Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. (Lucas 6:36)
Perante cada compromisso de aperfeiçoamento espiritual que você assumir,
evite a severidade com si mesmo.
Ainda que deseje ardentemente a corrigenda do proceder, perceberá que a
tolerância é a base de qualquer mudança.
Se você já recebe claramente os chamados da consciência nessa ou naquela
ocasião de desajuste, é sinal que já possui condição de realizar algo mais.
A criação de um relacionamento sadio e amoroso com suas imperfeições e
erros será o caminho para que avalie com proveito o que fazer ante as
determinações do progresso.
É comum comparecer o desânimo com os ideais superiores tão somente
porque você não aceita as parcelas de culpa e tristeza com as falhas de cada
dia.
Pense e medite.
O que será preferível: o recomeço com mais força ou o derrotismo depois
de tanto esforço?
A luta transformadora, por longo tempo ainda, será recheada de
frustrações e desgostos. E, mesmo que esteja claro ao seu entendimento o
imperativo da responsabilidade que adquiriu ante o conhecimento libertador,
isso não implica na eliminação imediata das limitações a vencer.
Tenhamos, todos, muita tolerância com nós mesmos.
Sempre!
Vejamos,
A ilusão de que podemos comandar tudo é motivo
da maioria das frustrações que vivemos. Se olharmos mais de perto iremos
perceber que em tudo há algo que pode nos incomodar. A forma como enxergamos é que
nos proporciona mais ou menos prazer diante de tal situação. No livro As coisas que você só vê quando desacelera, o monge budista Haemin Sumin diz: “Nós nos
sentimos infelizes não só porque algo ruim aconteceu, mas também por causa do
turbilhão de pensamentos sobre o que aconteceu”.
Em resumo, ficar remoendo os acontecimentos
não resolvidos só trás insatisfação, ansiosidade e desequilíbrio para nossos
espíritos.
E continua: Desacelerar vai ajudar a sermos
menos rigorosos conosco mesmo e vai facilitar o processo de transformação - e a
também, aceitarmos isso nos outros.
Repare que não estamos falando em ver a
situação com uma “lente cor-de-rosa”, mas, sim, em podermos entender que se
armar contra nós mesmos só afasta ainda mais qualquer possibilidade de solução.
A questão principal é focar nos objetivos a serem alcançados,
determinados por nós, e entender que somos falíveis; vamos nos equivocar muitas
vezes, entretanto, no final, teremos vencido nossas imperfeições ou, pelo menos
algumas delas.
A compaixão é para ser exercida e não somente
comentada.
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