sábado, 25 de fevereiro de 2012

ASSUNTOS PENDENTES III

Devemos analisar detidamente nossas construções mentais para que adiante não se tornem barreiras insuperáveis para nossa evolução espiritual. Essas construções podem ser escadas ascensionais ou elevadores descensionais, dependendo de cada um de nós, moldar os elementos construtivos da estrutura que estaremos, de alguma forma, tecendo.

Elementos construtivos como culpas e arrependimentos são necessários no sentido de serem ferramentas de alerta de que algo foi realizado e não foi devidamente assumido pela nossa consciência. Ela é soberana!

Entretanto devemos compreender que, queiramos ou não, culpas e arrependimentos, fazem parte do nosso dia-a-dia, impondo-nos, se não compreendidos, uma sobrecarga emocional deletéria em nosso corpo físico e em nossos corpos espirituais. Devemos tratá-los sim e considerar que em nossa vida eles nada mudam e somente nos prejudicam, tornando-se ferrolhos que travam nossa compreensão e âncoras que nos impedem de prosseguir. 

Cada um forje sua alma no cadinho de sua vida.

Os sentimentos de culpa e arrependimento, se não tratados, enquanto espíritos encarnados, tendem, na esfera mais sutil, tornarem-se mais vívidos e obcecantes.

Entendo que culpas e arrependimentos são insatisfações, e o Buda-Dharma nos diz o seguinte a respeito:
  • A vida humana é caracterizada pela insatisfação e ela é uma realidade e não uma fantasia.
  •  Imperativo reconhecer que nossa insatisfação se origina em nós.
  • Podemos compreender a origem da nossa insatisfação e pôr fim às suas formas mais profundas e existenciais.
  • Dando liberdade à nossa mente experimentaremos a compreensão de nossa insatisfação.
A pergunta é: como faremos isso?
  • Compreendendo que a vida é passageira e dar importância somente ao que realmente importa.
  • Entendendo que somos completos, dignos e íntegros.
  • "Vendo" que somos o nosso próprio refúgio, nosso próprio santuário, nossa própria salvação.
  • Sentindo que somos a nossa própria realidade.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

ASSUNTOS PENDENTES II

Quando alguém nos procura com algum problema é bom avaliarmos o contexto em que esta pessoa está se expressando.

A pergunta é: O que você fez, para estar nessa situação? Você compreende porque está se sentindo dessa forma? É real ou imaginário o seu sofrimento?

Antes de tudo é necessário compreendermos que nossas criações mentais comandam nossas vidas, constroem como somos e como nos colocamos diante das situações criadas:
  • "Oportunidades surgem todos os dias; as coisas podem mudar, as pessoas podem mudar e você pode mudar. O importante é assumir a responsabilidade  por seus pensamentos e ações. Seus pensamentos têm poder. A sua vida nesse exato momento é o resultado dos seus pensamentos". (James Van Praagh - Assuntos Pendentes)
O despertar, o ser capaz de..., é consequência de experimentações próprias, de construções próprias. Importante é ter em mente que somos capazes de alterar a psicosfera individual nos libertando da espiral descendente do sofrimento. Somos capazes e responsáveis.

Como disse Yang Chu, filósofo chinês do século IV a.C.:
  • "Passamos pelo mundo numa trilha estreita, preocupados com coisas insignificantes que vemos e ouvimos, remoendo nossos preconceitos, passando pelas alegrias da vida sem sequer saber que perdemos algo. Nunca por um momento provamos do vinho estonteante da liberdade. Estamos verdadeiramente presos, como se estivéssemos no fundo de um calabouço, atados a cadeias".
Passados 25 séculos e a humanidade continua na inércia, na infância mental, apesar de receber insistente e constantemente apelos para alterar sua condição primária de seres imantados a ideias cêntricas de egoísmo e egolatria, apesar de inteligentes.

O que é necessário para nos libertar das dúvidas e dilemas que nos causam tanta dor e angústia?


sábado, 11 de fevereiro de 2012

ASSUNTOS PENDENTES I

A vida é muito interessante. Há momentos que as coincidências me surpeendem, ainda hoje. Em recente reunião mediúnica, atentendo a um irmãozinho que havia feito a passagem há longa data, dizia ter deixado "muitas coisas" a fazer. Imediatamente houve uma ligação com o conteúdo do livro que no momento estou lendo: "Assuntos Pendentes" de autoria de James Van Praagh.
Logo à página 12 encontramos: "É importante saber que, ao deixar o corpo físico no momento da morte (a), a alma (b) passa a ver a vida de uma perspectiva inteiramente nova. É como se tivesse feito uma cirurgia laser que lhe permitisse finalmente dispensar os óculos e ver com mais nitidez. Os espíritos sabem por que determinadas situações precisam acontecer. Eles conseguem reconhecer o valor dos outros, mesmo o de seus inimigos, e o que precisaram apredender com as experiências. Eles também sabem que poderiam ter evitado certos erros se não tivessem se deixado dominar pelo ego. Quando chegam à luz (c), os espíritos ficam ansiosos para compartilhar esses conhecimentos com os vivos". "Muitos ficam obcecados por algo que está totalmente fora do nosso controle: o passado. Remoem constantemente o que "deveria ter sido" ou poderia ter sido" a vida. Os arrependimentos são múltiplos, mas nosso único poder está no agora e em como o momento presente afeta o nosso futuro. Se não assumirmos nossa responsabilidade na criação do futuro (d), nos tornamos seres menos responsáveis. Quando alguma coisa sai errada, atribuímos a culpa a alguém, ou ao próprio Deus. Quando ocorre uma tragédia, ficamos arrasados pela dor e pela culpa (e), e deixamos de vê-la como uma oportunidade de criar algo positivo (f). Revivemos dramas emocionais que aconteceram em nossa infância ou recentemente, esperando que, de alguma maneira mágica (g), a vida mude, embora continuemos iguais. Se não superarmos essa tendência, nos sentiremos sempre dominados pelos acontecimentos".
Fiquei entusiasmado em saber e perceber que os espíritos e entidades (g) que orientam o médium James Van Praagh, externam conceitos e preceitos de vida muito parecidos, embora germinais, com aqueles oferecidos pelos orientadores da obra de Kardec e entidades da Umbanda.
Não há menção explícita aos ensinamentos de Jesus e aos seus colaboradores, mas percebe-se que os fundamentos morais estão presentes. A envergadura dos ditames Crísticos é inigualável e chego a dizer que para quem se destina a referida leitura, é alentador.

 Notas:
(a) - O autor coloca, muitas vezes, o termo morte e não passagem ou desligamento.
(b) - Às vezes utiliza "alma" e outras "espírito" sem muita distinção. Não há conceito formado.
(c) - "Chegar à luz": O autor se refere aos espíritos que aceitam deixar suas preocupações e ligações terrenas e seguir, normalmente acompanhados de seus parentes, para a luz, para um local que o mesmo não sabe precisar, entretanto sem ligações com as energias negativas.
(d) - Reforma íntima.
(e) - Ressonâncias do passado e suas consequências.
(f) - O autor coloca positivo e negativo como polaridade para evolução e inércia.
(g) - Muito provavelmente seu mentor individual e demais colaboradores de seu trabalho.