Que faremos da caridade, quando todas as questões econômicas forem resolvidas?
Esta é a indagação que assinalamos, todos nós, muitas vezes.
Muitos acreditam que a solução de semelhantes problemas autorizaria a
demissão da sublime virtude das empresas e encargos pelos quais se
responsabiliza ela no mundo.
Entretanto, a cooperação do dinheiro, sempre indispensável no sustento
das boas obras, é apenas um ângulo da beneficência na Terra.
Neste orbe de
provas e expiações, onde a preservação da matéria ainda se faz necessária para
cumprir os objetivos traçados por Deus para cada um de nós, é imprescindível
adotar uma forma de remuneração do trabalho que todos os encarnados aceitem sem
contestação. Nem sempre é válido. Ainda hoje há muitas discussões do por que o
mais inteligente, estudado e culto ser mais valorizado do que aquele que não
possui estes atributos intelectuais.
Estamos evoluindo,
e um dia, quando o planeta Terra alcançar padrão elevado de relacionamento
entre seus habitantes, não será mais esta a forma mais conveniente de remuneração,
e talvez, nem tenha este aspecto. Haverá muitas outras formas de aquilatar
nossas boas tendências e nosso esforço.
Lembremos que em
“Nosso Lar” se obtém “Bônus Hora” pelo trabalho realizado, qualquer que seja. O
que importa é a boa vontade de servir o próximo.
O que podemos
afirmar é que os habitantes de cada orbe em particular procura uma forma de
avaliar e remunerar o trabalho, o que nem sempre é justo e claro.
A mais alta percentagem dos nossos companheiros menos felizes não se
encontra nos vales da penúria de ordem material.
Pergunte-se aos povos mais industrializados e mais ricos na cultura da inteligência
se conseguiram unicamente com isso erguer a felicidade integral de seus filhos.
Consulte-se-lhes as estatísticas de suicídio e loucura, na maioria dos
casos com vinculação na patologia da alma, e em todos os recantos do Orbe
Terrestre indaguemos das classes situadas na frente do conforto e da instrução
universitária se com esses tesouros – aliás, necessários e legítimos para todos
os filhos da Terra – lograram consolidar a segurança r a paz de que se
reconhecem carecedores.
Ouçamos os companheiros relegados à solidão em refúgios dourados; os que
a desilusão alcançou, estirando-os ao desânimo, apesar das alavancas amoedadas
que lhe sustentam a vida; os quase loucos de sofrimento moral, diante das
provas ou doenças irreversíveis; as criaturas geniais que não puderam aguentar
as dificuldades educativas, indispensáveis ao burilamento do Espírito, e
derivaram para os tóxicos que lhes consomem as forças; os que foram abafados
pela superproteção no campo do excesso e não souberam suportar os problemas da
escala evolutiva; e aqueles outros, semimortos de angústia, que tateiam a lousa
indagando pelos entes queridos e que dariam, de pronto, a fortuna em que se
lhes valoriza a existência em troca de fé na imortalidade.
Anotemos os irmãos caídos em desprezo, abandono, desequilíbrio,
enfermidade, desalento ou perturbação e, embora louvando o apostolado bendito
do dinheiro, a serviço do bem, verificaremos que a caridade em si é sempre amor
e que a missão do amor, em todos os mundos e em todas as circunstâncias, é tão
infinita, quanto infinita em tudo e com todos, é a Bondade de Deus.
A felicidade ainda não é desse mundo. Valorizamos em
demasia o aspecto material em detrimento do espiritual, levando os indivíduos
sofrerem superlativamente quando da perda de sua posse. Daí sobrevém todas as
insatisfações, doenças do corpo físico e do corpo imaterial.
O relacionamento entre os espíritos moradores de orbes
mais elevados, com certeza deve se apresentar mais cordial e afetivo,
dispensando qualquer forma de pagamento que não seja a compaixão e a caridade.
Creio que, Amor Incondicional, somente em Orbes
Crísticos.
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