Vivemos é verdade, em
uma época de consumo desenfreado, material, emocional e mesmo da alma,
causando inúmeros e enormes passivos para a ecologia e à aura psíquica do
planeta Terra, nossa casa, ainda por algum tempo, na imensidão do Cosmos.
É de se supor, que neste
momento, com o desenvolvimento acelerado da ciência e da descoberta de novas
tecnologias, o homem já pudesse ter amadurecido seus conhecimentos a respeito
de si mesmo e das periferias existenciais e, num ato de desprendimento e
benevolência para com a vida, iniciar uma convivência mais pacífica e útil com
a natureza e suas intrincadas formas de crescimento e manutenção.
O luxo e a disponibilidade
são um conjunto usurpador da liberdade do ser, sobrecarregando os pensamentos e
congelando seu coração.
Nem sempre, numa
atitude infantil, é necessário deteriorar o ambiente para satisfazer a
indigência psíquica da criatura. Deveríamos nesse aspecto nos orientar por uma existência menos agressora aos irmãos menores da natureza.
Infinitas possibilidades
tem o homem, ao seu dispor, no seu cardápio de opções atuais e, no entanto,
cria-se uma expectativa de "tudo querer e ter", que não sobra tempo
para o Criador de todas as coisas e de toda a vida. Não se pensa e não se
reflete a respeito do verdadeiro sentido da consciência inteligente de que
somos portadores.
E ficamos pensando e
ruminando como preencher o vazio da alma, mesmo com o estômago farto de
alimentos de todas as espécies, o bolso com tantas moedas e, possuidores de
todas as bugigangas tecnológicas que consomem nossa energia vital que poderia e
deveria ser direcionada para a construção de um mundo mais feliz e harmonioso.
O que aconteceu com a
simplicidade e a naturalidade com que as pessoas costumavam se apresentar,
conversar e mesmo discutir? E poderia ser sobre qualquer assunto, até mesmo de
religião ou crença, ou ainda de mistérios ocultos de Deus.
O tempo se foi e
parece que nos perdemos em alguma curva do passado... Perdemos o passo e a
elegância. Desistimos dos princípios e adotamos a prática da satisfação a qualquer
preço, doa a quem doer.
E o amor com que uns
dedicavam aos outros e à toda criação? Inclusive à mãe Terra?
Preservação, no
sentido mais abrangente, é ter
consciência da necessidade constante e atuante no destino das pessoas e de tudo
mais, do segundo seguinte ao agora, até ao entendimento último dos desígnios
Divinos.
Não estamos sós no
sítio Universal e nem poderíamos assim imaginar, apesar do esforço egocêntrico
do ser humano. A balança que tudo mede e tudo vê, indicará os créditos e os
débitos individuais das cotas de energia fornecida e utilizada a bem do "Todo".
Pensemos nisso...
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