites que lhe chegarão. E cada convite, será uma bifurcação na estrada de sua vida. Você terá a opção de ir para um lado ou para outro.

Terá sempre a chance de dizer sim ou de dizer não. A sua resposta, para cada convite é que definirá o rumo de sua caminhada, o destino que você estará construindo para si mesmo.

Assim, quando tiver dúvidas, quando se perguntar se vale a pena isso ou aquilo, lembre-se do endereço de sua casa.

Lembre-se dos valores com que foi educado. Lembre-se de que é aqui que você aprendeu a ser honesto, honrado, solidário com o próximo, a ser uma pessoa de bem.

As propostas que o afastarem da sua casa, tenha certeza, não valerão à pena.

Não importa se possam acenar com sucesso, conquistas, dinheiro ou reconhecimento social.

Escutando as valiosas palavras do avô, o jovem, emocionado, o abraçou, guardando na alma a lição.

Os valores recebidos no lar deverão nos acompanhar vida afora, aonde quer que nos conduzam nossos passos e nas mais diversas circunstâncias, sorria-nos o sucesso ou as momentâneas nuvens do fracasso.
Os conselhos dos que nos antecederam na jornada reencarnatória devem nos merecer acurada reflexão, uma vez que, tendo experienciado determinadas lutas, eles têm, além do peso natural dos anos, a própria vivência a lhes guiar as palavras.
Pensemos nisso. Fiquemos atentos às ponderações dos que nos querem bem e somente desejam que sejamos felizes nesta vida, sob a bandeira da honestidade e da dignidade.

Redação do Momento Espírita. Em 7.8.2014.

domingo, 17 de agosto de 2014

Jesus...

Jesus, Vós que sois aquele que preenche os vazios de nossa alma, ensina-nos a caminhar assentados em vossos ensinamentos.

Dá-nos a coragem para encarar nossos vícios e defeitos a fim de que possamos retirar as névoas que encobrem as melhores propriedades do espírito.

A Tua Luz clareie as alamedas dos que ainda e agora viajam como cegos espirituais.

Emana de Vosso coração vibrações de Amor e Vida sobre a creação do Incriado para que sejam regeneradas as falhas e abusos da matéria.

Crianças Angelicais bulindo inconscientes nas arestas da vida, necessitamos mais uma vez e sempre de sua orientação para nos lembrar do caminho da retidão e do progresso.

Nossos sentidos não adquiriram a sublimidade Crística, autoafirmação e amadurecimento íntimo que sustentem um comportamento de alegria e felicidade estaqueado na Ética Cósmica.

Jesus, asas singelas e em formação, somente nos farão pairar nos ares da sabedoria universal sob a pressão dos teus ensinamentos, indicações, exemplos e abdicações.

Tateando nos mistérios da Natureza Divina, dia virá que poderemos nos atrever a seguir seus passos e pisar onde pisastes.

Nada se perde e a sutilização do espírito no tempo sideral se fará, ao olhar atento do Mestre, ponto a ponto, na razão direta do esforço e dedicação do educando.

Jesus permita-nos abrir a visão espiritual na sua presença, se estivermos em condições de suportar vossa Luz, para antever toda a grandeza da vida astral onde vive e sobrevive o Amor Incondicional que envolve todas as Inteligências Universais.

Pequeninos sobreviventes das quedas e tropeços, aguardamos ansiosos seu ombro amigo, amparo e sustento de todos os sofredores e angustiados, para alçarmos voos um pouco mais serenos e tranquilos.

Equilibra nossos espíritos para que possamos adentrar os nobres espaços das moradas felizes sem ferir e macular a nossa própria condição de filhos de Deus.


Jesus, Caminho, Verdade e Vida!



quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Histórias

Cada um escreve sua história com caligrafia própria, tintas a seu gosto e cores variadas.

Podem ser duráveis, grosseiras ou refinadas, mas nada pode ser diferente daquilo que você realmente é no momento da imposição sobre o papel, da tela ou do granito.

Pincéis, cinzéis, canetas ou lápis, necessitam de mãos hábeis e determinação do protagonista para produzir a obra, espelho de nossas almas.

Navegar por entre as vidas com muita tranquilidade e paz e aproveitar o tempo de forma produtiva e elevada é a obra prima de nossas realizações.

As oportunidades podem não se repetir e para nosso bem, esmero e responsabilidade no laborioso trabalho é desejável e prudente.

O que dizer das epopeias inacabadas e que não produzem os efeitos desejados pelo autor?

Inexperiência? Imprudência? Volúpia?

A ferramenta ora à disposição do historiador é bem inestimável e intransferível. Desembaraçar-se da tarefa é preciso.

A cada um segundo as suas possibilidades e qualidades. Manipular corretamente e de acordo com a aptidão do agente é a chave do sucesso da obra. Não há porque ser diferente.

Somos chamados ao alvorecer e ao anoitecer descortinado será o produto do artífice. Cuide para que esteja acabado e bem trabalhado, pois será a imagem de seu interior.



quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Sofrer...

Sofre aquele que possui as maravilhas tecnológicas modernas e o coração estiolado e diminuto.

Sofre aquele cujos sentimentos estão direcionados para objetos e coisas transitórias e passageiras e é incapaz de perceber a grandeza que o circunda.

Sofre aquele cujo olhar concentra-se em si mesmo e não aproveita as oportunidades que o cercam para elevação espiritual.

Sofre aquele que caminha sobre as desventuras alheias e não dá sequer um passo para atender as necessidades de seus irmãos da Terra.

Sofre aquele que ocupa seu tempo com mesmices e palavrórios e não é capaz de dizer uma só palavra de consolo aos desprovidos.

Sofre aquele que nem sequer imagina a força e o poder intrínseco das palavras de estímulo e apoio.

Sofre aquele que olha e não vê!

Sofre aquele que, tendo a oportunidade, não perdoa!

Sofre aquele que faz correr lágrimas rubras na face de seres em experimentação e não é capaz de verter uma única de seus próprios olhos.

Sofre aquele cujo coração se encontra empedernido, fraco e desejoso de fantasias e experimentações exóticas.

Sofre aquele que mesmo acreditando num Deus de Amor e Bondade pratica atrocidades e vilanias em seu nome!

Alegra-se aquele que renascido de seus próprios defeitos e vícios, vence a si mesmo e avança destemido e confiante em direção à Luz Maior!




terça-feira, 5 de agosto de 2014

Exercitando a Serenidade

Serenidade é preciso!

É verdade que nos dias que se sucedem uma série de emoções desequilibrantes e desafiadoras se intensificam em todos os pontos do planeta.
Não se pode negar que as tribulações e as dificuldades morais pelas quais passamos apresentam visível crescimento.
Os disparates, os comportamentos desconexos, a leviandade, a busca pelo prazer inconseqüente parecem ser o roteiro de vida de muitas e muitas pessoas que compartilham conosco a presente vivência.
Relacionam-se com o próximo como objeto de uso, em um utilitarismo calculado, para o descarte inconseqüente logo mais, sem apresentar qualquer remorso.
Tudo posso e nada me é cobrado!
Comportamentos violentos, desmedidos e infundados permeiam as relações sociais, sem espaço para a compreensão, a paciência e o respeito às limitações alheias.
Cada um que cuide de seus problemas! Ou então “Você para mim é problema seu”!
E, não raro, perguntamos para onde irá parar essa sociedade se, coroada pelas conquistas do intelecto, desenvolvida tecnologicamente, ainda rasteja nas limitações morais em que estagia.
São dias de aflição contínua, como efeito das ações perturbadoras que atingem quase todas as criaturas, sem distinção de credo, religião ou crença.
Sem distinção de lugar, país ou continente.
E não vamos cometer a imprudência de achar um culpado. Todos o somos!
Entretanto, Jesus afirmou que sobre a Terra reinaria os mansos e sóbrios de coração!
Não foi assim?
São esses mesmos dias os mais propícios para se vivenciar princípios nobres, de certa maneira rígidos, como aqueles propostos por nosso Mestre Jesus.
A insensatez e o desamor têm vida breve e, logo mais, darão espaço, em caráter perene e definitivo, para o equilíbrio, a paz e a harmonia nas relações humanas.
Estes são dias de batalha, de luta não declarada. Nas profundezas do ser!
Ela acontece no mundo íntimo, entre os vestígios de uma alma doente e um tanto violenta com as novas propostas de comportamento digno e nobre, que começam a aflorar em nossa consciência.
Também acontecem batalhas na sociedade, entre aqueles já despertos para o bem e a dignidade e os que se comprazem na desordem e na ignorância.
São dias desafiadores para todo aquele que pretenda construir uma sociedade mais feliz, mais justa e menos turbulenta.
Cabe a nós, desejosos de dias novos, não reforçarmos as desgraças ou estimularmos os embates.
Será sempre a serenidade, a tolerância, a paciência perante os fatos a melhor ferramenta para se enfrentar tais dias.
Não importa o que nos suceda. Manter a mente tranqüila, envolta na serenidade é o desafio daqueles que abraçam a certeza de que Deus está sempre no comando de tudo.

Assim, se desejamos colaborar para que os dias ganhem novos panoramas, mais lúcidos, mais felizes e mais fartos, façamos a nossa parte.
Na provocação, vamos procurar sustentar a paz. Quando aterrorizado, manter a firmeza no bem. Se afrontado até o limite, permanecer sem revidar.
Seja o nosso comportamento equilibrado e lúcido daqueles que já perceberam no Cristo o melhor roteiro a ser seguido.
Logo mais, aqueles outros, depois de exauridos no seu desequilíbrio e insensatez, irão se ajustar à conduta dos mais esclarecidos, buscando a mesma paz que observam e anseiam.
Vamos permanecer tranqüilos e serenos, exercitando a fé e a esperança e nos certificar que esses dias, são dias de aprendizado necessário para todos os que ainda não se convenceram ser o amor a melhor opção para nossas vidas.



Texto base: Redação do Momento Espírita - Capítulo 11 – Livro Ilumina-te pelo Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco.