Há momentos na vida de cada
um de nós que trazem lições importantes e aprendizados muito especiais que
merecem atenção quanto educação de nossa mente, do nosso comportamento e
reações.
A falta de preparo e de
amadurecimento traz grande dificuldade no relacionamento interpessoal, levando,
comumente e não raro, os indivíduos a verdadeiras batalhas internas para
entender a si mesmo.
Quando à frente de alguém
que nos é apresentado, ou alguém que estejamos vendo pela primeira vez, é comum
a multiplicação de suposições e produzimos verdadeiras tramas mentais.
Há momentos em que somos
tomados por grandes simpatias, à primeira vista, entregando-nos, totalmente, ao amigo novo.
Reação comum aos mais
jovens e principalmente analisando as restritas comunidades atuais, mais
interessadas em manipular seus aparelhos eletrônicos.
Recomendável que tratemos a
todos com fraternidade, deixando, porém, a maior abertura do coração para
depois do devido entrosamento, do necessário conhecimento recíproco, o que a
convivência cuidadosa permite e exige.
Agindo assim, com simpatia,
sem nos queixar de frustrações ou decepções, decorrentes da irresponsabilidade
e invigilância tão comuns em muitas almas.
Há circunstâncias, porém,
que marcamos o novo conhecido por tremenda antipatia, prevendo ou prejulgando-lhe
o caráter, fazendo-nos enormemente fechados, frios e antipáticos, cerrando
qualquer chance de maior aproximação do outro.
Não há nenhuma necessidade
de tanta frieza emocional.
Pode-se ter cuidados e
manter cautelas, com gestos fraternos, com espírito de cooperação, devidamente
equidistante dos arroubos entusiásticos e das posições de gelo.
Evitemos formar opinião a respeito das pessoas, antes de conhecê-las melhor.
Perfeitamente natural que
tenhamos uma ideia inicial sobre qualquer pessoa, e isso é inevitável, mas pelo
menos reservemos espaço para mudar de opinião e de postura, na medida do maior
contato, para que não pequemos por excesso ou por falta, guardando-nos em clara
maturidade sentimental e emocional.
Não deixaremos de ser bons
cristãos se agirmos com cautela. Não, não é assim.
“Descobri
que aquela pessoa não era quem “eu” pensava.”
Mas, quem pensava era “eu”,
e não a pessoa. Eu a vi com meus olhos e minhas perspectivas. Eu a vi conforme
minhas experiências e minha vivência. Então...
“Sofri uma grande decepção
com um conhecido meu.” – Falam outros.
A verdade é que a decepção não foi bem com o conhecido, mas sim conosco
mesmo, que fizemos um juízo avantajado do outro, sem considerar que o outro é
igualmente falível, porque é gente.
Dessa forma, vamos atentar aos pensamentos, sentimentos e emoções relativamente ao contato humano.
Vamos dar uma chance de
crescimento a nós mesmos, aprendendo a descobrir nossas reais afinidades da
alma, identificando aqueles que não sejam tão amistosos, conseguindo, não
obstante, conviver e ser útil a todos.
Muitas pessoas assumem uma postura de suposta sinceridade e transparência nos relacionamentos, encobrindo assim
seu comportamento anticristão, de cordialidade e respeito ao próximo.
Cuidado
para que não acreditar que ser honesto e sincero é ferir a suscetibilidade de
alguém.
Cuidado
para não ser exigente demais, e assim afastar de sua vida as pessoas.
Comentários
desastrosos a respeito de outros ferem nossa própria alma.
Vamos
lembrar que, antes de tudo, deve existir a caridade. E caridade, nesse caso, é
sinônimo de tolerância, de paciência e simpatia.
Convivemos
tempo sem fim com os nossos próprios pensamentos, sentimentos e emoções e nem
por isso nos conhecemos perfeitamente.
Pensamos
nisso.
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