quarta-feira, 29 de junho de 2016
segunda-feira, 27 de junho de 2016
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Crônica - "Sorria! Você está sendo filmado."
Está rindo do quê?
Cansei de ser artista
e nem tenho intenção para tal feito. Atentos olhos me espreitam, uns sorrateiros
outros oportunistas. Apinhocados em cantos estreitos na sutileza, disfarçados e mal-intencionados.
As soleiras não mentem...
Diz-se que
"Folhas não caem sem que Deus Saiba"!
Que será desta
humanidade? Ou perde a vergonha ou endireita! Passos e mais passos cuidadosamente
pensados e imaginados. Nada despercebido.
Sou o que os olhos me
acham...
Sou o que a
imaginação constrói...
Sou o que os
pensamentos floreiam...
Divina invenção ou
coisa do abestado?
De meu lado também
vejo, imagino e penso: quem me observa? Estará atento ou sou mais um perdido
nessa multidão de pés, braços e pernas?
A ética do homem
nasce da própria desconfiança.
Sou, quem não é?
Caridade, usura,
pecado, recado, amontoado...?
Extensão da
curiosidade ou precaução?
Nem tudo que se vê é
real e nem tudo que é real se vê. Por detrás de olhos tristes, alegria. Por detrás
dos defeitos, grandes feitos. Por detrás das fantasias, grandes verdades.
Entro no jogo e
também me arrisco a olhar através dos olhos mecânicos e eletrônicos, anencéfalos
de nascimento. Me despiram diante da humanidade. Rasgaram, destroçaram e
deturparam meu corpo. Desnudaram meu espírito... Nada ficou somente para mim.
Sou um agregado de formas e pensamentos alheios.
"Kolynos ou
Colgate"? "Espresso ou Cappuccino"? "Preto ou Marrom"?
Estou ficando paranoico e até consultando os amigos dos olhos virtuais do lado
de lá para comer, tomar, comprar e vestir!
Possível é, e graças
a Deus pelo menos uma dessas geringonças está fora de combate e já me sinto
mais aliviado podendo exercer meu direito de humano. Por enquanto...
Mas afinal quem sou
eu? Um ego desfigurado ou uma essência vilipendiada?
terça-feira, 21 de junho de 2016
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Crônica - Éramos felizes e não sabíamos...
A vida era muito mais
simples e gostosa em nossos tempos de infância.
Não havia televisão
mas éramos felizes.
Não havia celular e
nossos pais não se preocupavam onde estávamos.
Bicicleta era o meio
de transporte preferido, quando não necessário, e ninguém as roubava!
Na escola só
prosseguia quem estudava e dava conta do recado. Professor era estimado e
respeitado.
Refrigerante... Só o
caçula e aos domingos, junto com a macarronada e frango assado.
Não havia tênis de
marca, conga era a moda. Kichute para quem tinha mais din-din.
Alpargatas de sola de
corda para dentro de casa. Meias de lã no inverno.
Bolinhas de gude,
taco, cabanas no mato, esconde-esconde, pega-pega, 7 pecados, eram as
brincadeiras sem maldade e perversão.
Às vezes na casa do
vizinho assistíamos Zorro com seu cavalo Silver!
Quantos besouros,
aranhas caranguejeiras e cobras não estavam ao alcance de nossas mãos e nem por
isso fomos picados uma vez sequer.
No final das aulas
comíamos piruás que restavam na panela de sobras do pipoqueiro, uma delícia.
Andávamos muito a pé,
muito mesmo. Conhecíamos cada palmo das calçadas e ruas da cidade e dos
parques.
Ser escoteiro era o
sonho dos meninos e bandeirante das meninas.
Na escola, meninos de
manhã e meninas a tarde. Os bilhetinhos escondidos embaixo das carteiras era o
correio do mistério e das surpresas.
Andar descalço,
brincar na chuva, chutar as poças de água e lama não tinha preço!
Tomate, alface, almeirão,
cenoura, rabanete, ovo de galinha e de pata, tudo fresquinho apanhado da horta e
criação que meu avô insistia em cuidar e refazer.
Álbum de figurinhas
tive um ou dois que me recordo, não mais que isso.
Semanada ou mesada? O que era isso?
Uma vez fui para São
Paulo e fiquei uma semana na casa de minha avó. Até hoje me pergunto o por quê?
Um dia ainda vou descobrir.
Tínhamos poucos sonhos,
porém verdadeiros.
Muitos amigos e
poucos desafetos, aliás, nem sabíamos o que era isso.
A vida era muito mais
simples e gostosa em nossos tempos de infância.
Éramos muito felizes e não
sabíamos!
sexta-feira, 17 de junho de 2016
sexta-feira, 10 de junho de 2016
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Identidade própria.
Quantos e quantos
influxos de informações recebemos a cada momento?
Muitas perguntas...
Poucas respostas...
Uma enxurrada de
exemplos, eventos, causas...
O tempo parece estar
correndo mais que ele mesmo.
Impossível deglutir
tudo o que nos atinge pelos mais diversos canais de informações. E que tipo de
informações estamos recebendo?
Os sentidos parecem
estar gradualmente engrandecendo e se alargando, geometricamente!
As crianças de hoje
estão a anos-luz de distância das crianças de ontem. Hoje são digitais, ontem
analógicas. Velocidades diferenciadas. Entendimento diferenciado.
Construir uma
identidade própria está cada vez mais difícil, complicado, até porque a
quantidade de seres humanos no planeta Terra já ultrapassou os 7 bilhões, sem
considerar os possíveis 20 bilhões, ou mais, de desencarnados orbitando, ainda,
as periferias e as entranhas do planeta, e cada um deles exteriorizando seus
pensamentos, idéias e conceitos.
O império da
informação dirigida com finalidades múltiplas e nem sempre de qualidade nos
surpreende minuto a minuto numa sanha de conquista nunca vista no decorrer das
eras.
Será o fim do mundo a
que os profetas estavam se referindo?
A informação
deficiente e sutilmente arquitetada oferecida aos menos aquinhoados
intelectualmente forma um exército de criaturas cada vez mais dependentes dos flashes
argutos dos marqueteiros das sombras e dominadores da atmosfera psíquica do
terceiro planeta de nosso sistema solar.
Chegamos a um beco
sem saída ou ainda resta tempo para construirmos uma identidade própria? E em
que padrões estaremos estabelecendo essa identidade? Será ela reflexo de uma
sociedade viciada ou uma inteiramente nova, talvez mais abstrata, coerente e
ética para com o Universo?
Não há se negar a
ruína de nossa casa planetária. A natureza, sábia orientadora e pouco levada a
sério, nos avisa constantemente das dissonâncias deteriorantes do sistema
natural de sobrevivência da vida.
Até onde poderemos ir
com tanta irresponsabilidade e descaso?
Identidades
segregadas quando reunidas formam um todo indissociável das idéias e do "status
quo" regentes.
As armadilhas sutis e
as artimanhas alegóricas são minuciosamente pontuadas para influenciar
propositadamente de forma destrutiva a identidade dos indivíduos, deixando-os à
mercê de uma cultura degenerativa e degradante aceita de forma natural por uma
sociedade sem valores e sem forças para reverter uma situação de caos e
absolutamente sombria.
Onde a luz no final
da estreita porta?
Através da meditação,
da reflexão, do estudo minucioso dos vícios e defeitos ainda acarrapatados aos
seres humanos, dos conceitos éticos e responsáveis de grupo, poderá o homem
adquirir uma nova filosofia de vida e uma convivência útil e compatível com a
Vida Cósmica.
O tempo da conversão
está próximo e haverá a necessidade compulsória da modificação dos usos e
costumes de todas as coisas. A nova visão irá exigir de cada um de nós uma postura
mais ética e responsável em relação à criação. O mundo novo está às nossas
portas e a maioria ainda resvala na inconsequência e na irresponsabilidade.
A sintonia ao todo é
atributo particular e ter uma identidade própria é o início característico da
integração ao novo mundo.
Pensemos nisso...
quarta-feira, 8 de junho de 2016
terça-feira, 7 de junho de 2016
domingo, 5 de junho de 2016
"Nada é bastante para quem considera pouco o que é suficiente!" (Confúcio - Kung Fu-Tse)
Vivemos é verdade, em
uma época de consumo desenfreado, material, emocional e mesmo da alma,
causando inúmeros e enormes passivos para a ecologia e à aura psíquica do
planeta Terra, nossa casa, ainda por algum tempo, na imensidão do Cosmos.
É de se supor, que neste
momento, com o desenvolvimento acelerado da ciência e da descoberta de novas
tecnologias, o homem já pudesse ter amadurecido seus conhecimentos a respeito
de si mesmo e das periferias existenciais e, num ato de desprendimento e
benevolência para com a vida, iniciar uma convivência mais pacífica e útil com
a natureza e suas intrincadas formas de crescimento e manutenção.
O luxo e a disponibilidade
são um conjunto usurpador da liberdade do ser, sobrecarregando os pensamentos e
congelando seu coração.
Nem sempre, numa
atitude infantil, é necessário deteriorar o ambiente para satisfazer a
indigência psíquica da criatura. Deveríamos nesse aspecto nos orientar por uma existência menos agressora aos irmãos menores da natureza.
Infinitas possibilidades
tem o homem, ao seu dispor, no seu cardápio de opções atuais e, no entanto,
cria-se uma expectativa de "tudo querer e ter", que não sobra tempo
para o Criador de todas as coisas e de toda a vida. Não se pensa e não se
reflete a respeito do verdadeiro sentido da consciência inteligente de que
somos portadores.
E ficamos pensando e
ruminando como preencher o vazio da alma, mesmo com o estômago farto de
alimentos de todas as espécies, o bolso com tantas moedas e, possuidores de
todas as bugigangas tecnológicas que consomem nossa energia vital que poderia e
deveria ser direcionada para a construção de um mundo mais feliz e harmonioso.
O que aconteceu com a
simplicidade e a naturalidade com que as pessoas costumavam se apresentar,
conversar e mesmo discutir? E poderia ser sobre qualquer assunto, até mesmo de
religião ou crença, ou ainda de mistérios ocultos de Deus.
O tempo se foi e
parece que nos perdemos em alguma curva do passado... Perdemos o passo e a
elegância. Desistimos dos princípios e adotamos a prática da satisfação a qualquer
preço, doa a quem doer.
E o amor com que uns
dedicavam aos outros e à toda criação? Inclusive à mãe Terra?
Preservação, no
sentido mais abrangente, é ter
consciência da necessidade constante e atuante no destino das pessoas e de tudo
mais, do segundo seguinte ao agora, até ao entendimento último dos desígnios
Divinos.
Não estamos sós no
sítio Universal e nem poderíamos assim imaginar, apesar do esforço egocêntrico
do ser humano. A balança que tudo mede e tudo vê, indicará os créditos e os
débitos individuais das cotas de energia fornecida e utilizada a bem do "Todo".
Pensemos nisso...
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Tristeza...
É consenso entre os
que aceitam a reencarnação como meio de progressão rumo a perfeição que os
espíritos foram criados simples e ignorantes no que diz respeitos às Leis
Divinas e que estão de alguma forma sob a ação da Lei Divina da Evolução.
Todos têm um ponto de
partida absolutamente indistinguível e terão experiências e vivências variadas
e provadoras até atingir a perfeição espiritual onde as leis da matéria e
energia não se aplicam. Uma vez desacoplados dos corpos mais pesados e densos,
outras leis dominam o ambiente sutil dos espíritos puros, ambiente este,
absolutamente atemporal e multidimensional.
O despreparo momentâneo e
passageiro perante as Leis Divinas, antes de tornar-se um espírito perfeito,
leva a individualidade a um estado de insatisfação tal, que introjeta, alargando
o entendimento do termo, a falta de
compreensão da vida, desvalorizando a existência, excluindo-se da realidade e
imergindo em um estado definido como tristeza.
O estado "Tristeza"
revelado entre aqueles que estão em aprendizado não persiste nos Mundos Ditosos,
pois a compreensão e consecução das Leis Divinas é completa e abrangente.
Há de se entender que a Lei
da Relatividade tendo Deus como único absoluto, leva-nos a refletir que o
restante, isto é, nós, somos eternos e que nos manifestaremos no plano relativo
"ad eternum", contrariando inclusive indicações de memoráveis sábios
e, portanto, é salutar a serenidade no desenrolar dos eventos educativos a que estaremos
integrados na prestigiosa escola da evolução espiritual.
A Lei da Causalidade, a
princípio com sentido pouco apropriado, indica a necessidade de observar
detidamente a direção de nossos sentimentos, pensamentos, atos e palavras, a
fim de que, o determinismo sem razão, dê acesso a uma compreensão mais adequada
ao verbo Divino, da apropriação dos ensinos pelo indivíduo, de tal forma que
sirva de alavanca para alcançar uma fase posterior, acima da anterior, num
movimento ascendente e proveitoso.
A tristeza é um atributo de
espíritos em evolução e denota a fragilidade no uso do livre-arbítrio como
ferramenta basilar e fundamental nas escolhas entre o bem e o mal, entre ações
adequadas e inadequadas, exigindo ou não reparos no arcabouço sutil da
individualidade, chegando ao ponto último de assenhorear-se de si mesmo e
desfrutar da impossibilidade de não mais optar entre uma ou outra coisa, e sim
a vida plena e feliz nos confins da superlativa criação Divina.
Tristeza é uma opção,
evolução uma necessidade, realização plena uma certeza.
Pensemos nisso...
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