Que relação há entre a
mediunidade e o “Consolador” prometido por Jesus? Que é, propriamente, a
mediunidade?
Ramatís: A mediunidade é um
patrimônio do espírito; é faculdade que se engrandece em sua percepção psíquica,
tanto quanto evolui e se moraliza o espírito do homem. A sua origem é
essencialmente espiritual e não material. Ela não provém do metabolismo do
sistema nervoso, como alegam alguns cientistas terrenos, mas enraíza-se na
própria alma, onde a mente, à semelhança de eficiente usina, organiza e se
responsabiliza por todos os fenômenos da vida orgânica, que se iniciam no berço
físico e terminam no túmulo.
A mediunidade é faculdade extraterrena
e intrinsecamente espiritual; em sua manifestação no campo de forças da vida
material, ela pode se tornar o elemento receptivo das energias sublimes e
construtivas provindas das altas esferas da vida angélica. Quando bem aplicada,
transforma-se no serviço legítimo da angelitude, operando em favor do progresso
humano. No entanto, como recurso que faculta o intercâmbio entre os “vivos” da
Terra e os “mortos” do Além, também pode servir como ponte de ligação para os
espíritos das sombras atuarem com mais êxito sobre o mundo material. Muitos
médiuns que abusam de sua faculdade mediúnica e se entregam a um serviço
mercenário, em favor exclusivo de seus interesses particulares, não demoram em
se ligar imprudentemente às entidades malfeitoras dos planos inferiores, de
cuja companhia dificilmente depois elas conseguem se libertar.
Fonte – Mediunismo – 1998 –
Hercílio Maes / Ramatís
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