sábado, 11 de fevereiro de 2012

ASSUNTOS PENDENTES I

A vida é muito interessante. Há momentos que as coincidências me surpeendem, ainda hoje. Em recente reunião mediúnica, atentendo a um irmãozinho que havia feito a passagem há longa data, dizia ter deixado "muitas coisas" a fazer. Imediatamente houve uma ligação com o conteúdo do livro que no momento estou lendo: "Assuntos Pendentes" de autoria de James Van Praagh.
Logo à página 12 encontramos: "É importante saber que, ao deixar o corpo físico no momento da morte (a), a alma (b) passa a ver a vida de uma perspectiva inteiramente nova. É como se tivesse feito uma cirurgia laser que lhe permitisse finalmente dispensar os óculos e ver com mais nitidez. Os espíritos sabem por que determinadas situações precisam acontecer. Eles conseguem reconhecer o valor dos outros, mesmo o de seus inimigos, e o que precisaram apredender com as experiências. Eles também sabem que poderiam ter evitado certos erros se não tivessem se deixado dominar pelo ego. Quando chegam à luz (c), os espíritos ficam ansiosos para compartilhar esses conhecimentos com os vivos". "Muitos ficam obcecados por algo que está totalmente fora do nosso controle: o passado. Remoem constantemente o que "deveria ter sido" ou poderia ter sido" a vida. Os arrependimentos são múltiplos, mas nosso único poder está no agora e em como o momento presente afeta o nosso futuro. Se não assumirmos nossa responsabilidade na criação do futuro (d), nos tornamos seres menos responsáveis. Quando alguma coisa sai errada, atribuímos a culpa a alguém, ou ao próprio Deus. Quando ocorre uma tragédia, ficamos arrasados pela dor e pela culpa (e), e deixamos de vê-la como uma oportunidade de criar algo positivo (f). Revivemos dramas emocionais que aconteceram em nossa infância ou recentemente, esperando que, de alguma maneira mágica (g), a vida mude, embora continuemos iguais. Se não superarmos essa tendência, nos sentiremos sempre dominados pelos acontecimentos".
Fiquei entusiasmado em saber e perceber que os espíritos e entidades (g) que orientam o médium James Van Praagh, externam conceitos e preceitos de vida muito parecidos, embora germinais, com aqueles oferecidos pelos orientadores da obra de Kardec e entidades da Umbanda.
Não há menção explícita aos ensinamentos de Jesus e aos seus colaboradores, mas percebe-se que os fundamentos morais estão presentes. A envergadura dos ditames Crísticos é inigualável e chego a dizer que para quem se destina a referida leitura, é alentador.

 Notas:
(a) - O autor coloca, muitas vezes, o termo morte e não passagem ou desligamento.
(b) - Às vezes utiliza "alma" e outras "espírito" sem muita distinção. Não há conceito formado.
(c) - "Chegar à luz": O autor se refere aos espíritos que aceitam deixar suas preocupações e ligações terrenas e seguir, normalmente acompanhados de seus parentes, para a luz, para um local que o mesmo não sabe precisar, entretanto sem ligações com as energias negativas.
(d) - Reforma íntima.
(e) - Ressonâncias do passado e suas consequências.
(f) - O autor coloca positivo e negativo como polaridade para evolução e inércia.
(g) - Muito provavelmente seu mentor individual e demais colaboradores de seu trabalho.



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