sexta-feira, 29 de abril de 2022

No Grande Caminho – Livro Encontro de Paz - Chico / Espíritos Diversos


Não digas que os outros são maus quando todos os seres são bons para serem, um dia, perfeitamente bons.

Se já consegues doar algo de ti, procurando entesourar a bondade, não acuses aquele que acumula os bens da vida, crendo assim enriquecer-se para unicamente entregar, mais tarde, por mãos alheias, as vantagens que ajuntou.

A rigor, não existem espíritos absolutamente maus.

A vida nada cria para desequilíbrio ou delinquência.

A fonte é boa porque distribui generosamente os dons que lhe são próprios, entretanto, o solo não é mau porque prenda a fonte a si mesmo.

A andorinha é um poema de beleza, volitando na altura, todavia, o batráquio não pode ser interpretado por monstro porque esteja colado ao charco.

Não existe pomicultor capaz de condenar a planta recém-nata, na fraqueza em que se caracteriza, simplesmente porque a veja, assim débil, ao lado de árvore vigorosa em plena maturação. Protegerá uma e outra, considerando-lhes tempo e valor.

Assinala-se cada ser por determinada problemática na escala evolutiva.

Observando os princípios que regem a natureza, se alguém te injuria por não seres ainda um espírito tão bom quanto seria de desejar, não interrompas o trabalho a que te afeiçoas para te mostrares, no futuro, tão bom quanto precisa ser. Prossegue agindo e servindo, certificando-te de que ação e utilidade podem transformar qualquer deserto em jardim.

Não reclames contra ninguém quando surjam aqueles que te não consigam compreender e procura compreender a quantos te reprovem.

Segue adiante, ama e abençoa, auxilia e constrói, que para isso todos fomos chamados a viver.

As diretrizes do entendimento e da misericórdia te facilitarão a romagem no dia a dia e o dever cumprido falará por ti ao silêncio.

A força do Universo que mantém a floresta é a mesma que vitaliza a semente diminuta.

Aprendamos a servir e esperar, a fim de que os tesouros da evolução se nos revelem no grande caminho da imortalidade.

Toda criatura é um fruto divino na árvore da vida, mas todo fruto pede tempo, a fim de amadurecer.

 

Vejamos:

Felizmente, esclarecidos das encarnações sucessivas, entendemos que Deus, O infinitamente Bom e Justo, jamais iria criar espíritos maus. O espírito foi criado à imagem e semelhança de Deus em forma singular, para que, o próprio espírito no domínio de si mesmo, alcance sua evolução plena.

Podemos dizer que os espíritos se apresentam, num exato momento, exclusivamente dentro dos padrões inerentes à sua evolução. “Vê e Julga” utilizando os recursos angariados no decorrer de suas experiências encarnatórias.

Deus, nosso criador, Soberano e Imparcial, cria a todos exatamente iguais e com as mesmas possibilidades de evolução. Cabe a cada um, utilizando seu livre-arbítrio, por enquanto, dispor daquilo que lhe foi doado.

Dado nosso esquecimento das vivências passadas, ignoramos, por dádiva Divina, nossas propensões, nossos desvios, iniciando a cada encarnação nova jornada para alcançar níveis mais altos de compreensão e entendimento. Portanto, devemos aproveitar nosso tempo, encarnados ou desencarnados, para aprimoramento de nossos dons espirituais, isto é, devemos mirar sempre nossa existência eterna, buscando a desmaterialização gradual e constante do corpo sutil. Leva tempo, porém, é uma realidade a que todos estamos imantados.

Finalmente, nesta escola chamada Terra há alunos em diversos graus, alguns mais adiantados, outros mais atrasados, mas o mais importante é que todos estão aprendendo de um jeito ou de outro.



sexta-feira, 22 de abril de 2022

Indulgência Ainda – Livro Encontro de Paz - Chico / Espíritos Diversos

 

A indulgência (Perdão, Compaixão, Dó) não é apenas caridade para com os outros.

Erige-se (Ergue-se, Coloca-se) igualmente como sendo processo de nos imunizarmos contra o impacto de vibrações destrutivas. Por isto mesmo, o tato deve estar conosco, à feição de porta-verdade, a fim de que os nossos pensamentos não venham a ferir os outros, tornando de outros para nós, de maneira a ferir-nos.

Vejam: não é simplesmente nos colocar na defensiva, e sim construir verdadeiros sentimentos de aceitação que nos possibilitarão enxergar a realidade das nossas relações com as outras pessoas e as delas conosco. Não somos de forma nenhuma os detentores da verdade. Sempre avaliaremos os outros com os nossos olhos.

Assim nos expressamos porque a ideia em si é fonte de força em que a palavra se articula.

Aprendamos, ainda e sempre, a empregar a indulgência construtivamente, em se tratando das pessoas.

Temos a possibilidade de emitir conceitos através de pensamentos, gestos e palavras. O autor, no presente texto, nos conclama a utilizar a indulgência de forma construtiva, isto é, examinando sem pré-conceitos o estado de espírito do observado, o que também vale para cada um de nós.

Quando esse companheiro ou aquela companheira se mostrarem autoritários, de modo excessivo, mentalizemo-los por irmãos responsáveis e confiantes;

Surgindo os que se nos afigurem vagarosos, na execução das tarefas que lhes caibam, imaginemo-los por meticulosos e tímidos, nunca por preguiçosos ou lerdos;

Se aparecem por figurinos de avareza e se chamados a exprimir-nos, quanto a eles, interpretemo-los por amigos da poupança e não da sovinice;

Quando se revelarem portadores de opiniões demasiado francas, aceitemo-los por amigos sinceros, mas não imprudentes;

Em se evidenciando facilmente irritáveis, vejamo-los por temperamentos emotivos e não por pessoas aborrecidas ou intolerantes;

E quando se nos destaquem aos olhos por irmãos indecisos ou amorfos, saibamos classificá-los por amigos cautelosos e moderados.

Indubitavelmente os pensamentos e as palavras, na expressão simbólica, são cores e tintas com que nos será lícito expressar a própria conceituação de acontecimentos determinados, no entanto, em se tratando de criaturas sensíveis quanto nós, sejamos observadores das ocorrências e irmãos das pessoas, a fim de auxiliá-las para que igualmente nos auxiliem.

Busquemos sentir e pensar, agir e realizar no bem e saberemos sempre sacar do coração e do cérebro a boa palavra capaz de compreender e de amparar, orientar e servir.

Evidentemente não nos encontramos neste nível de compreensão e perdão, entretanto, se almejamos um Planeta de Regeneração é um excelente exercício para fortalecer nossa musculatura espiritual e alcançarmos nossos ideais.

Fica evidente nossa mendicância perante as tarefas que necessitamos aprimorar para nosso efetivo convívio em uma comunidade voltada para o bem e conforto de todos, igualmente, sem menosprezar ou privilegiar alguns.


Separações – Livro - Vibrações de Paz em Família – Estudo 14.2 – Wanderley Oliveira / Espírito Ermance Dufaux.

 

Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; [...].  (Mateus, 13:30)

Nem sempre as separações significam encerramento de ciclos.

A separação iminente e certa do espírito do corpo físico é o cerne do Espiritismo. Toda evolução do espírito está na possibilidade da reencarnação como fator de ajustes às Leis Divinas.

Para a maioria de nós, as doenças que nos separam da saúde, as falências que nos separam da opulência, os divórcios que nos separam a vida conjugal, as tragédias que separam pela morte, e outras tantas desvinculações, nada mais são que trombetas soando aos nossos ouvidos espirituais para acordarmos de velhas ilusões.

Vejam: segundo os ensinamentos, todo e qualquer desajuste deve ser objeto de reparação em algum momento da existência do espírito, agora ou daqui a mil anos. Para aqueles que já despertaram para a vida espiritual, mais fácil se torna compreender que todas as provas são oportunidades de crescimento e desvinculação de comportamentos inadequados de vivências passadas,

As separações, no entanto, serão ocorrências que inevitavelmente trarão transformações e novos aprendizados.

Observem que, em face de um acontecimento, nos tornamos mais atentos, e assim, mais preparados para evitar os mesmos tropeços.

O apego, nessa hora, quase sempre responde por nossas perturbações em não aceitar o que precisa ser renovado ou pela rebeldia em não acolher a ideia de que não podemos controlar a vida e fazê-la ser aquilo que queremos.

Rebeldia é falta de amadurecimento. Já diz o ditado popular: "A vida ensina". E ensina mesmo. Parece que toca exatamente no ponto mais sensível e que mais nos desequilibra. Dá o que pensar...

Quanto mais você se recusar a aceitar as separações, mais se afastará de encerrar, como deveria, os ciclos de amadurecimento para os quais a vida conclama.

A Lei do Progresso atinge a todos de forma idêntica, a cada um as lições necessárias e adequadas ao seu nível de adiantamento. Provas amenas para os menos preparados. Provas mais significativas aos mais preparados. Deus nada oferece em demasia. É necessário humildade para aceitar que há um Ser Maior dirigindo nossa existência imortal.

Sob os desígnios de Deus, na Sua impermanência, o contínuo ciclo de vida comanda, sem cessar, o destino da existência, sobre a qual você não tem a menor chance de gerenciar. Ele inicia e encerra ciclos, promovendo a libertação e o progresso.

Exemplo - Buda, em o esboço de uma vida verdadeira, apresenta o seguinte ciclo: o nascimento, a maturidade, a renúncia, a busca, o despertar e a libertação, o ensino e a morte. Ao morrer, a mente se desprende do corpo físico e renasce em outro corpo.

O Pai, para transformar cada ciclo em frutificação e avanço, age permanentemente na guarda do bem, da dignidade e do amor por meio da manutenção das Leis Naturais.

Leis Naturais ou Leis Divinas são imutáveis e permanentes, isto é, todos estão sob a guarda da Bondade Divina.

Siga-lhe a atitude sábia para fazer de cada mudança no caminho uma fonte de estímulo, iluminando a visão e dilatando a compreensão.

Não devemos nos sentir culpados, arrependidos ou desajustados porque em algum momento nossa consciência nos alertou de termos tomado um caminho tortuoso. As lições, quaisquer que sejam, serão repetidas incansavelmente até que o bom proveito seja natural ao nosso espírito.

Tudo no universo se junta almejando uma colheita proveitosa. Juntos, ficaremos com esse objetivo. Do contrário, os ciclos suplicam renovação e recomeço.

Como preceitua outro ditado popular: "Pelo amor ou pela dor"!



 

sábado, 2 de abril de 2022

Missão Pessoal – Livro - Vibrações de Paz em Família – Estudo 26.1 – Wanderley Oliveira / Espírito Ermance Dufaux.


De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.  (Romanos, 14:12)

 

A vida nos situará junto aos conjuntos sociais apropriados ao nosso burilamento espiritual. Esbarraremos sempre nos limites alheios, que nos farão conhecer melhor nossas possibilidades e deficiências particulares.

Diz o ditado popular que “Deus escreve certo por linhas tortas”, provavelmente, se referindo ao aspecto de que cada um irá encontrar, com certeza, consigo mesmo em alguma etapa de sua vida.

Cada lição no caminho dessa socialização será manancial em favor da incansável aventura do autodescobrimento.

Estaremos sempre de frente às nossas necessidades de aperfeiçoamento quando encontramos dificuldades de compreensão a exigir muita reflexão diante das nossas reações às diversas provas a que somos submetidos por vontade própria.

Mesmo ajustado a diversas fileiras de aperfeiçoamento em sociedade, o ato de prestar contas será pessoal perante os avisos da consciência.

A participação nas obras comunitárias não exime a fidelidade à missão pessoal, única e intransferível tarefa de expressar a singularidade nobre adormecida em sua intimidade.

Notem que interessante: independente do campo de atuação do indivíduo, apesar das regras do grupo (trabalho, religioso, diversão, etc.), cabe sempre a este último a palavra final e, é intransferível, cabendo somente a ele o resultado de suas ações.

Por isso, muitos ajustes e desajustes que cercam os campos produtivos do trabalho de aprimoramento interior nem sempre traduzem intransigência, ou personalismo, mas necessidades profundas da alma na busca de sua direção particular, no esforço de cumprimento da conta pessoal.

Cada um de nós e herdeiro do seu caminho e, aqui, não importa se há acerto ou desacertos.

Como violar o direito do indivíduo a trilhar caminho próprio?

Como aquilatar suas escolhas diante das provas?

Muitas vezes somos titulados de críticos, de intransigentes, de “casca grossa” sem ao menos conhecerem nossas razões íntimas para agir de determinada maneira.

Certo é que cada um dará conta dos talentos colocados em sua conta e ninguém mais.