terça-feira, 9 de outubro de 2018

Sabedoria Caipira - Na Lavoura da Minha Vida. (*)




Na lavoura da minha vida desde cedo pelejei e recordo cada semente que na terra sepultei. E eu tive que aprender que eu só podia colher daquilo que eu plantei. Desde cedo eu aprendi que a gente já é testado com dois caminhos a seguir, frente a frente, lado a lado, e a gente tinha que escolher a estrada a percorrer e o caminho a ser trilhado. Não sou culto nem letrado, vermelho eu falo vermeio, caminho de pé no chão nunca achei que isso é feio. Feio é quem não aprendeu a cuidar do que é seu para cobiçar o alheio. Eu conheci muitas famílias, conheci muitas famílias a passar por precisão com 5, 7 até 10 filhos numa seca do sertão. No meio da desigualdade, vencendo a dificuldade, nenhum virou ladrão. Todo dia eu peço a Deus saúde para trabalhar e coragem para lutar e que eu percebo sim que aquilo que vem para mim é porque eu fui lá buscar. Peço que eu nunca tenha inveja da riqueza de ninguém, mas se um dia eu ficar rico que eu perceba também que granfino ou da ralé, a gente é aquilo que é e não aquilo que tem. Aquilo que tem valor dinheiro não vai comprar, consciência, atitude e história para contar. O resto tudo é passageiro e no dia derradeiro ninguém consegue levar. Será que adianta meu povo? Será que adianta ter barco, moto, carrão, ter conforto e segurança morando numa mansão, mas quando olhar no espelho dar de cara com um ladrão? E olhando no espelho refletindo a consciência que a gente descobre sem precisar de ciência com toda a simplicidade, que caráter e honestidade vêm de dentro da essência, e é justo essa essência que mostra nossa beleza, seja o cara rico, pobre, plebeu, da realeza, ter na conta a honestidade é a nossa maior riqueza.

(*) Autor Desconhecido

domingo, 30 de setembro de 2018

Tempo na Terra.



O tempo na Terra passa despercebido para a maioria de nós. Não há por onde escapar. Aqui estamos e aqui ficaremos por muito tempo, enquanto não aprendermos a considerar nosso tempo na Terra como uma preciosidade. E nesse momento lembro-me de Emmanuel solicitando ao Chico sua presença para continuidade do trabalho conjunto, pois já havia passado duas horas em colóquio familiar.

Evidente que não somos nenhum Chico, mas é interessante tomarmos como exemplo a solicitação de Emmanuel a Chico.

Percebam que, considerando a evolução espiritual de cada um de nós, quanto mais esclarecidos somos, mais valioso o tempo e maior a responsabilidade pelos nossos atos, palavras e pensamentos.

Vejamos, pois:

1. Qual a praticidade de frequentarmos certo templo religioso, nos comportarmos como anjos nas suas dependências e nos entregarmos a exageros fora dele tornando-nos um peso para os demais frequentadores?

2. Onde esperamos chegar não refletindo sobre nossas ações diárias quando nos ensinam a ter um comportamento ameno e temperado no trato com outras pessoas? E da ecologia?

3. Que tipo de retorno nos aguarda quando semeamos a discórdia, a maledicência e a animosidade entre nossos pares de jornada?

4. O que esperamos para nossas vidas quando frequentamos ambientes viciados, de baixo padrão vibratório, de pensamentos tormentosos e onde reina ações reprováveis?

5. Por que não colocamos nosso livre arbítrio trabalhando a nosso favor ao invés de nos deixarmos levar, sem reflexão, pelas delícias do mundo físico?

Não é uma questão de não frequentar certos tipos de ambiente. Se puder, não os freqüente. Se não puder, não se deixe contaminar pelos excessos. É sempre bom controlar os excessos. Agir sob o domínio dos sentimentos e não da razão, é um grande passo para desastres em nossas vidas.

A grande chaga atual da humanidade é a maliciosa sutileza do flerte sem conseqüências, da volúpia sem pudor, da sensualidade sem responsabilidade. Recomendo cuidado.

O passado não pode ser modificado, mas o futuro depende exclusivamente das nossas ações do presente. E sempre é tempo de recomeçar.

Certa vez, perguntaram ao Dalai Lama: “O que mais te surpreende na humanidade?”

E ele respondeu:

“Os homens... Porque perdem a saúde (eu diria, física e espiritual) para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... E morrem como se nunca tivessem vivido.” (Entendo que dinheiro, neste caso, pode ser sinônimo das aquisições terrestres de qualquer espécie e natureza, em demasia).

O que Dalai quis enfatizar é essa incoerência do homem diante de sua vida na Terra.

Precisamos VIVER, com letras maiúsculas, e não vegetar sobre o mundo. Sentir a vida fluir em nós. Fazer parte de nós. Não é alguma coisa externa ao homem. Precisamos construir nossa felicidade em bases mais naturais e humanas, e não em artificiosidades ilusórias e passageiras.

O tempo na Terra é uma dádiva Divina para nosso aprimoramento espiritual e não uma pá para cavar um fosso onde estaremos escondendo nossas imperfeições.

A juventude, a beleza do corpo físico, a disposição exacerbada, não podem ser e não devem ser empecilhos para nosso desenvolvimento físico e metafísico. O tempo passa e as lembranças ficam. Que sejam sempre boas lembranças.

Errar é humano, entretanto, perpetuar-se no erro é um ato de pouca inteligência, no mínimo.

Pensemos nisso...



segunda-feira, 4 de junho de 2018

Sexo sem amor.



Nestes tempos de liberdade onde praticamente todas as pessoas colocam suas necessidades acima das demais, esperava-se que essa liberdade fosse de alguma forma uma oportunidade de rever princípios estabelecidos de longa data e estabelecer uma nova ordem de relacionamento mais humano e menos instintivo. Não é o que está ocorrendo. O que estamos observando e presenciando é a destituição das estátuas de bronze e elegendo provisória e transitoriamente estátuas de barro. Parte da humanidade está regredindo e utilizando da liberdade para, sem reflexão, externar suas piores qualidades, suas paixões desenfreadas e seu apetite pelo holocausto.

A força maior que move nossa humanidade precisa se reinventar, entretanto é preciso também mirar objetivos mais sensatos e duradouros. Não devemos em nome da liberdade adentrar em áreas insalubres e desconhecidas do sentimento e das emoções pois não temos a capacidade de vislumbrar as consequências de nossos atos.

Se você não é capaz de se colocar no lugar de seu companheiro ou de sua companheira, o melhor é não aprofundar uma relação e evitar dessa forma atritos autóctones entre a ética e a liberdade.

Neste tocante, lembramos que sexo sem responsabilidade, sexo sem retorno, sexo sem envolvimento amoroso, trás dor no coração. Depressão. Sentimento de culpa. Arrependimento. Deixa um gosto amargo na boca. Nos faz sentir mal. Fere nossa consciência mais profunda.

Sexo sem amor é como batata frita sem sal! Não tem gosto. Não tem tempero.

E quando nossas crianças começam a fazer perguntas a respeito do gênero humano e suas peculiaridades começa o tormento dos pais atenciosos e exige uma série de precauções e habilidades.

Mas é muito fácil esclarecer esse assunto tão espinhoso. Pergunte aos seus filhos ou filhas se eles te amam. Se a resposta for sim, ensine a eles que sexo saudável é aquele sustentado por este tipo de sentimento em que o outro é mais que si mesmo. Esclareça o que é amor e o que é paixão. Estabeleça as diferenças. Não deixe se tornar uma banalidade. Ensine que é necessário levar em conta o sentimento do outro envolvido. Não se pode deixar ser algo descartável e passível de ser ignorado. As pessoas merecem ser respeitadas. Merecem ter suas emoções preservadas.

E finalmente mostre a elas que "Amor liberta e paixão escraviza"!