sexta-feira, 1 de julho de 2022

Perdas – Livro Vibrações de Paz em Família – Estudo 30.3 – Wanderley Oliveira / Espírito Ermance Dufaux.


Mas ajuntai tesouros no céu... (Mateus 6:20)

Mesmo guardando prudência e moderação, você será convocado ao aprendizado do desapego (Inclusive da vitalidade física). Na condição de usufrutuário passageiro das bênçãos que o felicitam, você não obterá certidão de posse definitiva sobre nenhum de seus bens ou vínculos afetivos.

Não existem perdas reais no universo, porque nada pertence a ninguém.

Quando a vida convidar você às necessárias renovações, ainda que sofra a dolorosa cirurgia do desprendimento, mantenha-se no controle de si mesmo.

Hoje é o filho que muda, amanhã um vínculo que parte, depois é um bem surrupiado, mais além o emprego é retirado.

Guarda calma e equilíbrio para que entenda o recado de Deus endereçado a você, nas alterações a que a existência o convida, por via da perda.

As dores das perdas são preciosos receituários contra as ilusões que carregamos. São mudanças necessárias, visando ao caminho das conquistas que legitimamente pertencem a você no reino profundo e particular de sua alma.

 

Deveríamos adotar o modo de vida original dos indígenas do Brasil onde tudo era de todos com exceção dos colares, do cocar, do arco e flecha e tacape. Taba, ocas, plantações, animais abatidos, inclusive as terras, pertenciam a todos igualmente. Entre os indígenas não havia classes sociais, todos tinham os mesmos direitos e recebiam o mesmo tratamento.

Jesus, na última ceia, dividiu igualmente entre todos, o pão e o vinho, e pelo que consta, não premiou uns em detrimento dos outros.

Dois exemplos que nos levam a acreditar que os bens da Terra deveriam ser de todos e não somente de alguns. Evidentemente não é o que ocorre.

Ainda hoje, impera a concentração de renda e poder nas mãos de alguns, tendo como conseqüência as diversas classes de pessoas apreciadas pelo volume de recursos e bens que possuem.

Também é verdade que muitos detém o que ninguém lhes pode tirar, como por exemplo, a cultura, a inteligência, a educação e todas as demais virtudes do espírito, que são tesouros inalienáveis do homem que as possui.

Entretanto, neste orbe, ainda impera o receio pelo dia do amanhã, gerando todos os tipos de atritos e desavenças.

Quando já estivermos amadurecidos o bastante para convivermos harmoniosamente, aqui reinará a paz e a felicidade, pois, não mais haverá a necessidade do acúmulo individual das dádivas do Criador.

Interessante observar que chegamos sem nada, lutamos desesperadamente por tudo, e partimos sem nada, o que nos leva a refletir na real necessidade do acúmulo de posses materiais sem limites, muito além do satisfatório para manutenção do corpo físico.



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