Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o
não em contendas de disputa. - Paulo (Romanos, 14:1.)
Quando a palavra subdesenvolvimento toma lugar na designação de grupos
humanos menos dotados de mais amplos recursos, na ordem material da vida
terrestre, não será impróprio referir-nos à outra espécie de carência – a
carência de valores do espírito.
Isso nos induz a reconhecer a existência de uma retaguarda enorme de
criaturas empobrecidas de esperança e coragem, não obstante quase toda ela
constituídas de companheiros com destaque merecido na cultura e na prosperidade
da Terra.
Abastece-te de suficiente amor para compreendê-los e auxiliá-los.
Pergunta: Como reconhecê-los?
São amigos chamados a caminhar nas frentes da evolução, com áreas
enormes de influência e possibilidade no trabalho do bem de todos, mas
detentores de escassos recursos no campo do sentimento para suportarem, com
êxito, as crises das épocas de mudança.
Esse encontrou diferenças de conduta nos descendentes fascinados pelas
experiências passageiras de equipes sociais em transição e se marginalizou nas
moléstias da inconformidade; aquele se traumatizou com as provações coletivas
em que grupos vários de pessoas se viram defrontadas pela desencarnação em
conjunto e se refugiou nas instituições de repouso e tratamento mental; outro
observou criaturas queridas a se desgarrarem do lar, para se realizarem
livremente nos ideais próprios, e transformou-se em doente complexo; e outros muitos
viram a morte dos entes mais caros, arrancados do corpo nas engrenagens da
própria civilização e mergulharam-se na dor que acreditam sem consolo.
Se puder enxergar os conflitos impostos ao mundo pelo materialismo que
vem desfibrando (enfraquecendo) o ânimo
de tantas criaturas, enternece-te com os sofrimentos de quantos se encontram
nas faixas do subdesenvolvimento espiritual e trabalhemos nas novas construções
de fé.
As dificuldades pelas quais passa o ser humano
desprovido de evolução espiritual são proporcionais ao seu grau de apego aos
bens materiais, como também, às necessidades de se adaptar ao meio ambiente em
que vive, mirando quase sempre a aquisição de utilidades transitórias.
Se gasta muito do precioso tempo em discussões
estéreis e dispensáveis sob o ponto de vista do espírito, entretanto, assim é e
será enquanto esta humanidade não encontrar o caminho da compaixão e da
caridade.
As paixões ainda predominam na sociedade terrestre,
o que a leva a um estado de apreensões e conflitos constantes, não restando
outra opção a não ser embarcar neste ciclo doentio para a manutenção do corpo
físico e do orgulho ostensivo.
O texto nos conclama a refletir sobre este estado
de coisas e pessoas, e traça uma mudança na linha de comportamento e sentimento
para com aqueles que muito sofrem em razão, talvez, das responsabilidades
assumidas no astral, ou ainda em razão das provas a que desejaram impor-se por
vontade própria, a fim de, acelerar sua evolução espiritual.
O auxílio àqueles que apresentam, no momento,
subdesenvolvimento espiritual é obra caritativa e será, sempre, bem avaliado
pela Divindade, mas antes de tudo, não podemos esquecer-nos de nos preparar
para desempenho satisfatório desta tarefa.
Nem tudo que desejamos será concretizado. Há muitas
variáveis no contexto que não nos cabe limitar. O livre-arbítrio dá o tom da
intervenção. Somente a maturidade e o entendimento trarão os resultados
esperados e no seu devido tempo.
Somos
herdeiros de nossas ações.
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