Ainda hoje nos perguntamos
qual o sentido da vida? Qual o objetivo? Onde queremos chegar?
Por que nascemos? Por
que crescemos?
Por que vamos nos
modificando ao longo dessa curta existência na Terra?
Sexo oposto, união,
filhos, parentes, amigos, inimigos...
Trabalho, diversão,
doença...
O que Deus quer de
nós? Que caminhos nos preparou? Qual a nossa participação nessa grande
aventura?
A vida terrena, isto é, a vida de cada um,
pode ser comparada a um curso numa escola muito dinâmica. Oferece ao
Espírito * (nossa individualidade) que nela se matricula uma programação capaz
de fazê-lo chegar ao Pai Criador, de forma eficiente e gradativa, porque nada
na natureza ocorre da noite para o dia.
Nesse curso, cada um extrairá dele o que
realmente precisa para o enriquecimento do seu currículo.
Cada qual demora o tempo que lhe é devido, em
razão do tipo de coisas que precisa aprender, dentro do grande projeto de Deus,
chamado eternidade.
O período inicial, a introdução do curso, se
chama infância. Todos sabemos que para se conseguir avançar em qualquer curso,
a base se faz indispensável. Quem deseja aprender a ler, começa por tomar
contato com as vogais, o alfabeto, para depois unir sílabas, palavras e
elaborar frases.
A infância é o período em que devem ser
trabalhadas as virtudes, os valores, disciplinando as paixões e os maus hábitos.
Eis a função básica da estrutura familiar. Normalmente famílias bem
estruturadas produzem indivíduos de bem.
Quando a criatura chega à adolescência,
adentra o primeiro estágio do curso. Nessa fase, expressará tudo o que a
infância tenha fixado de grandezas ou de pequenezes, de belezas ou de feiuras,
aos níveis do avanço intelectual e progresso moral, quase sempre. Há indivíduos
que renascem com plena consciência da Ética Cósmica e apresentam-se como
verdadeiros educadores desde a infância.
Superados os tempos adolescentes, chegará o
segundo estágio, o da juventude, onde o indivíduo quer se firmar como cidadão
do mundo e pensa saber tudo. Mero engano.
O período da madureza seria o terceiro
estágio, onde quase sempre enfrenta os desafios das realizações do casal, da
criação e encaminhamento dos filhos e das conquistas profissionais.
E, finalmente, ingressa no quarto estágio,
que seria a velhice. Nesse, pesará toda a bagagem de conhecimentos, de
desenvolvimentos que haja elaborado através do tempo. As bênçãos de afetos
conquistados, as alegrias pela colheita de ternura, júbilos pelas memórias
felizes de feitos, saudáveis lembranças ou lamentos por eventual mau
aproveitamento das horas.
Cada fase é importante. Tem suas
particularidades. Quando a introdução do curso tenha sido bem feita, isto é, a
infância bem trabalhada, a adolescência tenha realizado investimentos para a
madureza, com boas ações na juventude, o adulto se apresentará equilibrado.
Se tiverem sido mal feitos os estágios
precedentes, menos recursos terá o indivíduo adulto para trilhar com segurança
a estrada que lhe está assinalada.
Dessa forma, cada período de vida na Terra se
torna importante. O objetivo é o crescimento para Deus que, como zeloso Pai,
está sempre atento, por meio de Suas Leis (Leis Divinas), aos boletins de
aproveitamento dos Seus filhos.
Contemplada desse ponto de vista, a vida
deixa de ser um simples desenrolar de dias, cheios de tarefas, correrias e
cansaço, para se tornar uma oportunidade excelente de progresso.
E quem quer que se conscientize de que
participa de um curso de aperfeiçoamento, entenderá que tudo que ocorre tem uma
razão para acontecer.
Então, a dificuldade deixa de ser incômoda
para se transformar em chance de testar a capacidade de resolver problemas.
A multiplicidade das tarefas que exige
atenção não é problemática de difícil solução, pelo contrário, é motivo de
disciplina e aproveitamento do tempo.
A enfermidade deixa de ser vista como
infelicitadora para se tornar uma amiga que permite testar a possibilidade de
superar limites.
Enfim, tudo, a cada dia, ganha destaque e
relevância, pois entra no cômputo da graduação para o progresso individual do
ser.
Pensemos nisso.
(*) – Espírito é nossa individualidade, que
depois de criado por Deus é eterno. A individualidade é a soma de todo o
aprendizado e progresso das diversas personalidades, isto é, encarnações do
espírito.
Apresentação modificada do Texto da Redação do Momento Espírita,
com base no
capítulo Estágios
da reencarnação na Terra,
do
livro Desafios
da educação, pelo Espírito Camilo,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 28.1.2015.
Em 28.1.2015.
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