Ao nos
percebermos na iminência de concluir uma etapa, de encerrar um período da vida,
é natural que necessitemos de momentos para reflexões e análises.
Ao final de
nossos ciclos, seja de um ano, seja depois de um período em uma empresa, ou ao
nos mudarmos de cidade, quase inevitável refletir sobre o período que se
encerra e analisar as perspectivas futuras.
Assim
também ocorre quando percebemos chegar ao fim o ciclo da existência física.
Múltiplos
são os relatos de experiências de profissionais que trabalham com pacientes
terminais e o arrependimento mais comumente citado por estes pacientes é não
ter tido coragem de expressar seus sentimentos.
Em uma
breve análise de como nos relacionamos com nossos afetos, percebemos como isso é
uma verdade marcante.
De modo
geral, nos deixamos levar por falsas necessidades externas e acabamos esquecendo
de escutar nosso coração, nossas necessidades internas.
Freqüentemente,
nos preocupamos com nossa posição, nossa imagem perante os outros e a sociedade,
permitindo-nos guiar pelo orgulho, que acaba ditando o nosso proceder, e
calamos nossos sentimentos.
De outras
vezes, nos embaraçamos com sentimentos menores, brigas e desentendimentos
corriqueiros.
E fazemos
isso de tal forma que concedemos importância e valor a esses pormenores, em
detrimento do que efetivamente pulsa em nosso coração.
Como
resultado, passamos nossa vida a valorizar sentimentos que, efetivamente, não
são os mais significativos.
Quanto
tempo gastamos na semana para discutir e reclamar com nossos filhos ou para
pequenas brigas domésticas?
Porém
quanto desse tempo é dedicado para lhes dizer como eles são importantes para
nós?
Qual a freqüência
com que nos pegamos criticando e analisando o comportamento, a ação de um
amigo, de um ente querido?
Em
contrapartida, quanto do nosso tempo investimos para lhes dizer como eles
preenchem nossa emoção e nossos dias?
Quantas de
nossas amizades se desfazem por uma conversa que não aconteceu, uma pergunta
que não foi feita, um esclarecimento que não buscamos?
E quase
sempre, isso ocorre porque nos deixamos levar pelo orgulho ou pela presunção,
que dispomos em grande dose, e não agimos como nosso sentimento desejaria.
Com essas
atitudes, ao longo dos anos, pouco daquilo que vive em nosso coração passa
pelos nossos lábios.
Agindo
assim é natural que, chegado o momento de concluir a existência, tenhamos
profundo arrependimento de não ter dado vazão aos verdadeiros sentimentos.
Por isso,
enquanto é tempo, pensemos o quanto conduzimos aos nossos lábios aquilo que
efetivamente mora em nosso coração.
Utilizemos
nosso tempo para buscar a reconciliação e o entendimento após a discussão,
pequena ou de grandes proporções.
Não nos
permitamos encerrar o dia em crise com nossas amizades, com nossos amores.
Logo mais,
a vida, transitória, passageira, nos irá conduzir a outras paragens.
Pensemos
nisso.
Texto
modificado de a Redação do Momento Espírita.
Em 11.4.2015.
Em 11.4.2015.
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