Caminhava a ermo entre aqueles destroços
humanos.
Não identificava sequer uma chama de
esperança naqueles corações flagelados pela dor e desesperança.
Há quanto tempo trafegava nessas condições
de semi-vida.
Muitas situações havia presenciado que até
para seus padrões morais pouco desenvolvidos se apresentavam grotescas e
violentas.
Onde procurar o termo dessa existência de
dor e sofrimento?
Onde encontrar a porta da esperança que
daria uma saída para sua situação de penúria e martírio?
Aquelas pequenas partículas de líquido acinzentado
que lhe caía na face era um alívio ao escaldante redemoinho de insatisfações e
desespero.
Acorda filho meu! Acorda...
Uma voz feminina distante tentava fazer com
que a mente desequilibrada do jovem tomasse posse de seus pensamentos.
O acidente foi inesperado e a irresponsabilidade
não pode ser agraciada pela providência.
Somos herdeiros de nossa semeadura. Somos
herdeiros de nós mesmos.
Muito tempo ainda se passou em nosso padrão
terrestre para que alguma recuperação de consciência pudesse ser observada
junto àquele perispírito danificado pela desintegração dos centros nervosos.
A cada um segundo suas preferências.
Ainda neste momento é preciso buscar o
equilíbrio das forças materiais e espirituais a fim de que nessa encarnação possamos
obter o caminho salutar da renovação dos instintos e das propensões inferiores.
Claro é que o jovem se recuperou e por
novos caminhos encontrou sua paz. Mas a que custo?
Cuidemos de nossos anseios e desejos.
O pensamento cria, constrói e destrói,
alivia e penaliza, ama e odeia.
Boa noite e bons sonhos...
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