sábado, 10 de março de 2012

ASSUNTOS PENDENTES IV

Qual o significado, dentre outros, dos sentimentos de culpas e arrependimentos no progresso do espírito? Porque nos colocamos, invariavelmente, em situações que nos levam a esses sentimentos e voltamos a repeti-los incessantemente?

Interessante trazer, nesse momento, o que o Buda-Dharma chama de Duhkha, palavra sanscrítica que se refere a "Uma Roda em Más Condições". Se pensarmos nessa roda como a que executa alguma função importante, como a roda de um oleiro, então a roda fora de posição cria uma dificuldade constante toda vez que tentamos fazer um vaso de barro.

Imaginemos a seguir estarmos sentados em um carro de boi em que uma de suas rodas esteja "ovalada". De início sentiremos até certo prazer nos solavancos e no "sobe-desce" enquanto o carro percorre a estrada. Passado o tempo, os efeitos da distorção faz com que o prazer recue nos trazendo desconforto, perturbação e finalmente o transtorno e o tormento.

As culpas e arrependimentos infundem no espírito humano exatamente o mesmo sentimento do Duhkha Budista e travam a nossa possibilidade de seguir adiante no infindável progresso das almas em direção ao "Incriado".

"É fundamental que entendamos as exatas consequências de levar esses sentimentos desta vida para a seguinte (a). Precisamos nos livrar desses obstáculos emocionais e nos curarmos aqui (b). Quando as culpas e arrependimentos não são resolvidos aqui na Terra, eles se tornam parte de nosso espírito e nos atormentam no outro mundo (c). Como os espíritos residem num mundo incorpóreo, todos os sentimentos e pensamentos ficam exacerbados, e qualquer entulho emocional que levam com eles se torna maior. O comportamento que escolheram na vida terrena fica mais intenso no mundo dos espíritos". (James Van Praagh)

Deus inseriu sabiamente no "script" do espírito de cada uma de suas criações as "Leis Universais de Conduta", e temos pleno conhecimento da sua ação não podendo nos furtar às responsabilidades das improbidades praticadas.

Necessário é o esforço próprio no sentido de "descobrir-se" como ser inteligente da criação e utilizar de forma consciente e eficaz cada uma dessas Leis que afloram temporalmente no decorrer das oportunidades físicas do espírito e suas maravilhosas formas de apresentação.

"Não detemos o poder de mudar o passado. Devemos aceitar nossa condição de seres imperfeitos, assumindo a nós mesmos no presente e alterar o nosso futuro de acordo com os ingredientes da formulação que desejamos alcançar no tempo vindouro.

"O Céu é o Limite".

Notas:
(a) - Erraticidade - Mundo dos Espíritos.
(b) - Espírito encarnado.
(c) - Mundo espiritual, a verdadeira pátria do espírito.



Nenhum comentário:

Postar um comentário