sexta-feira, 25 de junho de 2021

Lei e Vida - Estudo Capítulo 25 – Livro Ceifa de Luz – Emmanuel / Chico Xavier

 

Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. – Jesus (Mateus, 5:17.)

“Não matarás”, diz a Lei.

O texto não se refere, porém, unicamente, à vida dos semelhantes.

Não frustrarás a tarefa dos outros, porque a suponhas inadequada, uma vez que toda tarefa promove quem a executa, sempre que nobremente cumprida.

Não dilapidarás a esperança de ninguém, porquanto a felicidade, no fundo, não é a mesma na experiência de cada um.

Não destruirás a coragem daqueles que sonham ou trabalham em teu caminho, considerando que, de criatura para criatura, difere a face do êxito.

Não aniquilarás com inutilidades o tempo de teus irmãos, porque toda hora é agente sagrado dos valores da Criação.

Não extinguirás a afeição na alma alheia, porquanto, ignoramos todos nós, com que instrumento de amor a Sabedoria divina pretende mover os corações que nos partilham a marcha.

Não exterminarás a fé no espírito dos companheiros que renteiam contigo, observando-se que as estradas para Deus obedecem a estruturas e direções que variam no Infinito.

Reflitamos no bem do próximo, respeintando-lhe a forma e a vida. A Lei não traça especificações ou condições dentro do assunto; preceitua, simplesmente: “não matarás”.

Por extensão, deveríamos olhar mais atentamente às demais Leis (Mandamentos, excluindo aqueles de fundo dogmático), para podermos extrair significados mais profundos, naturalmente, de acordo com o entendimento que hora somos detentores.

Emmanuel me falou, certa vez: Chico... Se alguém se aproximar de você dizendo que vai capinar o mundo, você não deve questionar. Dê a ele uma enxada!

De fato, não podemos tirar o entusiasmo de ninguém. Ninguém precisa anular ninguém. Sobra espaço para as estrelas no firmamento. Todas podem brilhar à vontade.

Observações do autor do estudo em Ink Free.



sexta-feira, 18 de junho de 2021

Extensão da Alma - Livro Renovando Atitudes – Hammed – Psicografia de Francisco do Espírito Santos Neto.

 

“Amai, pois, vossa alma, mas cuidai também do corpo, instrumento da alma; desconhecer as necessidades que são indicadas pela própria Natureza é desconhecer a lei de Deus. Não o castigueis pelas faltas que o vosso livre-arbítrio fê-lo cometer, e das quais ele é tão irresponsável como o é o cavalo mal dirigido pelos acidentes que causa.” (Cap. XVII, Item 11)

Ele se densificou moldado pelos nossos pensamentos, obras e crenças mais íntimas.

Extensão da própria alma, ele é a parte materializada de nós mesmos que nos serve de conexão com a vida terrena. (Há literatura Espírita que nos informa que o corpo físico é um uma aglutinação de matéria especializada, moldada tomando-se os padrões de nosso Perispírito. Sendo assim, explicam-se as heranças físicas e psíquicas de formas criadas a partir dos mesmos elementos se apresentarem diferentemente no mundo físico).

Há quem o despreze, dizendo que todas as tentações e desastres morais provêm de suas estruturas intrínsecas, culpando-o pelas quedas sexuais e transtornos afetivos, esquecendo-se de que ele apenas expressa nossa vida mental. (Interessante observar criaturas que contém exatamente os mesmos elementos constitutivos se comportarem de maneira tão diversa).

Foi relegado particularmente na Idade Média, como sendo o próprio instrumento do demônio, que impunha à alma, nele encarcerada, o cometimento pelos maiores desatinos e desastres morais.

Se cuidado e bem tratado, era isto atribuído aos vaidosos e concupiscentes (sensualidade, muito ligado às coisas do corpo físico); se macerado e flagelado, era motivo de regozijo (satisfação, contentamento) dos tementes a Deus e cultivadores da candidatura aos reinos dos céus. Essas crenças neuróticas (sentimentos e emoções negativas) do passado afiançavam que, quanto maiores as cinzas que o cobrissem, e quanto mais agudas as dores que o alfinetassem, mais alto o espírito sublimaria (altearia), alcançando assim os píncaros (alto, cume, auge, cimo) da evolução.

Porém, não é propriamente nosso corpo o responsável pelas intenções, emoções e sentimentos que ressoam em nossos atos e atitudes, mas, sim, nós mesmos, almas em processo de aprendizagem e educação.

Nossos pensamentos determinam nossa vida e, consequentemente, são eles que modelam nosso corpo. Portanto, nós somos fisicamente o produto do nosso eu espiritual.

A crença em anjos rebeldes destinados eternamente a induzir (motivar, incitar) a alma a pecar, tira-nos a responsabilidade pelas próprias ações e ficamos temporariamente na ilusão de que os outros é que comandam nossos feitos, atuações e inclinações e não nós mesmos, os verdadeiros dirigentes de nosso destino. (Livre arbítrio).

Corpo e alma unidos a serviço da evolução, eis o que determina a Natureza.

Nosso físico não só é um veículo usável, mas também a parte mais densa da alma. (Isto enquanto necessitarmos da encarnação para evolução de nosso espírito. Um momento haverá que esta necessidade cessará e o espírito estará livre para evolução em outras paragens onde reina o amor, a compaixão e a fraternidade). Não o separemos, pois, de nós mesmos, porque apesar de sua matéria ficar na Terra no processo da morte física é nele que avaliamos as sensações do abraço de mãe, do ósculo (beijo) afetivo e das mãos carinhosas dos amigos. Através dele é que poderemos identificar angústias e aflições, que são bússolas a nos indicar que devemos mudar nossa maneira de agir e pensar, para que possamos percorrer caminhos mais adequados do que os que vivemos no momento.

A lei divina não nos pede sofrimento para que cresçamos e evoluamos, pede-nos somente que amemos cada vez mais. Cuidemos de nosso corpo, aceitemo-lo plenamente. Ele é o instrumento divino que Deus nos concede para que possamos aprender e a amar cada vez mais.

Palavras de Dr. Bezerra de Menezes: O Homem precisará ainda de muitas vacinas até alcançar a saúde integral do espírito. Enquanto isso, continuamos orientados quanto à necessidade de cuidarmos do corpo e da alma, atendendo às orientações da medicina da Terra, mas, sobretudo, não olvidando os apelos da medicina do Céu, através do uso diário dos remédios da oração, do amor, da humildade, do perdão e da caridade. Vacinem o corpo, sim. Não esqueçam, porém, de vacinarem a alma.

 

Observações do autor do estudo em Segoe Print.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Resposta de Deus – Livro Vibrações de Paz em Família – Estudo 45 – Wanderley Oliveira / Espírito Ermance Dufaux.

 

“E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” (Mateus 19:26)

 

Ainda que imbuídos do verdadeiro espírito de paz e harmonia, várias situações da rotina poderão perturbar nosso estado de equilíbrio interior.

Muitas vezes, os lances desagradáveis são necessários na aferição de nossa resistência e no exame de nossa capacidade de assimilar as lições do bem na escola da vida.

Uma vida em paz não é isenta de lutas e tropeços, erros e desvios, conflitos e desafios. Ao contrário, a paz verdadeira decorre da habilidade de saber extrair o melhor das mais difíceis partes da existência.

Há quem imagine paz como completa ausência de lutas e conflitos, alimentando a vertigem da fuga diante dos testes do aprimoramento espiritual.

Quando assim procedemos, deixamos de aproveitar, tanto quanto deveríamos o ensino precioso que as contrariedades podem acrescentar a cada lance do caminho diário.

Deus está, também, nos contratempos e nas decepções, nos imprevistos e nas dificuldades.

Para enxergá-Lo com clareza, evite a permanência nas lembranças desagradáveis, que são semelhantes a um eco de longa duração, pelo qual se revive e se amplia os efeitos do desgosto.

Trabalhe, ore e esqueça.

Eis a recomendação para as ocorrências diárias quando se surpreender com aferições inesperadas. Diante desta recomendação, talvez você indague: como trabalhar, orar e esquecer?

Dirige a Deus essa pergunta e não tenha dúvida que Ele responderá, porque a Ele tudo é possível.

 

Nossas existências são um aprendizado constante. 

Deus nos fez à sua imagem e semelhança, no entanto, deixou para nós mesmos construir nossa evolução. De que adiantaria Deus nos fazer perfeitos? Deus nos fazer isentos de responsabilidades? Se assim fosse seria um Universo preso à inércia, à imobilidade e consequentemente à paralisia. Toda a criação é dinâmica e ainda não encerramos a capacidade de compreender Deus. Cabe a nós, racionalmente, acreditar que tudo tem seu verdadeiro valor e, lá no fim, se houver, estaremos em condições de avaliar e sentir a presença absoluta de Deus.

 Já me perguntei o porquê do sofrimento e da dor e, depois de refletir chego sempre à mesma conclusão, dentro do meu entendimento, de que tudo isso faz parte de um sentimento último de satisfação de ter vencido a si mesmo e de ter completado a evolução espiritual por esforço e vontade própria, valorizando todo o aprendizado e tudo o que foi agregado ao nosso espírito.

Devemos, naturalmente, avaliar cada instante de nossas vidas e verificar a postura mais adequada a ser tomada em cada uma de nossas experiências, boas ou más.

Creio, considerando o caminho do meio, sem extremismos, ser necessário procurar um lugar à parte, a fim de repousar a mente e o coração na prece, sempre que nos depararmos com aquelas provas que assaltam nosso coração de maneira contundente e dolorosa.

Retirar-nos a um lugar propício e cultivar os interesses da alma é imprescindível para angariar novas forças e continuar com o trabalho na serenidade e na paz do espírito.

Em certas circunstâncias da experiência transitória, as provas e obstáculos podem ser úteis, entretanto, não podemos viver exclusivamente ao lado deles porque exerceriam sobre nós o cativeiro infernal.


Refugiar-nos no templo de nossa alma, e encontrar as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade reais, é tudo que o Senhor nos destinou.

Tudo há seu tempo e continuamente. Esta é a medida para uma vida saudável e produtiva.


Procuremos a harmonia de nossos sentimentos para uma efetiva colaboração para com o Universo e para com Deus e sua criação.


 

Observações do autor do estudo em Segoe Print.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Quem São os Regenerados – Renovando Atitudes Hammed – Psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto - Estudo


“Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes; a alma que se arrepende neles encontra a calma e o repouso, acabando de se depurar. Sem dúvida, nesses mundos, o homem está ainda sujeito às leis que regem a matéria...” (Cap. III, item 17 - ESE).

Regenerados são todos aqueles que aprenderam a compartilhar deste mundo, contribuindo sempre para a sua manutenção e continuação, e ao mesmo tempo, por perceberem que recebem à medida que doam; sustentam com êxito esse fenômeno de “trocas incessantes”. São os homens que descobriram que todos estão ligados por inúmeras formas de vida, desde o micro ao macrocosmo, e os ciclos da natureza é que vitalizam igualmente plantas, animais e eles próprios, portanto, respeitam, cooperam e produzem, não pensando somente em si mesmos, mas na coletividade em geral.

Nesse ponto lembramos trecho da Oração de São Francisco de Assis:

Ó mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado.

Sabem que ao mesmo tempo, sozinhos ou juntos, somos todos viajantes pelas estradas da vida universal, em busca de crescimento e perfeição. (Não há escapatória, um dia seremos seres Angélicos).

Voltaram-se para si mesmos e descortinaram a presença divina em sua intimidade e, portanto, agora não buscam mais somente a exterioridade da vida, mas sim, a abundância da vida íntima, fazendo quase sempre uma jornada cósmica para dentro do seu universo interior, na intimidade da própria alma.

Regenerados são os seres humanos que notaram que não podem modificar o mundo dos outros, mas o mundo em si. Que os indivíduos, lugares e ambientes, não podem ser mudados, e que as únicas coisas possíveis de serem alteradas são suas atitudes pessoais, reações e atos relacionados a esses mesmos indivíduos, lugares e ambientes de sua vida.

Conseguiram angariar sabedoria em decorrência das vivências anteriores. Diferenciam o que lhes cabe fazer e, por conseguinte, o que são deveres dos outros, e quais são os seus. Só fazem, portanto, autojulgamento, deixando a cada um fazer a sua própria avaliação.

Na realidade, trazem certas competências e destrezas alicerçadas no poder de observação, por já possuírem uma considerável “coleta de dados”. São consideradas criaturas sábias, por terem constantemente “insight”, isto é, compreensões súbitas frente a decisões e resoluções da vida. (Através das múltiplas encarnações adquirimos experiência, conhecimento, entendimento e finalmente sabedoria. Acredito, ainda, que obtemos acesso ao conhecimento Universal proporcionalmente ao nosso amadurecimento espiritual para que saibamos aproveitar esse conhecimento).

São eles homens que adquiriram a habilidade de resolver suas dificuldades com recursos novos e criativos, usando maneiras inovadoras de solucionar e concluir os acontecimentos de seu cotidiano. Reconhecem que a vida é uma sucessão de ocorrências interdependentes, por possuírem a capacidade de observar as relações existenciais, sempre lançando mão dos fatos passados, e entrelaçando-os aos fatos presentes, chegando à profunda compreensão das situações e seus problemas.

Descortinaram horizontes novos, porque reservaram no cotidiano, algum tempo para se conhecerem melhor, anotando sensações e pensamentos a fim de esclarecer para eles próprios, o porquê de sentimentos desconexos, emoções variáveis e ações contraditórias, ajudando-os, assim, a viverem de uma forma mais serena e previsível.

Obtiveram informações íntimas, surpreendentes, pois conseguiram constatar como realmente são.

Desmancharam máscaras, que inicialmente lhe davam certo conforto e segurança, porque eles mesmos reconheceram que elas lhes aprisionavam por entre grilhões e opressões.

Aprenderam que não vale a pena representar inúmeros papéis, como se a vida fosse um grande teatro, mas, sobretudo assumir sua própria missão na Terra porque constataram que, cada um tem uma cota própria de contribuição perante à criação, e que, não nasce no planeta nenhuma criatura cuja tarefa não esteja determinada.

Regenerados são os reabilitados perante as verdades eternas. Adotaram Jesus como “Sábio dos Sábios” e, por seguirem Seus passos, fazem sempre o seu melhor. Reconheceram que o erro nunca será motivo de abatimento e paralisação e, sim, aprendizado adquirido, portanto, seguem adiante pacientes consigo mesmos, e com os outros, ganhando cada vez mais autonomia e discernimento perante as leis de amor que regem o Universo.

 

Observações do autor do estudo em segoe print