O
tempo na Terra passa despercebido para a maioria de nós. Não há por onde
escapar. Aqui estamos e aqui ficaremos por muito tempo, enquanto não
aprendermos a considerar nosso tempo na Terra como uma preciosidade. E nesse
momento lembro-me de Emmanuel solicitando ao Chico sua presença para continuidade
do trabalho conjunto, pois já havia passado duas horas em colóquio familiar.
Evidente
que não somos nenhum Chico, mas é interessante tomarmos como exemplo a
solicitação de Emmanuel a Chico.
Percebam
que, considerando a evolução espiritual de cada um de nós, quanto mais
esclarecidos somos, mais valioso o tempo e maior a responsabilidade pelos
nossos atos, palavras e pensamentos.
Vejamos,
pois:
1. Qual
a praticidade de frequentarmos certo templo religioso, nos comportarmos como
anjos nas suas dependências e nos entregarmos a exageros fora dele tornando-nos
um peso para os demais frequentadores?
2. Onde
esperamos chegar não refletindo sobre nossas ações diárias quando nos ensinam a
ter um comportamento ameno e temperado no trato com outras pessoas? E da
ecologia?
3. Que
tipo de retorno nos aguarda quando semeamos a discórdia, a maledicência e a animosidade
entre nossos pares de jornada?
4. O
que esperamos para nossas vidas quando frequentamos ambientes viciados, de
baixo padrão vibratório, de pensamentos tormentosos e onde reina ações
reprováveis?
5. Por
que não colocamos nosso livre arbítrio trabalhando a nosso favor ao invés de
nos deixarmos levar, sem reflexão, pelas delícias do mundo físico?
Não
é uma questão de não frequentar certos tipos de ambiente. Se puder, não os freqüente.
Se não puder, não se deixe contaminar pelos excessos. É sempre bom controlar os
excessos. Agir sob o domínio dos sentimentos e não da razão, é um grande passo
para desastres em nossas vidas.
A
grande chaga atual da humanidade é a maliciosa sutileza do flerte sem conseqüências,
da volúpia sem pudor, da sensualidade sem responsabilidade. Recomendo cuidado.
O
passado não pode ser modificado, mas o futuro depende exclusivamente das nossas
ações do presente. E sempre é tempo de recomeçar.
Certa
vez, perguntaram ao Dalai Lama: “O que mais te surpreende na humanidade?”
E
ele respondeu:
“Os
homens... Porque perdem a saúde (eu diria, física e espiritual) para juntar
dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem
ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não
viver o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... E morrem
como se nunca tivessem vivido.” (Entendo que dinheiro, neste caso, pode ser
sinônimo das aquisições terrestres de qualquer espécie e natureza, em demasia).
O
que Dalai quis enfatizar é essa incoerência do homem diante de sua vida na
Terra.
Precisamos
VIVER, com letras maiúsculas, e não vegetar sobre o mundo. Sentir a vida fluir em
nós. Fazer parte de nós. Não é alguma coisa externa ao homem. Precisamos
construir nossa felicidade em bases mais naturais e humanas, e não em
artificiosidades ilusórias e passageiras.
O
tempo na Terra é uma dádiva Divina para nosso aprimoramento espiritual e não
uma pá para cavar um fosso onde estaremos escondendo nossas imperfeições.
A
juventude, a beleza do corpo físico, a disposição exacerbada, não podem ser e
não devem ser empecilhos para nosso desenvolvimento físico e metafísico. O
tempo passa e as lembranças ficam. Que sejam sempre boas lembranças.
Errar
é humano, entretanto, perpetuar-se no erro é um ato de pouca inteligência, no
mínimo.
Pensemos
nisso...
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