As
pessoas me parecem um pouco alienadas quando se trata de verificar suas
próprias vidas e as condições em que vivem. Exigem tratamento diferenciado
quando na realidade estão imersas num cadinho de igualdade com os párias da
sociedade, tanto ética quanto moralmente. Exigem tratamento de saúde de
primeiro mundo quando sequer realizaram durante toda sua vida uma única
contribuição para assegurar uma condição física adequada, inclusive para sua
família, e acreditam que dinheiro cai do céu sem esforço de ninguém. Outro dia
em "bela" reportagem de uma emissora nada convencional e seguramente mal
intencionada, monta um circo com uma jovem mãe e sua filha num Posto de Saúde
reclamando do atendimento e pasmem, a jovem mãe de cabelos com reflexos, unhas
gigantescas, tatuada, sapato de salto e roupa de marca, além de um celular de
R$2.500,00 no bolso. Faça um favor a si mesma e vá ver se Papai Noel está lá na
esquina! Exigem segurança quando não contribuem para melhorar sua própria
condição de segurança, circulando e se distraindo nos becos e pocilgas dos
centros urbanos e convivendo em guetos onde subsistem pessoas da pior qualidade.
Famintos por drogas alimentam o abatedouro de vítimas subnutridas
intelectualmente e ávidas por um minuto de sucesso garantido. Subtraem do país, de todas as formas, o futuro de seus próprios filhos. Muito provavelmente pensam
que nada do que pensam e de como agem influi no todo, aliás, fico em dúvida se
realmente chegam a pensar em alguma coisa ou simplesmente vão tocando a vida
como naquela musiquinha bem conhecida: "Em fevereiro, em fevereiro, tem
carnaval, tem carnaval, tenho um fusca e um violão, sou Flamengo e tenho uma
nega chamada Tereza." Acreditam que o esforço do outro lhe trará o pão de
cada dia. Um país não nasce por acaso e sim pelo comportamento de todo seu povo
disciplinado e esforçado, lutando pela liberdade com responsabilidade, direito
com deveres e felicidade com igualdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário