domingo, 1 de dezembro de 2013

Vida

Houve um tempo em que desejava fechar os olhos e me cercar da obscuridade.

Isolado em mim mesmo não encontrava saída que me satisfizesse.

Era um círculo vicioso de medos e desencontros.

Minha imaginação teimava me trair, na tentativa de visualizar uma porta de esperança e fé.

Porque era assim, tão amedrontador?

Meus pés falseavam no nada.

Abrir os olhos? Jamais.

Aos poucos fui me acostumando com os restos de pensamentos desarticulados e toscos.

Que peso desproporcional para ombros tão frágeis e inexperientes.

A vida não deveria ser uma experiência assim tão amarga!

Deus nos criou para isso? Para sofrimentos, angústias e desesperos?

Não!

Evidentemente que não!

A resposta está no aspecto consciencial do espírito humano.

Somente quanto espíritos, é possível tais absorções mentais.

Nós criamos o céu e o abismo no interior de nossas almas.

É necessário o transbordamento da fermentação doentia para obtermos uma visão mais lúcida e luminosa da existência.

É necessário acreditar que a vida é real e preenche todo o espaço criado por Deus, dentro e fora dos limites estabelecidos por nós!

Vida pulsa.

Vida irradia.

Vida cunha.

Vida emociona.

Vida crê.

Vida é, e nada mais!



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