O sentimento negativo mais poderoso e destrutivo
que domina o íntimo do ser humano é a indiferença. Quando esgotados todos os
recursos e meios disponíveis para reverter situações de desentendimentos e não
mais se obtém respostas aos anseios vem a indiferença e esta se sobrepõe a
todos os demais sentimentos por mais nobres que se apresentem.
Muito mais do que a raiva, do que o ódio, a
indiferença já não espera nada mais de retorno. É o fim das tentativas. É o fim
da esperança. É o fim de relacionamentos. É o nada!
É um sentimento de vazio, de aridez da alma, de
esquecimento do espírito. É a desesperança total. É a falta da capacidade de
compreender. É a falta da capacidade de sentir. É a falta da capacidade de
discernimento.
A indiferença é mortal!
Mata as mais nobres tentativas de reconciliação.
Mata as mais nobres tentativas de entendimento. Mata o cerne da vida.
Vivemos em uma época extraordinária em que as aparências
dominam as atividades humanas de uma forma tão natural que espanta quando
alguém se mostra sincero e honesto. Parece-nos que as pessoas deste tempo não
amadurecem e se comprazem em práticas autodestrutivas não antevendo consequências
de seus atos.
A indiferença é uma arma poderosa que se contrapõe
ao amor, que se contrapõe à Lei do Progresso das Almas, que se contrapõe à compreensão
da Criação Divina.
O indiferente é morno, sem objetivo definido, sem
afeição. É um pária da sociedade fraternal. É digno de autopiedade, pois nem a
si dá valor. Nem a si demonstra gratidão pela vida. Nem a si se conhece.
Desejamos firmemente aos indivíduos que perecem deste
aspecto opressor e deprimente encontrar uma porta de consolação e ajuste.
Pesemos nisso.
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