sexta-feira, 18 de junho de 2021

Extensão da Alma - Livro Renovando Atitudes – Hammed – Psicografia de Francisco do Espírito Santos Neto.

 

“Amai, pois, vossa alma, mas cuidai também do corpo, instrumento da alma; desconhecer as necessidades que são indicadas pela própria Natureza é desconhecer a lei de Deus. Não o castigueis pelas faltas que o vosso livre-arbítrio fê-lo cometer, e das quais ele é tão irresponsável como o é o cavalo mal dirigido pelos acidentes que causa.” (Cap. XVII, Item 11)

Ele se densificou moldado pelos nossos pensamentos, obras e crenças mais íntimas.

Extensão da própria alma, ele é a parte materializada de nós mesmos que nos serve de conexão com a vida terrena. (Há literatura Espírita que nos informa que o corpo físico é um uma aglutinação de matéria especializada, moldada tomando-se os padrões de nosso Perispírito. Sendo assim, explicam-se as heranças físicas e psíquicas de formas criadas a partir dos mesmos elementos se apresentarem diferentemente no mundo físico).

Há quem o despreze, dizendo que todas as tentações e desastres morais provêm de suas estruturas intrínsecas, culpando-o pelas quedas sexuais e transtornos afetivos, esquecendo-se de que ele apenas expressa nossa vida mental. (Interessante observar criaturas que contém exatamente os mesmos elementos constitutivos se comportarem de maneira tão diversa).

Foi relegado particularmente na Idade Média, como sendo o próprio instrumento do demônio, que impunha à alma, nele encarcerada, o cometimento pelos maiores desatinos e desastres morais.

Se cuidado e bem tratado, era isto atribuído aos vaidosos e concupiscentes (sensualidade, muito ligado às coisas do corpo físico); se macerado e flagelado, era motivo de regozijo (satisfação, contentamento) dos tementes a Deus e cultivadores da candidatura aos reinos dos céus. Essas crenças neuróticas (sentimentos e emoções negativas) do passado afiançavam que, quanto maiores as cinzas que o cobrissem, e quanto mais agudas as dores que o alfinetassem, mais alto o espírito sublimaria (altearia), alcançando assim os píncaros (alto, cume, auge, cimo) da evolução.

Porém, não é propriamente nosso corpo o responsável pelas intenções, emoções e sentimentos que ressoam em nossos atos e atitudes, mas, sim, nós mesmos, almas em processo de aprendizagem e educação.

Nossos pensamentos determinam nossa vida e, consequentemente, são eles que modelam nosso corpo. Portanto, nós somos fisicamente o produto do nosso eu espiritual.

A crença em anjos rebeldes destinados eternamente a induzir (motivar, incitar) a alma a pecar, tira-nos a responsabilidade pelas próprias ações e ficamos temporariamente na ilusão de que os outros é que comandam nossos feitos, atuações e inclinações e não nós mesmos, os verdadeiros dirigentes de nosso destino. (Livre arbítrio).

Corpo e alma unidos a serviço da evolução, eis o que determina a Natureza.

Nosso físico não só é um veículo usável, mas também a parte mais densa da alma. (Isto enquanto necessitarmos da encarnação para evolução de nosso espírito. Um momento haverá que esta necessidade cessará e o espírito estará livre para evolução em outras paragens onde reina o amor, a compaixão e a fraternidade). Não o separemos, pois, de nós mesmos, porque apesar de sua matéria ficar na Terra no processo da morte física é nele que avaliamos as sensações do abraço de mãe, do ósculo (beijo) afetivo e das mãos carinhosas dos amigos. Através dele é que poderemos identificar angústias e aflições, que são bússolas a nos indicar que devemos mudar nossa maneira de agir e pensar, para que possamos percorrer caminhos mais adequados do que os que vivemos no momento.

A lei divina não nos pede sofrimento para que cresçamos e evoluamos, pede-nos somente que amemos cada vez mais. Cuidemos de nosso corpo, aceitemo-lo plenamente. Ele é o instrumento divino que Deus nos concede para que possamos aprender e a amar cada vez mais.

Palavras de Dr. Bezerra de Menezes: O Homem precisará ainda de muitas vacinas até alcançar a saúde integral do espírito. Enquanto isso, continuamos orientados quanto à necessidade de cuidarmos do corpo e da alma, atendendo às orientações da medicina da Terra, mas, sobretudo, não olvidando os apelos da medicina do Céu, através do uso diário dos remédios da oração, do amor, da humildade, do perdão e da caridade. Vacinem o corpo, sim. Não esqueçam, porém, de vacinarem a alma.

 

Observações do autor do estudo em Segoe Print.

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