Os guias ou
orientadores espirituais, anjos de guarda ou qualquer Força que represente Deus
para a criatura humana têm função de facilitar,
catalisar, inspirar, supraordenar, e não de entregar respostas ou soluções
prontas, excetuando-se ocasiões raras. Se agissem como fonte aberta de imediata
resolução de problemas, tornar-se-iam lídimos “ladrões evolutivos”, incorrendo
em erro semelhante ao do (a) professor (a) que fizesse pelo (a) aluno (a) seu
dever de casa e não lhe permitisse exercitar o que aprende.
Somente por
meio de suas próprias experiências (ainda que assistidas) de tentativa, erro e
acerto, pode o ser humano, em processo de desenvolvimento da inteligência e dos
sentimentos, de expansão da consciência e da lucidez, encontrar os genuínos
(porque personalíssimos) caminhos, respostas, escolhas e soluções para cada
drama, desafio ou incógnita com que se depare, no infinito oceano do
espaço-tempo, até sua integral transcendência, na mística ascensão à
Eternidade... no glorioso mergulho no Seio da Divindade.
Assim, que
ninguém aguarde dos autênticos mestres espirituais – estejam livres da matéria
densa ou nela encapsulados – fórmulas precisas, objetivas, específicas para as
necessidades e perplexidades que cada indivíduo deve, respectivamente, atender
e dissolver por si mesmo.
Esse alerta
é de suma importância, primeiramente por ser deveras cômoda a ideia de ter
alguém que mostre, sem custos, o mapa da trajetória evolutiva (que é singular,
variando de pessoa a pessoa); segundo, porque muito facilmente se encontrará,
no plano físico e/ou no extrafísico de existência, quem pretenda apresentar normas
e esquemas prontos para o pensamento e a conduta alheios, frequentemente
descambando para o controle e a manipulação, crassos ou sutis, seja no meio
familiar, profissional, acadêmico ou terapêutico, seja no âmbito das religiões
ou do intercâmbio mediúnico com outras dimensões de consciência.
A liberdade
de discernimento e ação é outorga inalienável e inviolável de Procedência
Divina. O grande e contínuo desafio-aprendizado, todavia, consiste em
reconhecer as vozes mentais (externas ou internas) que de fato entrem em
ressonância com a própria consciência (que naturalmente sintoniza a Vontade de
Deus e Seus representantes), distinguindo-as d’outras vozes psíquicas (intra ou
extramuros de si) que se revelem, após análise mais acurada, vetores de
preconceito, de moralismo castrador, de fanatismo diabólico, sempre condutores
a rotas de extremo e evitável sofrimento, de extensão indefinível no tempo,
para todos que se permitem enredar em suas sedutoras armadilhas de sofisma e
malevolência mal-dissimulada.
Esses vetores
mentais capciosos e sinistros muito comumente surgem aos olhos dos menos
prevenidos, quais elaboradas e bem-acabadas manifestações do Bem. Lembremos do
grave alerta de Jesus: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação”... e
também do inesquecível e quase assustador aviso Crístico: “Porfiai por adentrar
o Reino dos Céus, porque estreita é a porta para a salvação...”
Espírito
Eugênia-Aspásia
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar
29 de janeiro de 2016
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar
29 de janeiro de 2016
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