Nestes tempos de liberdade onde
praticamente todas as pessoas colocam suas necessidades acima das demais, esperava-se
que essa liberdade fosse de alguma forma uma oportunidade de rever princípios
estabelecidos de longa data e estabelecer uma nova ordem de relacionamento mais
humano e menos instintivo. Não é o que está ocorrendo. O que estamos observando
e presenciando é a destituição das estátuas de bronze e elegendo provisória e transitoriamente
estátuas de barro. Parte da humanidade está regredindo e utilizando da
liberdade para, sem reflexão, externar suas piores qualidades, suas paixões
desenfreadas e seu apetite pelo holocausto.
A força maior que move nossa
humanidade precisa se reinventar, entretanto é preciso também mirar objetivos
mais sensatos e duradouros. Não devemos em nome da liberdade adentrar em áreas
insalubres e desconhecidas do sentimento e das emoções pois não temos a
capacidade de vislumbrar as consequências de nossos atos.
Se você não é capaz de se colocar no
lugar de seu companheiro ou de sua companheira, o melhor é não aprofundar uma
relação e evitar dessa forma atritos autóctones entre a ética e a liberdade.
Neste tocante, lembramos que sexo sem
responsabilidade, sexo sem retorno, sexo sem envolvimento amoroso, trás dor no
coração. Depressão. Sentimento de culpa. Arrependimento. Deixa um gosto amargo
na boca. Nos faz sentir mal. Fere nossa consciência mais profunda.
Sexo sem amor é como batata frita sem
sal! Não tem gosto. Não tem tempero.
E quando nossas crianças começam a fazer
perguntas a respeito do gênero humano e suas peculiaridades começa o tormento
dos pais atenciosos e exige uma série de precauções e habilidades.
Mas é muito fácil esclarecer esse
assunto tão espinhoso. Pergunte aos seus filhos ou filhas se eles te amam. Se a
resposta for sim, ensine a eles que sexo saudável é aquele sustentado por este
tipo de sentimento em que o outro é mais que si mesmo. Esclareça o que é amor e
o que é paixão. Estabeleça as diferenças. Não deixe se tornar uma banalidade.
Ensine que é necessário levar em conta o sentimento do outro envolvido. Não se
pode deixar ser algo descartável e passível de ser ignorado. As pessoas merecem
ser respeitadas. Merecem ter suas emoções preservadas.
E finalmente mostre a elas que
"Amor liberta e paixão escraviza"!
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