sexta-feira, 6 de maio de 2022

Amor Sempre – Livro Encontro de Paz - Chico / Espíritos Diversos

 

Que faremos da caridade, quando todas as questões econômicas forem resolvidas?

Esta é a indagação que assinalamos, todos nós, muitas vezes.

Muitos acreditam que a solução de semelhantes problemas autorizaria a demissão da sublime virtude das empresas e encargos pelos quais se responsabiliza ela no mundo.

Entretanto, a cooperação do dinheiro, sempre indispensável no sustento das boas obras, é apenas um ângulo da beneficência na Terra.

Neste orbe de provas e expiações, onde a preservação da matéria ainda se faz necessária para cumprir os objetivos traçados por Deus para cada um de nós, é imprescindível adotar uma forma de remuneração do trabalho que todos os encarnados aceitem sem contestação. Nem sempre é válido. Ainda hoje há muitas discussões do por que o mais inteligente, estudado e culto ser mais valorizado do que aquele que não possui estes atributos intelectuais.

Estamos evoluindo, e um dia, quando o planeta Terra alcançar padrão elevado de relacionamento entre seus habitantes, não será mais esta a forma mais conveniente de remuneração, e talvez, nem tenha este aspecto. Haverá muitas outras formas de aquilatar nossas boas tendências e nosso esforço.

Lembremos que em “Nosso Lar” se obtém “Bônus Hora” pelo trabalho realizado, qualquer que seja. O que importa é a boa vontade de servir o próximo.

O que podemos afirmar é que os habitantes de cada orbe em particular procura uma forma de avaliar e remunerar o trabalho, o que nem sempre é justo e claro.

A mais alta percentagem dos nossos companheiros menos felizes não se encontra nos vales da penúria de ordem material.

Pergunte-se aos povos mais industrializados e mais ricos na cultura da inteligência se conseguiram unicamente com isso erguer a felicidade integral de seus filhos.

Consulte-se-lhes as estatísticas de suicídio e loucura, na maioria dos casos com vinculação na patologia da alma, e em todos os recantos do Orbe Terrestre indaguemos das classes situadas na frente do conforto e da instrução universitária se com esses tesouros – aliás, necessários e legítimos para todos os filhos da Terra – lograram consolidar a segurança r a paz de que se reconhecem carecedores.

Ouçamos os companheiros relegados à solidão em refúgios dourados; os que a desilusão alcançou, estirando-os ao desânimo, apesar das alavancas amoedadas que lhe sustentam a vida; os quase loucos de sofrimento moral, diante das provas ou doenças irreversíveis; as criaturas geniais que não puderam aguentar as dificuldades educativas, indispensáveis ao burilamento do Espírito, e derivaram para os tóxicos que lhes consomem as forças; os que foram abafados pela superproteção no campo do excesso e não souberam suportar os problemas da escala evolutiva; e aqueles outros, semimortos de angústia, que tateiam a lousa indagando pelos entes queridos e que dariam, de pronto, a fortuna em que se lhes valoriza a existência em troca de fé na imortalidade.

Anotemos os irmãos caídos em desprezo, abandono, desequilíbrio, enfermidade, desalento ou perturbação e, embora louvando o apostolado bendito do dinheiro, a serviço do bem, verificaremos que a caridade em si é sempre amor e que a missão do amor, em todos os mundos e em todas as circunstâncias, é tão infinita, quanto infinita em tudo e com todos, é a Bondade de Deus.

A felicidade ainda não é desse mundo. Valorizamos em demasia o aspecto material em detrimento do espiritual, levando os indivíduos sofrerem superlativamente quando da perda de sua posse. Daí sobrevém todas as insatisfações, doenças do corpo físico e do corpo imaterial. 

O relacionamento entre os espíritos moradores de orbes mais elevados, com certeza deve se apresentar mais cordial e afetivo, dispensando qualquer forma de pagamento que não seja a compaixão e a caridade.

Creio que, Amor Incondicional, somente em Orbes Crísticos.


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