Nos momentos em
que imperam as calamidades podemos distinguir clara e perfeitamente os aspectos psicológicos, culturais
e sociais de cada indivíduo e mesmo de grupos de indivíduos. Falando do grupo
que conheço um pouco, o dos brasileiros, observamos um comportamento altruísta
e outro egoísta, um construtivo e outro destrutivo. Isto reflete perfeitamente
o momento do amadurecimento da humanidade em relação a si própria. Como pode
uma comunidade sideral, ainda, considerar-se desigual? Como podemos imaginar
que sejamos independentes do restante do Universo sem consequências? Pobre ser
humano! Digo pobre no sentido de que desfruta de um ambiente totalmente
favorável para seu desenvolvimento espiritual e se deixa envolver por questões
menores e sem sentido, considerando o infinito possível. Nos períodos de
sofrimento é que se revela a verdadeira face do indivíduo. Uns rezam, outros
praguejam, outros aproveitam a oportunidade para aliviar muitas dores e os
perversos, de senso incomum para a vilania, abrem espaço para se chafurdarem na
lama da corrupção de todos os matizes. "Perdoem porque não sabem o que
fazem." Cada um segundo suas obras. A Lei Maior é aplicada, felizmente, de
forma perfeitamente igualitária, não distinguindo posses, cargos, títulos e
muito menos aparência. Enquanto cavalos de raça são alimentados com ouro em
estábulos de granito e ar condicionado, milhares de africanos morrem de fome...
Enquanto se destina bilhões e bilhões de dólares para a indústria da morte, muitos mínguam
na indústria da fome... Enquanto se arrecada muitos e muitos bilhões de dólares
em igrejas, templos e análogos, muitos carecem de esclarecimento da alma...
Devemos perceber mesmo os céticos, que a grandiosidade monumental,
extraordinária, inigualável, esplêndida, luminosa e incomparável do Universo
não foi arquitetada e fisicamente estruturada para uma simples aventura do ser
humano na Terra. Diante deste espetáculo que nos surpreende a cada segundo o
que realizamos? Qual nossa atitude? Pensamos pequeno, pensamos egoisticamente.
Somos partículas de uma mesma estrutura e nos convencemos que somos diferentes!
Somos essência de uma mesma Divindade e nos julgamos superiores! E pergunto:
"O que estamos realizando em benefício de nós mesmos e da
humanidade"? Certo é que o progresso se conquista em pequena escala, mas
estamos com deficiência de diálogo com a natureza e com a vida. É possível
alterações neste estado de coisas? Digo que além de ser possível, é
imprescindível! Os tempos estão exigindo mudanças externas e internas. Vamos deixar passar mais esta oportunidade?
Excelente dia a todos.
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