sábado, 4 de janeiro de 2020

Indiferença.



O sentimento negativo mais poderoso e destrutivo que domina o íntimo do ser humano é a indiferença. Quando esgotados todos os recursos e meios disponíveis para reverter situações de desentendimentos e não mais se obtém respostas aos anseios vem a indiferença e esta se sobrepõe a todos os demais sentimentos por mais nobres que se apresentem.

Muito mais do que a raiva, do que o ódio, a indiferença já não espera nada mais de retorno. É o fim das tentativas. É o fim da esperança. É o fim de relacionamentos. É o nada!

É um sentimento de vazio, de aridez da alma, de esquecimento do espírito. É a desesperança total. É a falta da capacidade de compreender. É a falta da capacidade de sentir. É a falta da capacidade de discernimento.

A indiferença é mortal!

Mata as mais nobres tentativas de reconciliação. Mata as mais nobres tentativas de entendimento. Mata o cerne da vida.

Vivemos em uma época extraordinária em que as aparências dominam as atividades humanas de uma forma tão natural que espanta quando alguém se mostra sincero e honesto. Parece-nos que as pessoas deste tempo não amadurecem e se comprazem em práticas autodestrutivas não antevendo consequências de seus atos.

A indiferença é uma arma poderosa que se contrapõe ao amor, que se contrapõe à Lei do Progresso das Almas, que se contrapõe à compreensão da Criação Divina.

O indiferente é morno, sem objetivo definido, sem afeição. É um pária da sociedade fraternal. É digno de autopiedade, pois nem a si dá valor. Nem a si demonstra gratidão pela vida. Nem a si se conhece.

Desejamos firmemente aos indivíduos que perecem deste aspecto opressor e deprimente encontrar uma porta de consolação e ajuste.

Pesemos nisso.




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