Devemos analisar detidamente nossas construções mentais para que adiante não se tornem barreiras insuperáveis para nossa evolução espiritual. Essas construções podem ser escadas ascensionais ou elevadores descensionais, dependendo de cada um de nós, moldar os elementos construtivos da estrutura que estaremos, de alguma forma, tecendo.
Elementos construtivos como culpas e arrependimentos são necessários no sentido de serem ferramentas de alerta de que algo foi realizado e não foi devidamente assumido pela nossa consciência. Ela é soberana!
Entretanto devemos compreender que, queiramos ou não, culpas e arrependimentos, fazem parte do nosso dia-a-dia, impondo-nos, se não compreendidos, uma sobrecarga emocional deletéria em nosso corpo físico e em nossos corpos espirituais. Devemos tratá-los sim e considerar que em nossa vida eles nada mudam e somente nos prejudicam, tornando-se ferrolhos que travam nossa compreensão e âncoras que nos impedem de prosseguir.
Cada um forje sua alma no cadinho de sua vida.
Os sentimentos de culpa e arrependimento, se não tratados, enquanto espíritos encarnados, tendem, na esfera mais sutil, tornarem-se mais vívidos e obcecantes.
Entendo que culpas e arrependimentos são insatisfações, e o Buda-Dharma nos diz o seguinte a respeito:
- A vida humana é caracterizada pela insatisfação e ela é uma realidade e não uma fantasia.
- Imperativo reconhecer que nossa insatisfação se origina em nós.
- Podemos compreender a origem da nossa insatisfação e pôr fim às suas formas mais profundas e existenciais.
- Dando liberdade à nossa mente experimentaremos a compreensão de nossa insatisfação.
A pergunta é: como faremos isso?
- Compreendendo que a vida é passageira e dar importância somente ao que realmente importa.
- Entendendo que somos completos, dignos e íntegros.
- "Vendo" que somos o nosso próprio refúgio, nosso próprio santuário, nossa própria salvação.
- Sentindo que somos a nossa própria realidade.