Crês firmemente que possas ser feliz apenas quando realizares os sonhos que te acalentam o coração.
Porém, sempre que o objetivo é alcançado,
descobres-te frustrado ante a incapacidade de aquela conquista te fazer
realmente feliz.
Insatisfeito e porque logras acreditar que somente
as coisas materiais te tornam pleno, lanças-te, sucessivamente, à conquista de
novos desejos, esvaindo tuas energias numa luta vã que termina coroada por uma
nova desilusão.
Há momentos em que, de alma abatida, chegas a te
convencer de que não vale mais a pena viver, pois te consideras um eterno
perdedor.
Assistes cada vez mais exaurido às conquistas
alheias, és testemunha dos risos desmesurados e da alegria escancarada que te
fazem acreditar que este mundo está movendo uma ação de despejo contra ti, pois
somente premia os outros, sem nada acrescentar à tua amargurada existência.
Nem sequer cogitas que és o expectador de uma peça
em que todos os atores foram preparados para te abanar com uma falsa
felicidade, porque eles se permitiriam engalanar (adornar, enfeitar, ornamentar) por um brilho falso, mas a sós, talvez sejam
infinitamente mais infelizes do que tu.
Quantos não se encontram em estado de profunda
depressão, afogando-os nos medicamentos que entorpecem e nos vícios que atiram
o ser à sarjeta da miséria moral, mas, enquanto puderem sustentar o preço das
aquisições momentâneas, vão sendo o teu sonho de consumo não efetivado.
Quando te desiludires, lembra-te de que, movido por
uma ilusão a menos, ficas mais perto de estar com Jesus, o bem imperecível, a
joia de brilho incomparável que é capaz de iluminar o céu de tua desiludida
alma, mostrando-te um novo caminho onde a felicidade não é algo que deves ir
buscar, mas uma dádiva que, há muito, está dentro de teu ser.
Podemos extrapolar
o conceito aqui declarado para todas as ações de nossas vidas, tanto material,
quanto espiritual.
Somos eternos
insatisfeitos por procurar externamente o que dorme dentro de nós, que é a
centelha Divina da compreensão de nossas existências.
Devemos entender
que fomos criados para algo grandioso que é a maturidade espiritual e
consequentemente inserir-se definitivamente na concepção Divina da vida plena e
feliz.
O que nos impede
de “ver” esta realidade? Tudo que necessitamos está diante de nós, somente não
percebemos esta presença em razão de estarmos quase sempre “ocupados” com
nossas urgentes necessidades.
A partir do
momento que tivermos a possibilidade de despertarmos nosso interior para
interesses perenes, estaremos dando início à nossa verdadeira vida, isentos das
ilusões passageiras e transitórias. É uma escala infinita e progressiva.
Devemos observar
que as perdas nem sempre são prejudiciais às nossas vidas. Mesmo que tragam
desilusões são aprendizados para a eternidade.
Fantasias são
criações da imaginação do homem que se entregou a si mesmo e a seu egoísmo
esquecendo-se do atributo Divino de sua criação.
Ou acreditamos em
um Ser Superior ou estaremos eternamente entregues aos ciclos intermináveis das
reencarnações sem sentido e sem proveito.
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