segunda-feira, 25 de maio de 2015

Convívio necessário...

Convívio necessário...

As relações entre as pessoas, com raras exceções, serão sempre direcionadas pelas dificuldades que ainda trazem na alma. E não poderiam ser diferentes.

Como somos seres em evolução, muito há que se construir nas conquistas emocionais para que o equilíbrio, a justiça e a retidão sejam as ferramentas no relacionamento humano.

Não é nada incomum encontrarmos indivíduos que, desgastados pelas lutas diárias, cansados das dificuldades de relacionamento, preferir viver isolados do mundo, sem a necessidade de suportar a uns e aguentar a outros.

O raciocínio se torna quase que natural, frente a tantos esforços que temos que empreender tanta paciência a exercitar, no trato com o semelhante.

E não são poucos aqueles que procuram se proteger do mundo. Seja buscando uma vida de eremita, fechando-se em seu lar ou isolando-se nessa ou naquela instituição. Esses buscam a paz que não encontravam nas relações sociais e familiares.

Muito embora assim o façam imbuídos, por vezes, das mais nobres intenções, esquecem-se de que, ao isolar-se, ao fugir da sociedade, ao fugir das relações familiares, perdem a grande chance do aprendizado da convivência.

Somente nos atritos que vivemos é que vamos encontrar a chance do amadurecimento das experiências, de crescer, de superar aos poucos os próprios limites de interação social.

Somos todos indivíduos criados para viver em conjunto e a vida solitária somente nos causaria graves sequelas à vida emocional e psicológica.

É na experiência de viver com os outros que a alma tem a possibilidade de conhecer diversas formas de aflições e exemplos inesquecíveis.

É natural que nossas relações não sejam sempre pautadas pela harmonia. São nossos valores íntimos que determinam os entrechoques que vivenciamos, ou os envolvimentos afetivos de qualidade, que usufruímos.

Como ainda não nos acostumamos a viver em estabilidade íntima por longos períodos de tempo, vez ou outra surgem dificuldades, problemas, indisposições variadas em nossos relacionamentos.

Pensando assim, pode-se concluir o quanto é desnecessário e improdutivo viver-se carregando no íntimo, mágoas e ressentimentos.

Ninguém há no planeta que não se aborreça quando recebe do outro o que não gostaria de receber. No entanto, não podemos esquecer que ninguém também pode afirmar que, com seu modo de falar, de ser e de agir, não cause aborrecimentos e mágoas a outras pessoas, ainda que involuntariamente.

Desta forma, cabe a cada um de nós, procurar resolver mal-entendidos, chateações e mágoas com os recursos disponíveis do diálogo, do entendimento, da desculpa e do perdão. Afinal, se outros nos magoam, de nossa parte também acabamos magoando a um e outro, algumas vezes.

Assim pensando, podemos concluir ser uma grande perda de tempo e um sofrimento dispensável o armazenamento de sentimentos como a mágoa ou a raiva no coração.

Há tanto a se realizar de bom e de útil a cada dia, e o tempo está tão apressado, que perde totalmente o sentido alimentarmos mágoas na alma, qualquer que seja a intensidade.

Pensemos nisso.

Adaptação do texto de a Redação do Momento Espírita,
com base no cap. 41, do livro Ações corajosas para viver em paz,
pelo Espírito Benedita Maria, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.





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