Mediunidade é a faculdade
psíquica que permite a investigação de planos invisíveis à visão do encarnado,
isto é, os ambientes onde vivem os espíritos, pela sintonização com o universo
dimensional deles. Médium, portanto, é o intermediário, ou quem serve de
mediador entre o humano e o espiritual, entre o visível e o invisível. É médium
todo aquele que percebe a vida e a atividade do mundo invisível, ou quem lá
penetra, consciente ou inconscientemente, desdobrado de seu corpo físico.
Todo médium é agente de captação.
Mas também transmite ondas de natureza radiante, correntes de pensamento do
espaço cósmico que circunda nosso Planeta. Sabe-se, no entanto, que no sentido
especial, quando não disciplinado, pode causar grandes perturbações psíquicas,
conduta anormal, sensibilidade exagerada, tremores, angústias, mania de
perseguição e toda uma gama de alterações do humor, podendo levar à desorganização
completa da personalidade, caracterizando quadros clássicos de psicose¹.
Esse perigo tem explicação. O
médium é, antes de tudo, um sensitivo, um indivíduo apto a captar energias
radiantes de diversos padrões vibratórios, do mundo psíquico que nos cerca,
tanto de encarnados quanto de desencarnados. Se não se desligar dessas emissões
em sua vida normal, acabará por sofrer sucessivos choques e desgastes
energéticos que esgotarão seu sistema nervoso, com graves consequências para
seu equilíbrio psíquico. O consciente desligamento da dimensão imaterial é obtido
pela educação da mediunidade, indispensável a todo médium. A sintonia só deverá
acontecer quando ele estiver em trabalho útil e em situação adequada, a serviço
de ambos os planos da vida.
Um médium é um instrumento de
serviço, portanto necessário responsabilidade, dignidade e respeito na
manipulação dos campos vibratórios que circundam os espíritos imersos na
matéria ou livres na irraticidade.
O médium deve valorizar a
oportunidade recebida o quanto possível e desempenhar de maneira natural a tarefa
aceita no plano sutil de promover o esclarecimento e encaminhamento a um termo feliz
daqueles espíritos que, na sua indisciplina e ignorância das Leis Divinas, sofrem
no campo da falta de entendimento.
Coração iluminado e mente
equilibrada são os caminhos definitivos para alcançarmos a felicidade do trabalho
justo e digno junto ao nosso Mestre Jesus.
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