quarta-feira, 16 de março de 2016

Respeito a si mesmo.

A vida é uma sucessão de acontecimentos e muitas vezes nos colocamos em situações que nos impedem de dedicar-lhes a devida atenção que merecem e de ver com clareza as consequências futuras de tal negligência.

Parece mesmo que uma névoa nos envolve e desvirtua as verdadeiras finalidades das encarnações, e passamos a desrespeitar nossa condição de espíritos criados para assumir nossos próprios destinos e promover nossa autoeducação e progredir indefinidamente na eternidade.

Neste sentido devemos nos apropriar definitivamente dos caminhos, das oportunidades, das expectativas, dos sonhos e das virtudes que nos levam a patamares superiores de felicidade, alegria e amor.

Portanto não é aconselhável nos deixar envolver por convites maliciosos. Não porque é condenado pelos bons costumes da sociedade ou pelas leis humanas, e sim porque fere a integridade do espírito e todos os valores éticos e morais duramente conquistados em batalhas internas em encarnações solicitadas e atendidas dentro do merecimento do indivíduo, encarnação esta que deve ser preservada e santificada.

Aceitar uma condição aviltante em nome da continuidade de uma situação “confortável” é um desrespeito ao livre arbítrio do indivíduo, condição primeira, aberta aos espíritos criados para a evolução e conhecimento de si mesmos.

Até que ponto devemos abrir mão de nossas prerrogativas de morador do Universo sem alterar nossa condição de individualidades livres e responsáveis pelo que semeamos?

Até que ponto devemos nos rebaixar e aceitar sermos dominados pelos instintos e pelas danosas instigações externas?

Que credibilidade teria Jesus se ao povo pregasse um comportamento e a sós outro completamente diverso?

Gandhi tinha o costume de atender muitas pessoas em determinado dia da semana. Certa vez se apresentou uma senhora que lhe pediu orientar se filho a deixar de comer açúcar, pois poderia trazer consequências graves à sua saúde no futuro. Gandhi, sem explicações, pediu que retornasse com seu pequeno na semana seguinte quando lhe daria a atenção desejada. Chegando o tal dia, apresentou-se a senhora e o filho a Gandhi quando este disse ao menino: “Filho não deves ingerir açúcar puro, pois trará danos aos seus dentes e à sua saúde em geral quando estiver com idade mais avançada”. A mãe estranhou, e muito, a forma como Gandhi conduziu o assunto, não se conteve e perguntou o porquê daquela atitude, e Gandhi responde: “Até semana passada eu comia açúcar”!

A crítica nem sempre nos leva ao efeito desejado, o exemplo silencioso sim.

É necessário conservar o que Deus nos deu.

É preciso valorizar os aspectos importantes de nossas vidas.

É significativo termos consciência da consideração e o carinho que o Criador dispensa a cada um de seus filhos.

O que denota um espírito esclarecido, que não o respeito próprio? A credibilidade de suas ações e palavras? A preservação de seu corpo físico e a assepsia de seu corpo espiritual? Ou a responsabilidade perante seus irmãos e o amor a Deus e a toda sua criação?

Nos mundos das encarnações, porque existem muitos, tudo é passageiro e transitório. O que fica é o progresso adquirido na esfera do espírito, que é intransferível e eterno.

Pensemos nisso.

Para reflexão: “Por que os Shows de Rock e assemelhados estão superlotados e as Casas Religiosas tão vazias”?




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