A Terra é o lar do
aprendizado difícil (Um
mundo de provas e expiações segundo a Doutrina Espírita) para onde embarcam almas
infinitamente amadas por Deus, em busca de regeneração.
Partem da casa espiritual,
adornadas de amor e levam consigo muitos atributos a elas confiados pela
misericórdia do Pai, para auxiliá-las na travessia. (Deus
é presciente, isto é, tem conhecimento preciso de todo o processo evolutivo de
cada ser criado e sabe de antemão de todo o necessário para a evolução de cada
semente).
Normalmente vão investidas
de muita boa vontade e sabem dos riscos a que se expõe ante as investidas que o
mundo (Sentido figurado), certamente, lhes ofertará,
tentando desviá-las do seu caminho. (Quem
vai desviar quem do quê? O livre arbítrio é atributo do espírito, portanto,
cabe a ele e somente a ele pavimentar sua estrada não se deixando levar pelas
aquisições temporárias).
Imersas, no entanto, nos
sentidos físicos, não percebem a necessidade de manter, através da prece (Somente
da prece? Joanna de Angelis coloca que “A oração mais eficiente é aquela que se
faz através da ação”),
algumas janelas abertas para o infinito, a fim de não perderem o contato com o
mundo de onde procedem e de não esquecerem a rota traçada com tanta dedicação e
carinho.
Enfrentam grandes
adversidades para se graduarem no intelecto, não medindo esforços na escalada
dessa conquista acadêmica. Extenuam-se nas lides profissionais para atingirem
objetivos sonhados, perdendo-se muitas vezes na vaidade e na prepotência e
deixando esvaírem-se horas sagradas de repouso e convivência junto aos
familiares, reais estruturas dessa incomparável travessia.
Acabam desvinculando-se de
sua origem divina e aceitando-se apenas como corpos, que fatalmente irá perecer
algum dia. (Percebo inclusive
que há indivíduos que negam convictos a inexistência de alguma coisa além da
morte do corpo físico, e lembro-me daquelas passagens descritas em alguns
livros de origem espírita que relatam que muitos espíritos depois de sua
passagem continuam infinitamente dormindo à espera da ressurreição).
Assim sendo, entregam-se aos
prazeres momentâneos, esvaindo energias que deveriam ser sublimadas a favor de
suas almas.
Então, como último recurso,
recebem a visita da adversidade que as faz recordar de onde tudo começou.
Ela (A adversidade) não
é o castigo arbitrário ou a punição efetiva, mas lição saneadora e terapêutica,
por meio da qual descobrem que são infinitamente mais do que aquilo que tocam,
pois suas almas procedem das estrelas e caminham pela Terra em busca da própria
luz. (Digo sempre que nós somos
Seres Cósmicos e estamos aqui de passagem, pertencemos ao Universo).
Ante o momento difícil,
fecham as janelas do mundo, a fim de, finalmente, abri-las para Deus, em busca
do consolo e da misericórdia que nunca falta. E Ele lhes mostra a grandiosidade
da verdadeira vida.
Em itálico,
observações do autor do estudo.
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