“E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” (Mateus 19:26)
Ainda
que imbuídos do verdadeiro espírito de paz e harmonia, várias situações da
rotina poderão perturbar nosso estado de equilíbrio interior.
Muitas
vezes, os lances desagradáveis são necessários na aferição de nossa resistência
e no exame de nossa capacidade de assimilar as lições do bem na escola da vida.
Uma
vida em paz não é isenta de lutas e tropeços, erros e desvios, conflitos e
desafios. Ao contrário, a paz verdadeira decorre da habilidade de saber extrair
o melhor das mais difíceis partes da existência.
Há
quem imagine paz como completa ausência de lutas e conflitos, alimentando a
vertigem da fuga diante dos testes do aprimoramento espiritual.
Quando
assim procedemos, deixamos de aproveitar, tanto quanto deveríamos o ensino
precioso que as contrariedades podem acrescentar a cada lance do caminho
diário.
Deus
está, também, nos contratempos e nas decepções, nos imprevistos e nas
dificuldades.
Para
enxergá-Lo com clareza, evite a permanência nas lembranças desagradáveis, que
são semelhantes a um eco de longa duração, pelo qual se revive e se amplia os
efeitos do desgosto.
Trabalhe,
ore e esqueça.
Eis
a recomendação para as ocorrências diárias quando se surpreender com aferições
inesperadas. Diante desta recomendação, talvez você indague: como trabalhar,
orar e esquecer?
Dirige
a Deus essa pergunta e não tenha dúvida que Ele responderá, porque a Ele tudo é
possível.
Nossas existências são um aprendizado constante.
Deus nos fez à sua imagem e semelhança, no entanto, deixou para nós mesmos construir nossa evolução. De que adiantaria Deus nos fazer perfeitos? Deus nos fazer isentos de responsabilidades? Se assim fosse seria um Universo preso à inércia, à imobilidade e consequentemente à paralisia. Toda a criação é dinâmica e ainda não encerramos a capacidade de compreender Deus. Cabe a nós, racionalmente, acreditar que tudo tem seu verdadeiro valor e, lá no fim, se houver, estaremos em condições de avaliar e sentir a presença absoluta de Deus.
Já me perguntei o porquê do sofrimento e da
dor e, depois de refletir chego sempre à mesma conclusão, dentro do meu
entendimento, de que tudo isso faz parte de um sentimento último de satisfação
de ter vencido a si mesmo e de ter completado a evolução espiritual por esforço
e vontade própria, valorizando todo o aprendizado e tudo o que foi agregado ao
nosso espírito.
Devemos,
naturalmente, avaliar cada instante de nossas vidas e verificar a postura mais
adequada a ser tomada em cada uma de nossas experiências, boas ou más.
Creio, considerando o caminho do meio, sem extremismos, ser
necessário procurar um lugar à parte, a fim de repousar a mente e o coração na prece,
sempre que nos depararmos com aquelas provas que assaltam nosso coração de
maneira contundente e dolorosa.
Retirar-nos a um lugar propício e cultivar os interesses da
alma é imprescindível para angariar novas forças e continuar com o trabalho na
serenidade e na paz do espírito.
Em certas circunstâncias da experiência transitória, as
provas e obstáculos podem ser úteis, entretanto, não podemos viver exclusivamente
ao lado deles porque exerceriam sobre nós o cativeiro infernal.
Refugiar-nos no templo de nossa alma, e encontrar as
verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade reais, é tudo
que o Senhor nos destinou.
Tudo há seu tempo e continuamente. Esta é a medida para uma
vida saudável e produtiva.
Procuremos a harmonia de nossos sentimentos para uma efetiva
colaboração para com o Universo e para com Deus e sua criação.
Observações do autor do estudo em Segoe Print.
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