A dualidade subsiste somente em mundos inferiores onde a figura do bem e do mal, do positivo e do negativo, do preto e do branco é necessária para amparar a falta de compreensão do Absoluto e sustentar a desarmonia reinante no pensamento primário dos espíritos que habitam esse orbe.
Nos mundos superiores ou aspecto
superior do corpo perfeito, inexiste o dúbio, a incerteza, a paridade. Todos os
sentimentos se fundem em perfeita harmonia e sutileza onde a luz não é revelada
como luminosidade fotônica e sim um estado de consciência totalmente completo e
autossustentado.
A memória dos acontecimentos
apoiados em balanças e movimentos de subida e descida e vai e vem desaparecem e
surge o Ser Total, aquele que alcançou em si mesmo a paz e a serenidade
perenes.
As mentes primárias preservadas
no egocentrismo amplificam a dualidade, estendendo a distância entre os polos,
criando um campo fértil para o antagonismo e consequentemente postergando
oportunidades de solução e crescimento.
Mentes cristalizadas no céu e
inferno, anjos e demônios, tendem a esmaecer e transmudar-se, dando lugar a uma
nova forma de expressão e visualização em decorrência da Lei do Progresso a que
estão definitivamente imantadas.
Cada individualidade que procure
estabelecer seus limites e avançar rumo ao amanhecer de suas próprias
convicções e só assim estará se libertando dos invisíveis e irresistíveis
chamamentos do seu eu inferior.