quarta-feira, 10 de junho de 2015

Escolhendo a simplicidade


Simplificar a vida não significa renunciar a tudo que conquistamos.

No momento atual, ainda estreitamos ligações muito fortes com o elemento denso e somos envolvidos por ele a todo instante, lugar e situação.

Ser simples vai muito além das questões materiais. É um estado de espírito, um jeito de ser que carregamos no íntimo.

Simplificar a vida é aprender a ser feliz com pouca coisa e dar mais valor às nossas necessidades essenciais.

É contentar-se com aquilo que a vida nos oferece a cada instante.

É ter uma vida exterior comedida, sem exageros e uma vida interior rica de valores elevados.

É aprender a concentrar nossos esforços e dedicar o tempo e os ganhos financeiros no que realmente tem valor para cada um de nós, pois, muitas vezes, mantemos o foco em detalhes sem importância.

Constantemente somos levados a acreditar que qualidade de vida tem a ver com um padrão econômico elevado.

Verdadeira armadilha social.

Porém, ter um alto poder aquisitivo, muitas vezes leva as pessoas a um consumismo exagerado, onde passam a buscar a felicidade nos objetos e, com isso, se afastam do que realmente traz qualidade para a vida.

Não precisamos desempenhar papéis que a sociedade nos impõe e nem buscar sempre consumir o que existe de melhor.

Os excessos de toda ordem, sejam eles de consumo, de alimentação, de trabalho e outras tarefas, nos fazem perder a leveza e complicam o nosso dia a dia.

O bom não nos serve mais. A obsessão atual é pelo melhor. Tudo tem que ser o melhor.

A melhor marca, o melhor emprego, o melhor computador, o melhor marido, a melhor esposa e por aí vai.

Nessa busca incessante pelo melhor, o bom passou a ser pouco, o que gera uma eterna insatisfação e impede que desfrutemos do que já conquistamos.

Desaprendemos que ter menos, por vezes, é mais do que suficiente.

Há tanto a ver e sentir em tão pouco tempo que, apressado, o homem deixa de usufruir do melhor que Deus lhe propiciou: a vida sem exigências desmedidas.

Podemos não ter a melhor casa, mas ela pode ser um lar acolhedor, que nos dá segurança e tranquilidade.

Podemos não ter o melhor emprego, mas com ele temos alegrias e sustento.

Podemos não ter ao nosso lado os melhores companheiros, mas são os que nos compreendem e nos fazem felizes.

Talvez já não tenhamos o corpo perfeito, por não ser mais tão jovem e trazer as marcas do tempo, mas é esse corpo que nos serve à caminhada terrena e conta belas histórias de uma vida.

A mensagem sempre lúcida e atual de Jesus estimula nossas mentes e corações a dar valor ao amor e às coisas simples da vida.

Leva-nos a viver de forma digna e de acordo com as reais necessidades.

Não importa como nos apresentemos ao mundo. Seja sob os tecidos que demonstram projeção econômica ou não, vamos nos manter sóbrios, preservando a simplicidade.

Necessitamos, ainda mais uma vez, acreditar que Deus proporciona sempre o melhor caminho para nossa elevação espiritual, apesar de toda incompetência que nos é própria de compreendê-Lo.

Pensemos nisso.



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