O
homem perdeu o horizonte. Construir uma casa, formar uma família e ter alguns
filhos é coisa do passado. Esquece-se o homem que se assim não fosse aqui não
estariam, e vivem a vida de passagem sem nexo e nem contexto. Fala-se somente
do Bolinha Atômica de um lado e do Presunçoso Arrogante do outro como se isto
fosse fundamental para a raça humana. E aqui no Brasil....
"Carnaval"! Na histeria do Rei Momo esquecem-se de todas as
enfermidades éticas e morais que rondam a "Terra Brasilis". Viva a Dengue!
Viva a Febre Amarela! Deveríamos realmente nos expor à Febre Verde, Amarela,
Azul e Branca e num gesto de culturaestectomia extirpar essa cancro que corrói
a sociedade brasileira transformando nosso país na lata de lixo do mundo, onde
tudo é permitido e permissivo. Numa histeria coletiva - nem todos diga-se de
passagem - deixam vazar pelos orifícios nauseabundos as mais baixas tendências
de que é capaz esse ser inteligente chamado ser humano. Mas o equilíbrio há de se
manter neste planeta pois, enquanto a par das pobres almas alienadas, ainda
perdura o equilíbrio e o bom senso em boa parte dos autóctones habitantes desta
modesta Terra. Eu me permito pensar que uma semana antes desse tal de carnaval,
os anjos de guarda iniciem um tratamento especial à base de gardenal ou algo
mais forte para suportar tanta desvalorização do corpo e da alma. Mas a vida
continua a trancos e barrancos, mais trancos do que barrancos. E depois,
passada essa fase de euforia, de máscaras e peladez, todos aos consultórios dos
psicoterapeutas, psicólogos, dos adivinhos, dos mágicos e dos ginecologistas. Aí
meu Deus! Onde estava com a cabeça? Provavelmente procurando o cérebro, que desavisado,
se perdeu em algum desvio da vida. E os Carnavais nas suas múltiplas cores e
variantes se multiplicam por toda a superfície do planeta, cada um com seus
objetivos sombrios de dominação, espalhando a falta de compaixão e amor entre
os homens. A geomatriz sente e devolve o que lhe imputam! A entropia planetária,
no seu limite, há de revidar nos moldes de sua grandeza e força para estabelecer
um padrão de equilíbrio para a própria sobrevivência do homo sapiens sapiens,
menos sapiens do que homo. Tenho que afirmar que já vi este filme antes, e não
há muito tempo. Mas a vida volta ao normal, com todas as pessoas fazendo o que
sempre fizeram, correndo atrás dos seus sonhos e ilusões, matando seus
cachorros à grito, mirando o próximo segundo e não o horizonte. Assim vai se
perdendo a oportunidade do esclarecimento, da harmonia, da paz e do
entendimento. E Deus? Continuará para o sempre independente da mentes ainda em
estágio letárgico de crescimento...
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