quarta-feira, 18 de março de 2015

Ansiedade e fé


Já nos apercebemos ansiosos por algum fato, em alguma situação?
É normal que, em determinados momentos da vida, sintamos esse excesso de expectativa, uma vontade de acelerar o tempo, de que as coisas se concluam e que elas aconteçam rapidamente.
Entretanto o que aconteceria se esses momentos se sucedessem com grande frequência?
O que ocorreria se substituíssemos uma preocupação solucionada por outra, logo em seguida, com o mesmo nível de expectativa?
Não raro, chegamos a agir dessa forma frequentemente.
Vamos acumulando momentos de ansiedade, renovando-os, mantendo-nos em um estado ansioso perene, constante.
Como essa situação emocional não é a adequada, não é a desejada para o cotidiano do organismo, este sofre com o contínuo bombardeio desse temperamento ansioso.
Sempre se constituirá em prejuízo ao nosso organismo a excessiva preocupação e cuidados que registremos para pessoas, acontecimentos ou coisas.
A ansiedade traduz desarmonia interior, insegurança e insatisfação. É a exteriorizaçãodo inconformismo, do qual decorre a incerteza em torno das ocorrências do cotidiano. 
Não podemos controlar todas as variáveis da vida.
Sempre haverá situações que escapam do nosso alcance, do nosso controle.
Nesses momentos, nos quais fizemos tudo o que nos cabia, nos quais utilizamos de todos os recursos possíveis, cabe-nos apenas aguardar os desígnios da vida.
Será nesse exato momento que agirá a nossa fé.
Construída no entendimento de que Deus provê todas as nossas necessidades, e de que tudo que nos ocorre está sob os auspícios divinos, a fé nos tranquiliza e acalma na dificuldade.
Essa fé, antídoto da ansiedade, não nasce no nosso emocional.
Ela é trabalhada na razão, na compreensão da presença de Deus em nossas vidas, e na certeza do Seu amparo amoroso.
Ensinando-nos a trabalhar nossa ansiedade, Jesus, terapeuta maior, nos provoca inúmeras reflexões:
Não vos inquieteis com o amanhã porque o amanhã trará seus próprios cuidados.
Basta a cada dia o seu mal.
As aves do céu não semeiam nem ceifam e vosso Pai Celestial as alimenta.
Olhai os lírios dos campos...
Se nos permitirmos meditar em torno dessas propostas de Jesus, nosso olhar perante a vida se modificará.
A ansiedade cederá espaço para a fé.
A confiança na Providência Divina, o entendimento de que não estamos sós, ganhará espaço em nossa intimidade.
A certeza de que Deus nos provê as necessidades passa a substituir o sentimento de ansiedade, quando não o de medo e insegurança perante a vida.
Dessa forma, se nos percebermos por demais ansiosos, busquemos a meditação, a reflexão profunda nos ensinamentos de Jesus, e na nossa relação com Deus.
Utilizemos a oração para nos amparar na construção da fé raciocinada, da compreensão da vida, da confiança em Deus.
Assim agindo, aos poucos, as dúvidas e incertezas diminuirão, e as veremos como processo natural da nossa existência na Terra.
Finalmente, quando formos surpreendidos pela ansiedade excessiva, após fazer o que nos cabe, entreguemos nossas preocupações e medos ao Pai, e Ele saberá como melhor conduzir todas as questões.

Considerações...
A ansiosidade atinge as pessoas de maneira diferenciada. Cada um de nós a interpreta de uma forma própria e depende fundamentalmente do estado de espírito, da experiência e da vivência única do indivíduo.
O valor auferido aos objetos de desejo, tanto materiais quanto espirituais quando em equilíbrio trazem satisfação e serenidade.
A busca pela felicidade, o bem estar e harmonia é intrínseca às criaturas e deve ser o alvo de nossas ações.
A vida não é paraíso e nuvens e nem martírio e inferno. É equilíbrio.
Equilíbrio traz paz ao coração e clareza de pensamentos. Assim podemos seguir adiante sem medos e contradições.



Texto Base - Redação do Momento Espírita, com citações do 
cap. 49, do livro 
Otimismo,pelo Espírito Joanna de Ângelis, 
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.Em 17.3.2015.  
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário