Houve um tempo em que desejava fechar
os olhos e me cercar da obscuridade.
Isolado em mim mesmo não encontrava
saída que me satisfizesse.
Era um círculo vicioso de medos e
desencontros.
Minha imaginação teimava me trair, na
tentativa de visualizar uma porta de esperança e fé.
Porque era assim, tão amedrontador?
Meus pés falseavam no nada.
Abrir os olhos? Jamais.
Aos poucos fui me acostumando com os
restos de pensamentos desarticulados e toscos.
Que peso desproporcional para ombros
tão frágeis e inexperientes.
A vida não deveria ser uma experiência
assim tão amarga!
Deus nos criou para isso? Para
sofrimentos, angústias e desesperos?
Não!
Evidentemente que não!
A resposta está no aspecto consciencial do espírito humano.
Somente quanto espíritos, é possível
tais absorções mentais.
Nós criamos o céu e o abismo no
interior de nossas almas.
É necessário o transbordamento da
fermentação doentia para obtermos uma visão mais lúcida e luminosa da
existência.
É necessário acreditar que a vida é
real e preenche todo o espaço criado por Deus, dentro e fora dos limites
estabelecidos por nós!
Vida pulsa.
Vida irradia.
Vida cunha.
Vida emociona.
Vida crê.
Vida é, e nada mais!
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