Surpreende-me,
ainda hoje, que muitos esqueçam que possuem sentimentos e são afetados
emocionalmente pelos comportamentos que adotam pelas coisas que fazem e pelos
pensamentos que emanam. A vida não é uma telenovela ou um filme onde se
desenrolam eventos e nada ocorre nada se demonstra e não há culpa nem
arrependimento. Todos com cara de paisagem.
Muitos
acreditam que aquela figura de um seriado de TV que atira e mata um facínora
dorme tranquilamente e no dia seguinte está recuperado e nada lhe afetou ou
afeta. É uma grande mentira. As pessoas têm sentimentos e isso lhes afeta.
A
vida não é um videogame onde se mata ou se morre, aciona-se o setup e tudo
volta ao normal, todos voltam à vida. Todo ato tem suas consequências, boas ou
ruins. Acreditar que tudo não passa de um sonho ruim, que tudo é passageiro e
não deve ser levado a sério é um grande equívoco. As sequelas ficam para sempre
gravadas no íntimo das almas e ressuscitam a cada nova experiência. Os danos
machucam.
Por
consequência, podemos constatar que as relações interpessoais são consideradas
levianas e superficiais. Se der certo fica, se der errado tchau...
Não
podemos passar a impressão, principalmente às crianças e jovens imaturos e
inconsequentes de que tudo é um mero acaso e aos poucos serão esquecidos os
sentimentos de perda e derrota.
Devemos
firmar nossas origens e valorizar as aquisições permanentes que sobrevivem e
nos dão sustentação nas dúvidas da existência. Estar ligeiramente vivo, ou
ligeiramente feliz, ou ligeiramente desperto, é um desrespeito ao princípio
fundamental da vida que é o de ter domínio sobre si mesmo e construir os
caminhos tomando o livre arbítrio como ferramenta de evolução, aprendizado e
progresso.
A vida
é simples para aqueles que a valorizam, para aqueles que cruzaram os limites da
vaidade e do orgulho, para aqueles que se assumiram como cidadãos universais e
deixaram de ser um passivo em relação ao saldo Divino e sim um ativo habitante
da criação.
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