Simplificar
a vida não significa renunciar a tudo que conquistamos.
No
momento atual, ainda estreitamos ligações muito fortes com o elemento denso e
somos envolvidos por ele a todo instante, lugar e situação.
Ser
simples vai muito além das questões materiais. É um estado de espírito, um
jeito de ser que carregamos no íntimo.
Simplificar
a vida é aprender a ser feliz com pouca coisa e dar mais valor às nossas
necessidades essenciais.
É contentar-se com aquilo que a vida nos oferece
a cada instante.
É
ter uma vida exterior comedida, sem exageros e uma vida interior rica de
valores elevados.
É
aprender a concentrar nossos esforços e dedicar o tempo e os ganhos financeiros
no que realmente tem valor para cada um de nós, pois, muitas vezes, mantemos o
foco em detalhes sem importância.
Constantemente
somos levados a acreditar que qualidade de vida tem a ver com um padrão
econômico elevado.
Verdadeira
armadilha social.
Porém,
ter um alto poder aquisitivo, muitas vezes leva as pessoas a um consumismo
exagerado, onde passam a buscar a felicidade nos objetos e, com isso, se
afastam do que realmente traz qualidade para a vida.
Não
precisamos desempenhar papéis que a sociedade nos impõe e nem buscar sempre
consumir o que existe de melhor.
Os
excessos de toda ordem, sejam eles de consumo, de alimentação, de trabalho e
outras tarefas, nos fazem perder a leveza e complicam o nosso dia a dia.
O
bom não nos serve mais. A obsessão atual é pelo melhor. Tudo tem que ser o
melhor.
A melhor
marca, o melhor emprego, o melhor computador, o melhor marido, a melhor esposa
e por aí vai.
Nessa
busca incessante pelo melhor, o bom passou a ser pouco, o que gera uma eterna
insatisfação e impede que desfrutemos do que já conquistamos.
Desaprendemos
que ter menos, por vezes, é mais do que suficiente.
Há tanto a ver e
sentir em tão pouco tempo que, apressado, o homem deixa de usufruir do melhor
que Deus lhe propiciou: a vida sem exigências desmedidas.
Podemos
não ter a melhor casa, mas ela pode ser um lar acolhedor, que nos dá segurança
e tranquilidade.
Podemos
não ter o melhor emprego, mas com ele temos alegrias e sustento.
Podemos
não ter ao nosso lado os melhores companheiros, mas são os que nos compreendem
e nos fazem felizes.
Talvez
já não tenhamos o corpo perfeito, por não ser mais tão jovem e trazer as marcas
do tempo, mas é esse corpo que nos serve à caminhada terrena e conta belas
histórias de uma vida.
A mensagem
sempre lúcida e atual de Jesus estimula nossas mentes e corações a dar valor ao
amor e às coisas simples da vida.
Leva-nos
a viver de forma digna e de acordo com as reais necessidades.
Não
importa como nos apresentemos ao mundo. Seja sob os tecidos que demonstram projeção
econômica ou não, vamos nos manter sóbrios, preservando a simplicidade.
Necessitamos,
ainda mais uma vez, acreditar que Deus proporciona sempre o melhor caminho para
nossa elevação espiritual, apesar de toda incompetência que nos é própria de
compreendê-Lo.
Pensemos
nisso.
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